Ministro da Casa Civil advertiu para o que chamou de 'perigo'
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), afirmou que o ex-presidente Lula (PT) neste ano, em que quer disputar novamente o Palácio do Planalto, é “muito pior” que em 2002, quando ganhou pela primeira vez.
Em entrevista à CNN Brasil exibida no sábado 29, o senador licenciado disse que, por outro lado, “o Bolsonaro de 2022 é muito melhor que Bolsonaro de 2018”.
Em relação ao petista, ele sustentou que é um Lula “que não vem apenas para combater a fome a miséria”, mas para trazer nomes como José Dirceu, Dilma Rousseff e Gleisi Hoffmann de volta.
“As pessoas perderam um pouquinho da noção do perigo que é a volta dessas pessoas, do que eles fizeram no passado, que nós tivemos muita determinação do presidente de mudar a forma de fazer política”, afirmou.
Ciro Nogueira já foi apoiador de Lula em outros tempos, mas garantiu que estava ao seu lado por ainda não conhecer o trabalho de Bolsonaro:
“Eu não tinha muita admiração pelo trabalho do deputado Bolsonaro. Naquela época tinha algumas restrições e, com o tempo, fui conhecendo o trabalho do presidente.”
Ainda ao falar das eleições, o ministro disse que o governo tem um problema de comunicação, não conseguindo passar para a população seus feitos. “As pessoas não sabem das realizações do governo”, ponderou.
Nogueira também defendeu o ministro da Economia, Paulo Guedes, dizendo que o país “deve muito” ao ministro e negou que Bolsonaro tenha “tirado poder” de Guedes.
Para 2022, o ministro comentou que a inflação deve cair para a metade do que foi em 2021. “O foco é reduzir a inflação e aumentar o emprego”, disse. “Um dos estudos é um novo programa de crédito.”
Ciro Nogueira ainda comentou sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes de intimar Bolsonaro a prestar depoimento sobre o vazamento de investigação sobre ataque hacker às urnas eletrônicas.
Ele afirmou que esse tipo de situação não vem contribuir e “não é o momento de nós estarmos brigando, era o momento mais de nós estarmos mais respeitando o espaço de cada poder”.
Revista Oeste