Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
Governar, para Lula, é falar. É também para outras coisas, nenhuma delas boa, pelos resultados que o seu governo conseguiu até agora. Mas isso é fruto direto da sua intolerância ao trabalho, da inépcia de quem não quis aprender nada na vida e das ideias mortas que juntou na cabeça. Quando quer agir como presidente e líder, ele fala – em vez de fazer, pega um microfone, sai andando de um lado para outro e desata a falar.
Nunca diz nada de útil. Nunca ajuda o país em nada. Nunca deixa de pôr para fora os seus estoques de rancor, nem de insultar alguém. Mais do que tudo, quando fala, deixa claro a que ponto chegou a sua deformação como homem público e como ser humano. Não há precedentes, na história política do Brasil, da arrogância em modo extremo do atual presidente, nem da estupidez das coisas que diz.
Lula nunca diz nada de útil. Nunca ajuda o país em nada. Nunca deixa de pôr para fora os seus estoques de rancor, nem de insultar alguém
“Se for necessário ser candidato para evitar que evitar que os trogloditas que governaram esse país voltem a governar, podem estar certos de que meus 80 anos virarão 40 e eu posso ser candidato”, disse ele. “Não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista”. Está tudo errado com o destampatório não solicitado de Lula. Em primeiro lugar e como sempre, ele diz uma mentira.
Que negócio é esse de “se for necessário”. Necessário? Lula é o exato oposto do necessário. Ninguém está precisando dele para nada. O que há, na vida real, é a sua obsessão em continuar presidente – se possível para o resto da vida. Além disso, ele faz uma ofensa maciça e grosseira ao povo do Brasil: chama de trogloditas os milhões de eleitores que elegeram Jair Bolsonaro em 2018, e votaram de novo nele em 2022. Enfim, diz que ele “não vai permitir” que os adversários ganhem a próxima eleição. É assim que Lula enxerga a si próprio hoje em dia: como alguém que tem o direito de “permitir” ou de “proibir” a escolha dos eleitores. É um disparate.
Lula, já com um ano e meio de governo e um triplo zero em matéria de realizações, está num período especialmente ruim como animador de palanque. Disse que bebês nascidos de estupro são "monstros” – uma demonstração de falta de piedade que ficaria mal no regime nazista. Numa cerimônia da Petrobras, disse que o fato dele estar presente era “a prova” de que “Deus existe”.
Já foi capaz de dizer que o Brasil tem de fazer “uma Inteligência Artificial brasileira”, porque não precisa de ideias estrangeiras; quer que “os nossos cientistas” também criem um Starlink para competir com Elon Musk, que colocou na sua lista de extermínio. Nada disso leva o Brasil um milímetro para a frente, claro. É apenas um atestado de que não há ninguém, no momento, exercendo a Presidência da República.
J.R. Guzzo, Gazeta do Povo