URGENTE: SUPREMA CORTE AMERICANA DÁ VITÓRIA HISTÓRICA AOS MANIFESTANTES DO 6 DE JANEIRO - CONDENAÇÕES PODEM SER ANULADAS

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu contra o uso da lei de obstrução de procedimento oficial em casos relacionados aos eventos de 6 de janeiro de 2021


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Essa decisão questiona a legalidade de centenas de processos contra manifestantes. Críticos alegam que o Departamento de Justiça teria usado a lei de forma abusiva para punir opositores políticos. A decisão da Suprema Corte dos EUA terá impactos significativos e de longo alcance. Primeiramente, muitas das condenações baseadas nesta lei provavelmente serão revisadas ou anuladas, afetando centenas de casos. Processos em andamento que se apoiam nesta acusação específica poderão ser descontinuados ou substancialmente alterados. Esta decisão também pode influenciar significativamente o caso contra o ex-presidente Trump, que enfrenta acusações relacionadas a esta lei. Além disso, estabelece um novo precedente legal para a interpretação da lei 1512(c)(2), limitando seu uso em casos futuros.



Canal Paulo Figueiredo

J.R. Guzzo: STF agora caça médicos acusados de não cumprirem decisão de Moraes sobre o aborto

 

Moraes dá 48 horas para Conselho Regional de Medicina se explicar sobre punições a médicos que fizeram procedimento para abortos.| Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF


A delegacia de polícia do PSOL que funciona no gabinete do ministro do STF Alexandre de Moares “desfechou” mais uma “operação”, como se diz hoje. Está à caça de médicos suspeitos de não estarem cumprindo a última decisão do ministro sobre o aborto – essa que elimina o prazo máximo de cinco meses de gravidez para executar o chamado aborto legal.

O partido desconfia que haja médicos que não aplicaram a determinação e, como sempre acontece quando é contrariado em alguma coisa, acionou Moraes para ajudar. Mais uma vez, correu para o abraço. O ministro, que despacha segundo as regras do seu próprio Código Penal, decidiu que os acusados pelo PSOL, como acontece com tantos outros brasileiros, têm de provar a sua inocência. Não é o acusador que tem de provar a culpa do acusado, como estabelece há séculos o Direito universal. Aqui é o Brasil do STF, e aqui as coisas não funcionam assim.


Os acusados pelo PSOL, como acontece com tantos outros brasileiros, têm de provar a sua inocência. Não é o acusador que tem de provar a culpa do acusado, como estabelece há séculos o Direito universal


No caso, Alexandre de Moraes mandou o Conselho Regional de Medicina de São Paulo provar, “em 48 horas”, que não está punindo médicos que praticam a assistolia depois de 22 semanas de gravidez – ou seja, a injeção letal que paralisa o coração e mata o feto no útero da mãe. O Cremesp, como o Conselho Federal de Medicina, e de acordo com padrões seguidos através do mundo, considera que todo o tipo de aborto legal deve ser executado dentro destes limites. O PSOL e a esquerda em geral consideram que não. Até quando seria permitido, então? Com seis meses de gravidez? Sete? Oito? Nem eles e nem o ministro dão qualquer informação a respeito.

A única coisa clara é que o Cremesp, e com ele o resto dos conselhos de medicina brasileiros, têm de obedecer Moraes, “sob pena de responsabilidade civil e penal”. Estão proibidos de cumprir os seus próprios regulamentos oficiais – e têm de provar que não estão desobedecendo ao ministro do STF. Se não provarem, e em 48 horas, os seus diretores podem ir para a cadeia.

Não se trata, apenas, da inversão do ônus da prova – isso é uma prática aberta no STF de hoje, e pega geral nos crimes políticos que o tribunal investiga, julga e condena. Tão ruim quanto isso é a afirmação de Moraes, desprovida de qualquer fundamento, de que o prazo de cinco meses vai contra “a ciência”. É mesmo? Então por que o STF não apresenta alguma comprovação de que a “ciência” de fato diz o que ele está dizendo?

Alexandre de Moraes não entende absolutamente nada de medicina; nenhum dos seus colegas entende. Se diz que a ciência mundial estabeleceu isso ou aquilo, está na obrigação de apresentar quais são, exatamente, as conclusões científicas das quais está falando. O ministro, em seu despacho, não mostra uma única comprovação para as suas alegações. Tudo o que diz é que “o ordenamento penal não estabelece” nenhum limite para a realização do aborto legal – e se é mesmo “nenhum”, segundo afirma, então está permitido matar o bebê com injeção letal até a hora do parto.

De fato, a lei não fala em prazos. É por isso, justamente, que o CFM e os CRMs apresentaram o limite das 22 semanas – não porque os médicos que estão nos conselhos sejam idiotas, mas porque têm funções constitucionais de regular quaisquer questões de saúde neste país. Mas isso é coisa dos tempos de um Brasil racional. Ele existe cada vez menos.



J.R. Guzzo, Gazeta do Povo

Paulo Polzonoff Jr.: Chega de mentiras! Barroso canta “Evidências” e confessa

 

Barroso: “Droga, agora vou ficar com essa música na minha cabeça o dia inteiro!”| Foto: Antonio Augusto/STF


Não, não ficou faltando nada depois do sinal de dois-pontos no título. Escrevi assim de propósito. Para você ficar curioso e vir descobrir comigo, por meio desta análise semiótica, o que o ministro Luís Roberto Barroso, ninguém menos do que o presidente do STF!, confessou ao aproveitar que estava em Londres, curtindo o bem-bom, para declarar um amor envergonhado ao som do clássico “Evidências”. Aquele que todo chato ouve e canta ironicamente. Dizem.


Qual dessas músicas combina mais com o ministro Barroso?

Evidências (Chitãozinho & Xororó)

Pavão Misterioso (aquela de Roque Santeiro)

Eu Me Amo (Ultraje a Rigor)

L'Internationale (Hino comuna)

Imagine (John Lennon)


A resposta está na análise fria, detida e científica da letra da música, que não foi composta por Chitãozinho & Xororó, como muita gente pensa, e sim por Paulo Sergio Valle e José Augusto – e eles ficam furiosos quando não citam os nomes deles. “Evidências”, talvez você não saiba porque sempre esteve ocupado demais tentando alcançar as notas mais altas, conta a história de um homem que não aceita os próprios sentimentos. Ele ama, mas não enxerga. Porque não quer enxergar. Ele se recusa, apesar das... evidências.

E para o caso de você estar num mau dia, se perguntando agora por que me dou ao trabalho (e risco!) de escrever sobre um acontecimento privado tornado público pela vaidade de algum dos presentes, esclareço: ora, porque quem canta é não apenas um ministro do STF que a-do-ra um holofote. Quem canta é o presidente do STF! Alguém cujas preferências estéticas são, sim, de interesse público, uma vez que refletem uma visão de mundo hoje imposta a nós, reles mortais, por um inegável e revoltante ativismo jurídico.


Mas a verdade...

No vídeo de 43 segundos (que você já deve ter visto, mas se não viu ainda pode ver aqui), Barroso aparece cercado por jovens felizes, alguns com copos de cerveja na mão e embriagados pela oportunidade de estarem assim tão perto e tão à vontade com o homem que personifica toda a decadência & cafonice do Judiciário. Num coro de frangos de borracha, eles aparecem entoando justamente o ponto da virada de “Evidências”, quando o eu-lírico finalmente assume.


Mas a verdade

É que eu sou louco por você

E tenho medo de pensar em te perder

Eu preciso aceitar que não dá mais

Pra separar as nossas vidas


Pedindo desde já perdão pela análise semiótica apressada, aí está a confissão de que falo no comecinho neste texto. Aliás, essa é uma explicação possível para o sucesso estrondoso da música. Ninguém aguenta esconder a verdade por tanto tempo e chega uma hora que todo ser humano, até o Barroso, precisa cantar a verdade a plenos pulmões: (mas) a verdade é que!...

Mas a verdade é que o Barroso é louco e deslumbrado pelo poder. Pelo autoritarismo esclarecido. Pela democracia na marra. E até pela companhia dos jovens de uma elite cuja noção de sucesso já foi devidamente corrompida para acomodar esse tipo de postura. Mais do que isso, a verdade é que Barroso morre de medo de um dia o Pacheco ou algum outro senador acordar e ele perder a empáfia. Parece que Barroso precisa mesmo aceitar que não dá mais: é o poder que dá sentido à sua vida vazia de propósito.


Refrão

E aí vem o refrão. É aquela hora em que todo mundo respira fundo e se esbalda de confessar o amor que, se é envergonhado, deve haver algum motivo para isso. Talvez seja um amor antiético. Um amor ilegal? Um amor por interesse? Um amor consequencialista? Enfim, é um amor que deve ir contra algum princípio – para quem tem princípios.

No vídeo, antes do fatídico “e nessa loucura”, um dos jovens estudantes presentes ao deprimente espetáculo parece comandar uma multidão e exorta a plateia inexistente: “Vamos, Brasil, todo mundo”. Vamos, ué. Mas vamos fazer o quê? Cuidado para não ser acusado de incitação ao golpe, hein!


E nessa loucura de dizer que não te quero

Vou negando as aparências

Disfarçando as evidências

Mas pra que viver fingindo

Se eu não posso enganar meu coração?

Eu sei que te amo!


Viu? É tudo fingimento. Mais do que isso, essa coisa de negar as aparências e de disfarçar as evidências de que vivemos num regime autoritário que você pode ou não chamar de ditadura, dependendo do humor e da coragem, é apenas uma estratégia para Barroso e os seus se convencerem de que continuam todos mui democráticos. Essa é a loucura que a estrofe confessa logo no começo e que a gente reconhece há tempos.

Tudo para culminar na escandalosa declaração de amor que, na melhor das hipóteses, é para si mesmo e para um ego tão tão tão agigantado que amanhã ou depois é capaz de aparecer por aí nos acusando de gordofobia. Na pior, é para aqueles que viram no aparelhamento do Judiciário a oportunidade de se manterem no poder. Para aqueles que, com paciência, e de um em um, criaram no Brasil uma suprema corte que tende perigosamente para um dos espectros políticos.


Chega de mentiras!

A música continua, mas o vídeo termina por aí. Uma pena. Porque sem a segunda parte da música nos privaram do registro do ministro Barroso, o presidente do Supremo Tribunal Federal!, implorando o famoso “chega de mentiras!” para si mesmo. Renderia bons recortes para serem usados todas as vezes em que o STF tomasse uma de suas rotineiras decisões mentirosamente democráticas. Ou seriam democraticamente mentirosas? Já nem sei mais.

Se bem que é melhor assim. Do contrário, corríamos o risco de ter de aguentar o desafinado (em vários sentidos) ministro Luís Roberto Barroso usando o recorte em sua cruzada pelo fim do ódio nas redes... Não! Chega de mentiras!, em sua cruzada pela legitimação jurídica da censura a toda e qualquer ideia remotamente associada ao bolsonarismo, conservadorismo, direita ou seja lá qual for o inimigo da vez.



Gazeta do Povo

‘Ministério da Doença’ cortou este ano R$6,2 bilhões da vigilância epidemiológica

 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade (Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados)


O governo federal reduziu em quase 32% o gasto do Ministério da Saúde, ocupado por Nísia Trindade, com vigilância epidemiológica, aponta o Siga Brasil, ferramenta do Senado Federal que monitora o Orçamento brasileiro. Até maio de 2023, a Saúde gastou cerca de R$9,1 bilhões com a área. Neste ano, até maio, o investimento despencou para R$6,2 bilhões. A vigilância epidemiológica tem por finalidade a detecção e prevenção de doenças transmissíveis à saúde, como a dengue.

Começou mal

No primeiro ano de Lula, o governo já registrou queda de investimento no setor. Foram R$14,6 bilhões em 2023 contra R$17,1 bilhões em 2022.

Triste recorde

Na outra ponta, casos de dengue quebram recorde histórico. A última atualização do Ministério da Saúde somou 6.136.680 casos só este ano.

Presidengue

Além dos milhões de casos, há registro de 4.170 mortes pela doença. O descontrole rendeu a Lula em Brasília o apelido de “presidengue”.

Ladeira abaixo

O orçamento total planejado para o setor, que chegou a R$24 bilhões em 2021, também desabou. Para este ano são R$13,3 bilhões.

Diário do Poder

‘Rachadones’ desgasta Boulos, e ainda não acabou

 

Deputado federal Guilherme Boulos (E), e deputado federal André Janones (D). (Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados).


O desarticulado governo Lula (PT) não percebeu a jogada da oposição alongando o escândalo do “rachadones”, a rachadinha de André Janones (Avante-MG). A oposição percebeu que, designado relator do caso no Conselho de Ética, Guilherme Boulos (Psol-SP) se desgastaria livrando a cara de “rachadones”. As pesquisas mostram a candidatura extremista à prefeitura de São Paulo estagnou, enquanto Ricardo Nunes (MDB) se consolida na liderança e Pablo Marçal (PRTB) morde seus calcanhares.

Tudo outra vez

O desgaste continua: já são 62 (de 51 necessárias) as assinaturas para rever a “passação de pano” de Boulos e cassar o “Rachadones”.

15,1 pontos à frente

O Paraná Pesquisas aponta a eleição em São Paulo definida no 2º turno, mas, se fosse hoje, o atual prefeito teria 49% e Boulos apenas 33,9%.

Extremista imprensado

A estagnação de Boulos coincide com a ascensão meteórica de Pablo Marçal, que já soma 10%, deixando para trás todos os demais nomes.

Eleitor mais influente

Paraná Pesquisas registrado sob nº SP-06695/2024 no TSE mostrou que Tarcísio Gomes de Freitas é mais bem avaliado que Lula em São Paulo.

Diário do Poder

Mordomia de 2 jatos só para Lula gera revolta em Congonhas

 

Jatos da presidência da República revoltaram passageiros que estavam em Congonhas, nesta segunda-feira (24/jun) - Foto: Diário do Poder.


Provocou revolta nesta segunda (24) no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a exibição de privilégio e desperdício da Presidência da República: dois dos maiores jatos do Grupo de Transportes Especiais (GTE) da FAB estacionados, lado a lado, à espera de Lula (PT) e Janja:  o gigante Airbus 319 A e o jato EMB-190, que serve de “reserva”, enquanto cidadãos enfileirados aguardavam embarque nos próprios voos, cujos bilhetes pagaram do próprio bolso.

Onda de revolta

A informação de que os aviões estavam à espera da dupla circulava entre funcionários de Congonhas, fazendo crescer a onda de indignação.

Mordomia exposta

Em diversos momentos foram ouvidos gritos de xingamento ao petista, que desfruta das regalias do cargo sem se preocupar com discrição.

Nós sempre pagamos

O Airbus 319/VC-1A nos custou R$400 milhões em 2005, e foram outros R$212 milhões no Embraer Lineage 1000/VC-2, em 2010.

Um ou outro

O luxuoso jato VC-2, de “reserva”, também faz. voos internacionais e é utilizado pelo presidente Lula para (os raros) trechos mais curtos.

Diário do Poder

“É preciso ser herói, visionário ou sem juízo para investir no Brasil”, diz ex-diretor do BC

 

Foto: Reprodução/Youtube


Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central e consultor da A.C. Pastore, descreveu o cenário atual brasileiro com grande incerteza econômica e política, além de juros elevados, como um desafio que poucos se atrevem a enfrentar: "É preciso ser herói, visionário ou alguém sem juízo para investir nesse país. Como há poucas pessoas com esse perfil, investe-se pouco no Brasil", declarou. 

Em entrevista à CNN, ele criticou o atual patamar dos juros, mantidos em 10,5% ao ano pelo Banco Central, considerando-o "altíssimo". Ele argumenta que, com esse custo elevado do dinheiro, o incentivo ao investimento na economia real "diminui drasticamente".

Citando o ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan, Schwartsman comentou: "No Brasil, até o passado é incerto". Como exemplo dessa volatilidade, mencionou uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reverteu decisões tributárias passadas, obrigando empresas a pagarem tributos retroativamente. "Opa. Como é? O imposto muda para trás, no passado? Se você for minimamente esperto, você não investe", criticou. 

Schwartsman ainda elogiou a política econômica de Javier Milei na Argentina, comparando-a com a de Paulo Guedes no Brasil. “A estratégia dele (Milei) é um Paulo Guedes vitaminado. Ele teve de soltar preços públicos, o câmbio. E reduziu o volume real de despesas”, disse.



Gazeta do Povo

Allan dos Santos denuncia jornalista de esquerda por ameaça e manipulação

 

Foto: Reprodução/ Instagram

Na madrugada desta sexta-feira (21), uma fonte anônima forneceu ao jornalista Allan dos Santos uma suposta troca de mensagens entre a jornalista Juliana Dal Piva e outro jornalista, cuja identidade permanece desconhecida. Juliana é a atual presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI) e é conhecida por sua associação com a Open Society Foundation, de George Soros. Ela foi acusada de discutir estratégias para manipular reportagens e influenciar investigações em andamento. 

Na conversa, Juliana teria dito: “Querido, esqueça o Filipe Martins, apague esse story sobre ele, e por favor, não publique aquela matéria. É uma causa perdida, sejamos pragmáticos. Salvar o Filipe (aquele que fez o gabinete do ódio, lembra?) significa sacrificar a PF e até mesmo o Moraes”.

O jornalista anônimo respondeu que tinha preocupações sobre a falsificação do histórico de viagens de Filipe Martins pela Polícia Federal, sugerindo que o caso poderia ter repercussões graves para todos os envolvidos. Juliana, por sua vez, insistiu para que o colega abandonasse o assunto e seguisse a "sabedoria coletiva" dos colegas, afirmando que a PF em breve indiciaria Filipe. 

Paula Schmitt, também jornalista, perguntou pela rede social X à envolvida se a troca de mensagens eram verdadeiras, mas Dal Piso negou. Contudo, Allan defende que são autênticas e que, caso as provas passem por perícia judicial, revelarão tentativas de influenciar a cobertura jornalística no caso Filipe Martins.




Desirée Peñalba, Gazeta do Povo

O “efeito dominó” de Toffoli na Lava Jato

 

O ministro do STF Dias Toffoli tem beneficiado vários réus da Lava Jato ao anular provas entregues pela empreiteira Odebrecht.| Foto: Andressa Anholete/STF


Uma decisão liminar que já completou nove meses sem a devida análise por parte do plenário do Supremo Tribunal Federal continua causando um enorme estrago ao bom combate à corrupção promovido pela Operação Lava Jato. Em setembro do ano passado, o ministro Dias Toffoli, monocraticamente, anulou todos os atos ligados a acordos de leniência firmados pela Novonor, antiga Odebrecht, e inutilizou provas fornecidas pela empresa. Com isso, era questão de tempo para que todos os réus que haviam sido condenados ou estivessem sendo julgados com base neste conjunto probatório pleiteassem algum tipo de benefício. É o que acaba de acontecer com o marqueteiro João Santana e sua esposa, Mônica Moura: as três ações penais que correm contra o casal na Justiça Eleitoral do Distrito Federal não poderão usar as provas fornecidas pela Odebrecht.

Santana e Mônica confessaram o recebimento de dinheiro do chamado “Setor de Operações Estruturadas” (o nome elegante para o departamento de propina) da Odebrecht, em contas no Brasil e no exterior, como pagamento pelo trabalho em campanhas do PT – Santana foi o marqueteiro de Lula em 2006 e de Dilma Rousseff em 2010 e 2014. Não apenas confessaram, mas também fizeram delação premiada homologada no STF, com pagamento de R$ 6 milhões e prevendo a devolução de outros US$ 21,6 milhões. Os dois foram condenados, em 2017, a 8 anos e 4 meses de prisão cada um por lavagem de dinheiro, mas essa e outras condenações foram posteriormente anuladas, com os processos sendo remetidos à Justiça Eleitoral.


Todas as liminares de Toffoli deveriam ser submetidas ao plenário da corte o quanto antes. No entanto, não é isso o que tem ocorrido


Especialmente absurdo é o fato de a decisão inicial de Toffoli – a que permitiu o efeito dominó do qual se beneficiam agora João Santana e Mônica Moura, e que antes deles já serviu para livrar outros protagonistas do petrolão, como Marcelo Odebrecht – ter sido tomada com base em argumentos esdrúxulos e afirmações equivocadas. A integridade dos sistemas Drousys e MyWebDay, que continham os dados de pagamento das propinas, havia sido atestada por perícia da Polícia Federal; além disso, as tratativas com as autoridades dos países onde estavam os servidores que armazenavam os sistemas haviam ocorrido em total conformidade com as regras brasileiras. E ainda hoje Toffoli insiste na surreal tese da “coação”, segundo a qual uma empreiteira capaz de contratar as melhores bancas de advogados do país teria sido chantageada para assinar um acordo de leniência que lhe traria uma série de vantagens em troca da cooperação com as investigações.

Diante do enorme estrago causado ao combate à corrupção por um único ministro do STF, impõe-se a constatação óbvia de que todas essas liminares deveriam ser submetidas ao plenário da corte o quanto antes. No entanto, não é isso o que tem ocorrido, e as regras regimentais jogam a favor de Toffoli, que, na qualidade de relator das ações, pode ou não liberá-las para julgamento. Na única ocasião em que isso ocorreu até agora, o recurso da Procuradoria-Geral da República contra a anulação das provas da Odebrecht teve o julgamento interrompido pelo ministro André Mendonça, que relata uma ação mais abrangente sobre os acordos da Lava Jato com as empresas envolvidas no petrolão.

Esta, no entanto, é uma situação que não pode perdurar por muito mais tempo. A demora é conveniente para outros ministros que também são pródigos em termos de decisões liminares em outras áreas, mas o Brasil tem o direito de saber se os demais membros do STF concordam com o festival de impunidade que se desenha com a anulação das provas da Odebrecht. Ao menos um deles – Gilmar Mendes, o mais falante dos críticos da Lava Jato no Supremo – já adiantou que votará com Toffoli, e algumas votações anteriores envolvendo a Lava Jato podem até dar pistas sobre o posicionamento dos ministros neste caso específico. Uma suprema corte que é um colegiado de 11 membros não pode conviver com decisões monocráticas que se eternizam – nem neste, nem em nenhum outro assunto.



Gazeta do Povo

J.R. Guzzo: 'Em vez de trabalhar, Lula prefere falar besteiras – e ainda quer ser reeleito'

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República


Governar, para Lula, é falar. É também para outras coisas, nenhuma delas boa, pelos resultados que o seu governo conseguiu até agora. Mas isso é fruto direto da sua intolerância ao trabalho, da inépcia de quem não quis aprender nada na vida e das ideias mortas que juntou na cabeça. Quando quer agir como presidente e líder, ele fala – em vez de fazer, pega um microfone, sai andando de um lado para outro e desata a falar.

Nunca diz nada de útil. Nunca ajuda o país em nada. Nunca deixa de pôr para fora os seus estoques de rancor, nem de insultar alguém. Mais do que tudo, quando fala, deixa claro a que ponto chegou a sua deformação como homem público e como ser humano. Não há precedentes, na história política do Brasil, da arrogância em modo extremo do atual presidente, nem da estupidez das coisas que diz.


Lula nunca diz nada de útil. Nunca ajuda o país em nada. Nunca deixa de pôr para fora os seus estoques de rancor, nem de insultar alguém


“Se for necessário ser candidato para evitar que evitar que os trogloditas que governaram esse país voltem a governar, podem estar certos de que meus 80 anos virarão 40 e eu posso ser candidato”, disse ele. “Não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista”. Está tudo errado com o destampatório não solicitado de Lula. Em primeiro lugar e como sempre, ele diz uma mentira.

Que negócio é esse de “se for necessário”. Necessário? Lula é o exato oposto do necessário. Ninguém está precisando dele para nada. O que há, na vida real, é a sua obsessão em continuar presidente – se possível para o resto da vida. Além disso, ele faz uma ofensa maciça e grosseira ao povo do Brasil: chama de trogloditas os milhões de eleitores que elegeram Jair Bolsonaro em 2018, e votaram de novo nele em 2022. Enfim, diz que ele “não vai permitir” que os adversários ganhem a próxima eleição. É assim que Lula enxerga a si próprio hoje em dia: como alguém que tem o direito de “permitir” ou de “proibir” a escolha dos eleitores. É um disparate.

Lula, já com um ano e meio de governo e um triplo zero em matéria de realizações, está num período especialmente ruim como animador de palanque. Disse que bebês nascidos de estupro são "monstros” – uma demonstração de falta de piedade que ficaria mal no regime nazista. Numa cerimônia da Petrobras, disse que o fato dele estar presente era “a prova” de que “Deus existe”.

Já foi capaz de dizer que o Brasil tem de fazer “uma Inteligência Artificial brasileira”, porque não precisa de ideias estrangeiras; quer que “os nossos cientistas” também criem um Starlink para competir com Elon Musk, que colocou na sua lista de extermínio. Nada disso leva o Brasil um milímetro para a frente, claro. É apenas um atestado de que não há ninguém, no momento, exercendo a Presidência da República.


J.R. Guzzo, Gazeta do Povo 

Luís Roberto 'perdeu mané' Barroso lidera utilização de jatinhos da FAB: foram 65 vezes desde janeiro

 

Jatinho do Grupo de Transportes Especiais (GTE), da FAB - Foto: Tenente Enilson/FAB).


Até o momento, este ano, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, é a autoridade que mais utilizou os jatinhos da FAB, uma das mordomias mais cobiçadas na Praça dos Três Poderes, reservada apenas a presidentes de Poder, ministros de Estado e comandantes das Forças Armadas. O ministro realizou desde janeiro 65 voos com aeronaves do Grupo de Transporte Especial da Força Aérea Brasileira (GTE/FAB), 18 somente neste mês (inacabado) de junho.

Mais de R$200?

Ministros de Lula (PT) e outras autoridades realizaram, até dia 17, outras 702 viagens nas aeronaves nos jatinhos da FAB.

Prata e bronze

O presidente da Câmara, Arthur Lira, realizou 57 viagens nas aeronaves da FAB em 2024; o ministro da Defesa, José Múcio, requisitou 56 voos.

Nem ele

O combalido ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vive na ponte aérea Brasília-São Paulo, realizou 50 viagens nos jatos da Força Aérea.

Mês a mês

Até agora o recorde de viagens de ministros etc. em jatos da FAB foi em março: 181 viagens. Junho mal passou da metade e já são 178 voos.

Diário do Poder