
Por volta das 15h, o premiê italiano Giuseppe Conte disse em sua conta em uma rede social que Battisti iria retornar em um voo partindo diretamente de Santa Cruz de la Sierra, onde foi preso, para Roma. Na mesma mensagem, fez agradecimentos ao presidente Jair Bolsonaro. "Há pouco tempo escutei o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e gostaria de agradecê-lo em nome de todo o governo italiano pela colaboração efetiva que levou à captura de Battisti. E da mesma forma agradeço às autoridades bolivianas", escreveu Conte.
Mais cedo, ele afirmou que um avião italiano aterrissaria às 17h na Bolívia para levar Battisti para Itália. O premiê não citou qualquer passagem pelo Brasil. "Um avião nosso está viajando para a Bolívia onde vai aterrar por volta das 17 horas, com o objetivo de tomar em entrega Battisti e trazê-lo de volta para a Itália", escreveu Conte.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, havia dito que uma aeronave da Polícia Federal brasileira iria buscar o foragido. Segundo ele, Battisti seria trazido para o Brasil e aqui seria entregue às autoridades italianas. Heleno falou com a imprensa após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro e os ministros Sergio Moro (Justiça) e Ernesto Araújo (Relações Internacionais), que defendiam a vinda do italiano para o Brasil.
A Polícia Federal do Brasil montou um esquema para trazer Battisti para Brasília ainda no domingo. Segundo autoridades envolvidas na negociação, a aeronave, que já está a caminho da Bolívia, deveria pegar o foragido e trazê-lo para Brasília. A entrega dele para a Itália seria feita em território brasileiro.
A agência AFP informou que o governo boliviano anunciou em coletiva de imprensa nesta tarde que Battisti será entregue às autoridades italianas para seja levado ao seus país de origem.
— Nas próximas horas, esse assunto italiano será entregue pela Interpol da Bolívia à Interpol da Itália para ser transferido em um voo para asautoridades italianas — disse o ministro de Interior boliviano, Carlos Romero.
Questionadas sobre a decisão da Bolívia de entregar Battisti diretamente para a Itália, as autoridades brasileiras envolvidas no assunto afirmaram que o processo ainda está em andamento.