Preso em 2016 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, Mariano Marcondes Ferraz pagou fiança de R$ 3 milhões para responder ao processo em liberdade, mas foi proibido de deixar o Brasil. Com nacionalidade brasileira e italiana, o empresário residia em Londres desde 2015.
Na Lava-Jato, Marcondes Ferraz já foi condenado a dez anos e quatro meses de prisão , por corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de pagar US$ 868,4 mil em propinas ao então diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para renovar um contrato de serviços de armazenagem e acostagem de navios no Porto de Suape, em Pernambuco.
Os procuradores afirmam que o pagamento de propina envolveu contas ocultas no exterior e pagamentos feitos em espécie no Brasil durante seis anos. O MPF afirma que a denúncia é a primeira decorrente da 57ª Fase da Lava-Jato , que envolveu operações internacionais da Petrobras, e que as investigações prosseguem em relação a outras tradings.
"Há indicativos de que os crimes estavam sendo praticados até o presente, já que a investigação abrange outros dois funcionários da Petrobras que ainda atuavam na estatal petroleira na data da deflagração da 57ª fase da Lava Jato", dizem os procuradores.
Cleide Carvalho, O Globo