O faturamento do varejo online brasileiro ficou em R$ 3,2 bilhões na edição de 2019 da Black Friday, segundo a Ebit|Nielsen, empresa de pesquisa de mercado e monitoramento de dados. Os valores consideram as compras fechadas na quinta (29) e na sexta-feira (30).
Em 2018, as lojas online venderam R$ 2,6 bilhões. Descontada a inflação de 2,54% até outubro, o aumento foi de 20%. O valor médio das compras, no entanto, caiu de R$ 608 para R$ 602.
No dois dias considerados no monitoramento da Ebit|Nielsen foram registrados 5,33 milhões de pedidos; em 2018, foram 4,27 milhões, uma alta de 25%.
Para Ana Szasz, da Ebit|Nielsen, os números deste ano demonstram que a data entrou no calendário de comrpas do brasieiro. “Nesta edição, vemos que as pessoas compraram diferentes tipos de produtos, ou seja, a alta não foi puxada apenas pelos mais caros”, diz, em nota.
O monitoramento aponta também para uma alta significativa nas compras fechadas por dispositivos móveis. Nos dois dias de acompanhamento, 55% das compras feitas no comércio eletrônico foram fechadas a partir de celulares.
Na comparação com o ano passado, a alta foi de 103%. O faturamento do varejo com as compras feitas por meio dos celulares dobrou e chegou a R$ 1,7 bilhão. Em 2018 foram R$ 830 milhões. O valor médio por compra não variou tanto e saiu de R$ 552 para R$ 574.
Ana Szasz diz que a edição de 2019 da Black Friday consolidou as compras por meio dos smartphones. Ela afirma que “garantir uma boa experiência mobile foi o diferencial para bons resultados.”
Na campanha deste ano, 418 mil consumidores fizeram a primeira compra pela internet, 12% a mais do que em 2018. Ao todo, 2,85 milhões de brasileiros compraram nesta Black Friday, uma aumento de 18% ante à edição anterior.
Segundo a Ebit|Nielsen, o Instagram tomou a dianteira, neste ano, como um dos motivadores para compras durante a Black Friday, ultrapassando o Facebook.
Folha de São Paulo