O ex-diretor de Governança Corporativa e Avaliação de Empresas Estatais do extinto Ministério do Planejamento Mauro Ribeiro Neto foi escolhido como o terceiro assessor especial do presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes. Os dois se conheceram no ano passado, durante as reuniões da equipe de transição do governo Jair Bolsonaro. Ele participou dos trabalhos representando a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
Ribeiro Neto vai trabalhar com Antonio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente Hamilton Mourão, e Alberto Alves, ex-ministro do Turismo que foi citado na Operação Zelotes, já nomeados para o cargo.
O ex-diretor trabalhou na pasta Ministério do Planejamento entre agosto de 2016 e janeiro deste ano. Sua exoneração deve ser publicada na edição de amanhã (16) do Diário Oficial da União. No extinto Planejamento, foi um dos responsáveis pela implantação da Lei de Responsabilidade das Estatais, que criou critérios mais rígidos para escolha de dirigentes.
Na área, Ribeiro Neto atuou para criar medidas de aumento da transparência e de melhoraria dos indicadores econômico-financeiros das empresas públicas. Entre os principais estão os projetos de privatização das seis distribuidoras da Eletrobrás no Norte e Nordeste e a incorporação, extinção e liquidação de outras 14 estatais.
De 2013 a 2016, Ribeiro Neto foi procurador na PGFN, com atuação na área de direito societário. Ele tem 30 anos, é formado em Direito, pós-graduado em Direito Empresarial e cursa mestrado. Ele também é professor de Direito Empresarial no Ibmec, Fundação Dom Cabral e no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).
O cargo de assessor especial é de livre provimento da presidência do Banco do Brasil. A função equivale a uma cadeira de um executivo, com salário de cerca de R$ 36 mil.
Anne Warth, O Estado de S.Paulo