sábado, 7 de setembro de 2024

Acompanhe a cobertura ao vivo da manifestação de 7 de Setembro na Paulista




Neste 7 de Setembro, dia da Independência do Brasil, a Avenida Paulista vira palco de uma grande manifestação inflada pela insatisfação com o ativismo judicial e a luta pela liberdade de expressão no país.


Para trazer as informações em tempo real sobre o ato, o programa Entrelinhas da Gazeta do Povo tem uma edição especial a partir das 13h30 com os apresentadores Mariana Braga e Paulo Polzonoff, comentários de Paula Marisa, cobertura direto da manifestação com Filipe Trielli e a opinião de colunistas como Rodrigo Constantino, Luís Ernesto Lacombe e Flávio Gordon, além do humorista Léo Lins e do cineasta Josias Teófilo.

O ato na Paulista promete pedir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, dando fôlego popular ao desejo da oposição no Congresso de tentar destituir o ministro do cargo. Convocado pelo pastor Silas Malafaia, o evento terá pronunciamentos no trio elétrico do ex-presidente Jair Bolsonaro e parlamentares que o apoiam, além da presença confirmada do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Malafaia também promete fazer o seu “mais duro discurso contra o ditador Moraes”, após os que fez no mesmo local em fevereiro e na Praia de Copacabana, em abril.

A manifestação deste 7 de Setembro contará ainda com mais um caminhão, este do advogado, jornalista e ativista Marco Antonio Costa. Além de bonecos infláveis gigantes do ministro e do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, a organização deve levar cartazes e folders pedindo "Fora, Moraes" e cobrando Pacheco da abertura de um processo de impeachment.

Estão previstos para discursar nessa ala do protesto o jornalista Michael Shellenberger, que revelou os Twitter Files Brasil e vem ao país especialmente para o evento, além do deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), o desembargador Sebastião Coelho, a jornalista candidata à prefeitura de Curitiba Cristina Graeml (PMB) e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR).


Vazamento de mensagens insufla oposição

A convocação para a manifestação deste 7 de Setembro pelas redes sociais começou ainda em agosto, depois que o jornal Folha de S. Paulo deu início a uma série de publicações de mensagens trocadas entre assessores do ministro Alexandre de Moraes mostrando o uso do aparato do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em trâmites fora do rito, por meio dos quais Moraes demandava a produção de relatórios para embasar decisões de bloqueio de perfis e multas a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e comentaristas políticos de direita no âmbito do inquérito das fake news, que tramita no STF.

A troca de mensagens sugere que houve adulteração de documentos, prática de pesca probatória, abuso de autoridade e possíveis fraudes de provas. Os alvos escolhidos sofreram bloqueios de redes sociais, apreensão de passaportes, intimações para depoimento à PF, entre outras medidas.


Bloqueio do X vira estopim

Somado a isso, no último dia 30 Moraes ordenou o bloqueio da rede social X no Brasil após o empresário Elon Musk, dono da rede, se recusar a nomear um representante legal para responder pela empresa no Brasil. Segundo o Moraes, a rede social buscou escapar da jurisdição brasileira com o objetivo de evitar o cumprimento de ordens judiciais.

A decisão gerou um amplo debate sobre os limites da ação do Judiciário e a liberdade de acesso à informação, levando deputados da oposição a lançarem um manifesto contra a decisão de Moraes, chamando para o ato de 7 de Setembro na Paulista.


Gazeta do Povo