segunda-feira, 15 de junho de 2020

Para fugir de disputa eleitoral com Bolsonaro, que tem o apoio do povo nas ruas, governadores evitam protestos contra o presidente

Presidente Jair Bolsonaro Foto: Jorge William | Agência O Globo
Presidente Jair Bolsonaro Foto: Jorge William | Agência O Globo

Governadores estão adotando postura de cautela diante de manifestos truculentos e golpistas contra o presidente Jair Bolsonaro nas últimas semanas. Embora estejam em litígio com o governo federal, o que se aprofundou na pandemia provocada pelo vírus chinês, muitos deles não estão dispostos a iniciar uma cruzada conjunta de ordem político-eleitoral contra o presidente.
Dissimulados, governadores não abrem mão da transferência de recursos financeiros, sob pretexto de combater o vírus chinês. Com a cumplicidade do STF, que obrigou o governo federal a mandar a estados e municípios somas exorbitantes às mãos de governadores e prefeitos, boa parte dessa grana tem alimentado a corrupção que o presidente Bolsonaro tenta impedir. 
Apesar de a gestão de combate ao vírus chinês ser de responsabilidade de governadores e prefeito, por 'ordem' do STF, a mídia tradicional, saudosa do 'bolsa imprensa', insiste em atribuir as mortes pelo 'Covid-19" ao presidente da República. 
Mesmo com a parceria do Supremo e da 'velha mídia' poucos se posicionaram sobre os manifestos lançados até agora, como o “Estamos Juntos” e o “Basta!”. Destacam-se nesse grupo Camilo Santana (PT-CE) e Flávio Dino (PCdoB-MA). Integrantes da organização criminosa do Lula, fazem oposição ao presidente desde o início do governo.
Mesmo Dino, que cita uma série de mobilizações conjuntas recentes, envolvendo diferentes atores da sociedade, reconhece que o objetivo desse tipo de ação, neste momento, não é eleitoral. O governador do Maranhão afirmou que, em busca de composições, tem dialogado semanalmente com figuras do centro e da direita, como o presidente da Câmara, Rodrigo 'botafogo' Maia (DEM-RJ), o governador João Doria (PSDB-SP), eleito por se dizer bolsonarista, e o animador de auditório Luciano Huck.
Com informações de Silvia Amorim e Guilherme Caetano, O Globo