Edson Caram não suportou a pressão e se demitiu da Prefeitura de São Paulo | Foto: GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO
O secretário municipal de Transportes da cidade de São Paulo, Edson Caram, pediu demissão nesta sexta-feira. Ele permanecerá no cargo até que o prefeito Bruno Covas encontre um substituto, a pedido do chefe.
No início da semana, Covas afirmou que trocaria o secretário caso os ônibus continuassem a rodar com passageiros em pé durante as viagens. Na última segunda-feira, afirmou que 5% das linhas percorreram seus trajetos com passageiros em pé, descumprindo uma das orientações da prefeitura de flexibilização da quarentena durante a pandemia do coronavírus.
“Na sexta-feira, as concessionárias e escritórios puderam ser reabertos, e tivemos 1,206 milhão de passageiros no transporte público municipal. Não é muito diferente do que tínhamos observado, estava entre 1,1 milhão, 1,2 milhão”, comentou o prefeito. “O secretário de transportes garantiu que não haveria passageiros em pé. Hoje, o número que temos é que 5% das linhas estavam com passageiros em pé. O secretário tem até sexta-feira para fazer isso. Se até sexta ele não fizer, a partir da segunda será outro secretário que vai tentar fazer isso”.
Vale lembrar que ainda durante o confinamento social imposto pelo prefeito, a invenção de um mega rodízio, em que os carros só podiam circular dia sim, dia não, também superlotou os ônibus e criou problemas para a pasta. Como toda a ideia mal engendrada, o mega rodízio durou apenas uma semana e foi extinto.
Roberta Ramos, Revista Oeste