e 20% estrangeiros; festa injetou
R$ 3 bilhões à economia do município,
segundo a Prefeitura
O Réveillon carioca bateu o recorde de 1,7 milhão de turistas nacionais e estrangeiros, segundo números divulgados pela Empresa de Turismo do município do Rio de Janeiro (Riotur). Marcelo Alves, presidente do órgão, diz que esse foi um número “fantástico”. “Para o Rio de Janeiro, é uma grande vitória isso. É motivo de muita comemoração e alegria e desafios para a frente, fazer com que a cidade respire mais esse principal negócio que é o turismo”, disse, em entrevista à Agência Brasil. Desse total de turistas, 80% eram brasileiros de outros estados e 20% estrangeiros.
No próximo dia 12, o Rio terá uma ação estratégica inédita planejada para manter os turistas na cidade. Trata-se de um ‘show’ de abertura oficial do Carnaval, aproveitando o palco principal da festa do Réveillon em Copacabana. “Será um ‘show’ da Favorita e outros blocos, a eleição final da Corte do Carnaval, do Rei Momo, da Rainha, da Princesa do Carnaval”, contou Alves.
O presidente da Riotur explicou que o objetivo é fazer com que o turista possa se organizar, antecipadamente, para a folia carioca. “Serão 51 dias de carnaval. Como a gente está focado em lotar a cidade com turistas, são ações como essa que comprovam e fortalecem essa nossa vocação e solução que é o turismo”, externou.
Empregos
O Réveillon injetou R$ 3 bilhões à economia do município, segundo o presidente da Riotur. “Isso para nós é importante porque é um consumo significativo na cidade, nos hotéis, nos bares, restaurantes, ‘shoppings’ e, quanto mais consumo, mais emprego. Esses grandes eventos na cidade proporcionam empregos diretos e indiretos, rápido, imediatos. Esse é o nosso foco, para que a cidade saia da crise imediatamente e a gente possa ter, no ano inteiro, esse volume de empregos e de movimentação”, afirmou.
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De acordo com pesquisa feita pela pela Riotur com 1.312 turistas entre os dias 26 e 31 de dezembro de 2019 no posto de atendimento ao turista montado na praia de Copacabana, 59,3% dos turistas nacionais entrevistados eram homens e 40,7% mulheres.
O levantamento mostra que os visitantes de São Paulo lideraram o ranking de turistas nacionais, com 29,6%, seguidos de Goiás (14,1%) e Rio Grande do Sul (12,5%). A pesquisa ainda mostrou que 70% das pessoas chegaram ao Rio de avião, 22% de ônibus e 8% de carro. Os meios de hospedagem preferidos se dividiram entre hotel (55,6%), casa de parentes (18,5%), ‘apart-hotel’ (7,4%) e casa ou apartamento alugado (7,4%). Marcelo Alves destacou que a proximidade entre Rio e São Paulo faz com que os paulistas sejam maioria na festa carioca. “Mas também a alta do dólar foi importante para nós, porque favorece o turismo nacional”, apontou.
Entre turistas internacionais, 62,1% são do gênero masculino e 37,9% são do gênero feminino. Eles chegaram de avião (98%) e de navio (2%). A escolha da hospedagem desses turistas foi hotel (62,1%), albergue (15,2%) e ‘apart hotel’/’flat’ (13,6%). Os argentinos foram os campeões do ranking, seguidos dos chilenos, revela a pesquisa da Riotur.
Recorde no ano
De acordo com a Riotur, os números promissores não se limitam ao período do Réveillon, mas se estendem a todo o ano passado, que marcou recorde no turismo. Entre os meses de janeiro e novembro de 2019, a cidade registrou aumento de 12% no desembarque de passageiros no Píer Mauá e de 5% na rodoviária do Rio. O fluxo de visitantes em pontos turísticos também aumentou. O crescimento da visitação no Trem do Corcovado atingiu 17% e, no Pão de Açúcar, chegou a 7%.
Na noite da virada, a ocupação hoteleira de Copacabana alcançou 100%, de acordo com pesquisa do Sindicato dos Meios de Hospedagens do Município do Rio de Janeiro (SindHotéis Rio), realizada no dia 30 de dezembro do ano passado. Em seguida, aparecem Ipanema/Leblon e Flamengo/Botafogo, com 94% cada, além de Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e o centro da cidade, com 90% de ocupação cada. Cerca de 81% dos turistas da rede hoteleira são provenientes de São Paulo, Minas Gerais e estado do Rio de Janeiro, enquanto os turistas estrangeiros são, em sua maioria, da Argentina, Chile e Estados Unidos.