Declaração foi proferida durante entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan
O neurocirurgião Paulo Porto de Melo concedeu entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan, exibido nesta sexta-feira, 30. Durante a conversa, o médico falou sobre as características das novas variantes do coronavírus, a eficácia das medidas de isolamento social, o uso de máscara de proteção, os efeitos colaterais de vacinas, as formas adequadas de tratamento da covid-19 e a possibilidade de o vírus chinês ter sido criado em laboratório.
Novas variantes e lockdowns
Segundo Porto de Melo, a variante Delta do coronavírus, identificada pela primeira vez na Índia, é mais contagiosa que as outras já verificadas no período de pandemia, mas é menos letal e provoca menos hospitalizações. “Por si só, essa variante não justifica a adoção de medidas de isolamento social”, afirmou. “Só quem não tem compreensão da realidade pode defender a restrição da liberdade de circulação de pessoas.”
O neurocirurgião explica que a variante P1, observada em Manaus, é mais forte que a cepa indiana. “A variante Delta apresenta-se mais dócil e favorável ao tratamento”, disse. “Não acredito que haja justificativa para decretar medidas como o lockdown, que, aliás, já se mostraram ineficazes e danosas. Há artigos na literatura médica demonstrando que os lockdowns, por si só, seriam os responsáveis pelo desenvolvimento de novas variantes.”
Uso de máscara
De acordo com Porto de Melo, o uso de máscara de proteção em ambientes fechados é uma medida que deve ser adotada — pelo menos por enquanto. “É uma decisão prudente, até mesmo por causa da alta transmissibilidade de qualquer doença respiratória, não apenas do coronavírus”, asseverou.
Efeitos colaterais das vacinas
O médico argumenta que o risco de um adolescente contrair a covid-19 e desenvolver um quadro grave da doença é extremamente baixo. “As chances de um jovem desenvolver reação vacinal é cinco vezes maior do que o apresentado pela própria doença”, afirmou. “Eu gostaria de saber por que é indicada uma intervenção terapêutica que tem risco cinco vezes maior do que a doença.”
Vírus possivelmente criado em laboratório
Conforme Porto de Melo, o ritmo de mutação acelerado do novo coronavírus sugere possível intervenção laboratorial, de maneira a tornar mais fácil sua reprodução. “Não razoável um vírus com um ano e meio de vida ter sofrido mais de 5 mil mutações”, observou. “Não ocorreu dessa maneira com o coronavírus nem com os outros vírus.”
O neurocirurgião lembra que Anthony Fauci, virologista e conselheiro médico do presidente Joe Biden, patrocinava empresas que estudavam ganhos de função do coronavírus. “Então, observamos as autoridades chinesas tentando evitar missões independentes de investigação da origem do vírus”, afirmou. “Se eu não devo nada a ninguém, eu deveria permitir as investigações.”
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Edilson Salgueiro, Revista Oeste