sábado, 1 de janeiro de 2022

UE estuda classificar como ‘verdes’ investimentos em usinas nucleares

Projetos precisam de plano, fundos e local para descartar resíduos radioativos com segurança


Usinas contempladas precisam de licenças emitidas antes de 2045
Usinas contempladas precisam de licenças emitidas antes de 2045 | Foto: Reprodução/Mídias Sociais

A União Europeia (UE) estuda classificar alguns projetos de gás natural e energia nuclear como investimentos “verdes”. A ideia surgiu depois de um ano de discussões para definir as aplicações rotuladas como realmente amigáveis ao clima.

Neste mês de janeiro, a Comissão Europeia (CE) deve propor regras que esclareçam se os projetos de gás e energia nuclear entram para a classificação “de financiamento sustentável” da UE. A lista apresenta as atividades econômicas e os critérios ambientais que elas devem cumprir a fim de serem consideradas como investimentos verdes.

A proposta de restringir o rótulo “verde” a projetos tidos como amigáveis ​​ao clima pretende tornar essas iniciativas mais atraentes para o capital privado e interromper a chamada “lavagem verde”, que ocorre quando empresas ou investidores exageram suas credenciais relacionadas à preservação ecológica.

CE também fez movimentos para aplicar o sistema a alguns fundos da UE. Assim, essas mesmas regras serviriam para definir quais projetos são elegíveis para financiamentos públicos específicos.

De acordo com a Reuters, um rascunho da proposta da comissão “rotularia os investimentos em usinas nucleares como verdes se o projeto tiver um plano, fundos e um local para descartar resíduos radioativos com segurança”. A ideia seria que, “para serem consideradas verdes, as novas usinas nucleares devem receber licenças de construção antes de 2045”.

No caso das unidades de gás natural, para serem consideradas verdes, seria preciso manter a produção com emissões abaixo de 270 gramas de CO2 equivalente por quilowatt-hora (kWh), além de substituírem uma usina de combustível fóssil mais poluente e receberem uma licença de construção até 31 de dezembro de 2030.

Revista Oeste