O ano que vem terá ao menos 14 feiras de negócios a mais do que o realizado em 2018, de acordo com a Ubrafe (união dos promotores). O valor representa uma alta de 15%.
Apesar disso, o setor espera que a área total locada pelas empresas permaneça nos mesmos patamares deste ano (de aproximadamente 2,3 milhões de metros quadrados), segundo Armando Campos Mello, presidente da entidade.
“Tivemos uma retração da área em exposição da ordem de 30% durante os últimos três anos. A tendência era de consolidação de eventos. Agora, voltaremos a ver mais feiras de nicho e desmembradas, como antes da crise”, diz.
“Esperamos maior visitação. Os preços das locações de espaço, porém, ainda devem permanecer estáveis”, afirma Jorge Alves de Souza, do Sindiprom-SP (das organizadoras).
“Projetamos um crescimento de 10% para 2019, impulsionado por sinergias de custo e alta no número de expositores. Temos reposto a inflação nos preços”, diz Marco Antonio Basso, presidente do Grupo Informa, que realiza 30 eventos no país.
“Faremos 20 feiras, duas delas serão lançamentos. Já estamos com 80% dos espaços vendidos, o que é um bom número”, afirma Fernando Fischer, da Reed Exhibitions Amcantara Machado, que tem o Salão do Automóvel no portfólio.
O setor de energia, o agronegócio e o automotivo estão entre os mais aquecidos, diz ele.
“O varejo deverá crescer ao menos 3% e, com isso, os eventos do segmento deverão ter reação”, diz Jeferson Santos, CEO da Couro Moda.
Executivos de óleo e gás confiam em aprovação de lei
Representantes da indústria de óleo e gás dizem preferir que a lei para revisar a cessão onerosa, que redefinirá a operação do pré-sal, passe neste ano, mas estão confiantes que, caso isso não aconteça, ela será aprovada em 2019.
O projeto em discussão autoriza a Petrobras a transferir até 70% dos direitos de exploração de petróleo do pré-sal na área cedida onerosamente pela União para outras petroleiras.
Os senadores têm vinculado a aprovação desse texto a outros temas, dos setores elétrico e de gás.
Há dúvidas, entre os representantes da indústria, se o governo está disposto a dar essas moedas de troca.
A aposta é que a nova equipe se interesse pelos bônus de outorga, que, podem render cerca de R$ 70 bilhões, dinheiro que ajudaria a diminuir o déficit fiscal.
O Senado a ser empossado terá representação menor de opositores ao plano, segundo um executivo do setor, e um governo novo costuma ter força nos primeiros meses.
A dúvida é se a gestão que assume em janeiro terá uma base organizada no Congresso para aprovar a mudança da cessão onerosa.
Maré alta
A rede de restaurantes Coco Bambu vai investir cerca de R$ 65 milhões em seu plano de expansão em 2019.
Os recursos serão aplicados na construção de ao menos oito unidades. Hoje, são 32.
“Os contratos estão fechados. O aporte médio em cada loja é de R$ 8 milhões, com recursos próprios e participação de sócios que operam os pontos”, diz Afranio Barreira, sócio da empresa.
A ideia é ter restaurantes com mais de 700 lugares cada nas capitais Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis e São Paulo (duas unidades), além das cidades de São José dos Campos e Osasco (SP).
A marca pretende lançar também em 2019 um formato de restaurantes menores, para até 150 pessoas, e a rede Coco Bambu For One, voltada a shoppings. “O tíquete médio da unidade tradicional é de R$ 60, e em praça de alimentação será de R$ 30.”
R$ 574 milhões
foi o faturamento em 2017
foi o faturamento em 2017
5.000
são os funcionários
são os funcionários
Embalo atacadista
O faturamento do setor atacadista cresceu pelo quarto mês seguido em setembro, segundo a Abad (associação setorial).
Houve uma alta de 2,17% na receita em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado até o terceiro trimestre, no entanto, há variação negativa, de 0,2%.
A projeção da entidade é que o setor registre um salto nas vendas de fim de ano, em grande parte devido à base de comparação fraca do ano passado, e encerre 2018 com um aumento de 1%.
Ao se considerar a inflação medida pelo IPCA, o setor registrou queda em todos os indicadores —chegou a 3,61% no acumulado até setembro.
O índice deflacionado, porém, é pouco usado porque quase não é considerado em reajustes, segundo a Abad.
DNA... Desde novembro de 2017, saltou de 42 a 201 o total de empresas autorizadas a usar informações genéticas de plantas e animais para fabricar produtos, segundo a CNI (confederação da indústria).
...brasileiro A alta é atribuída à Lei da Biodiversidade, que completa um ano neste mês.
Bebida... O Grupo Café Campos Altos investirá R$ 8,5 milhões para lançar uma linha do segmento especial no varejo brasileiro.
...nacional A marca, que abriu neste ano um escritório na Alemanha para potencializar suas exportações, passará a vender o produto à Lituânia e à Rússia.
Após... A Medida Provisória que trata de fundos patrimoniais será um dos principais temas do 2º Fórum Internacional de Endowments que acontece no próximo dia 13, no Rio.
...o incêndio Há um esforço de entidades ligadas ao setor para que a MP seja aprovada ainda neste ano.
Hora do Café