sábado, 8 de março de 2025

Trump retira US$ 400 milhões da Universidade Columbia por protestos antissemitas

Secretária de Educação do governo dos EUA, Linda McMahon, disse que as instituições devem cumprir todas as leis federais contra a discriminação


Protestos antissemitas na Universidade Columbia se espalharam pelo país | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou, nesta sexta-feira, 7, cerca de US$ 400 milhões em subsídios federais da Universidade Columbia, de Nova York. A decisão ocorre “devido à contínua inação da entidade diante do assédio persistente aos estudantes judeus”. 

Dias atrás, o Grupo de Trabalho Conjunto para Combater o Antissemitismo do governo norte-americano havia informado à universidade que faria uma “revisão completa” dos subsídios e contratos federais. As informações são do canal NBC News.




O grupo de trabalho inclui equipes do Departamento de Justiça, do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, do Departamento de Educação e da Administração de Serviços Gerais dos Estados Unidos. 

A secretária de Educação dos EUA, Linda McMahon, declarou, em nota, que a Universidade Columbia não havia seguido as leis federais contra a discriminação. Ela deu a declaração nesta sexta-feira, para explicar o cancelamento. 

“Desde 7 de outubro [de 2023], os estudantes judeus enfrentam uma violência, intimidação e assédio antissemitas incessantes em seus campi, para depois serem ignorados por aqueles que deveriam protegê-los”, relatou McMahon. 

“As universidades devem cumprir todas as leis federais antidiscriminação se forem receber fundos federais”, prosseguiu a secretária. 

“Por tempo demais, Columbia abandonou essa obrigação com os estudantes judeus que estudam em seu campus. Hoje, mostramos à Columbia e a outras universidades que não toleraremos mais sua atroz inação.” 

Documento relata protestos antissemitas na Universidade Columbia Em agosto de 2024, relatório da instituição de ensino admitiu que estudantes judeus foram perseguidos e assediados no campus durante as manifestações pró-palestinos. 

Na ocasião, Nemat “Minouche” Shafik renunciou à presidência da Universidade Columbia, meses depois de os protestos se iniciarem.

Os protestos ocorreram no campus do Alto Manhattan, em Nova York, cidade de maior população judaica fora de Israel. Shafik foi a primeira mulher a liderar a universidade em seus 270 anos de história. 

O documento que detalhou os atos antissemitas contém depoimento de mais de 500 estudantes, sobre suas experiências na rotina universitária. As agressões ocorriam nas aulas, nos dormitórios ou nas redes sociais. 

Foram iniciadas com as manifestações, que tiveram a Universidade Columbia como origem, contra o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Os atos se espalharam pelos Estados Unidos. 

Depois do anúncio do governo Trump, a Columbia se prontificou em colaborar com o governo.

“Estamos revisando o anúncio das agências federais e nos comprometemos a trabalhar com o governo federal para restaurar o financiamento federal da Columbia”, disse um porta-voz da universidade. 

 “Levamos a sério as obrigações legais da Columbia e entendemos a seriedade desse anúncio”, afirmou a instituição de ensino. “Estamos comprometidos em combater o antissemitismo e garantir a segurança e o bem-estar de nossos estudantes, professores e funcionários.” 

“Levamos a sério as obrigações legais da Columbia e entendemos a seriedade desse anúncio”, afirmou a instituição de ensino. “Estamos comprometidos em combater o antissemitismo e garantir a segurança e o bem-estar de nossos estudantes, professores e funcionários.” 

Revista Oeste