
O nome dele ganhou força após outro cotado sinalizar que não aceitaria o cargo. O pesquisador da Embrapa Evaristo de Miranda sinalizou que problemas pessoais o impediriam de assumir a função. Entre ambientalistas, circulava também o nome do deputado Evandro Gussi (PV-SP), que não se reelegeu. Procurado pelo GLOBO, Xico negou que já tenha recebido o convite:
— Não tenho nada pra falar. Não tive nenhum contato. Sei que essas coisas estão acontecendo, mas estou quieto aqui, aguardando instruções — disse.
Indicada para o ministério da Agricultura, a coordenadora da bancada ruralista declarou mais cedo que a escolha caberia ao presidente, mas que o grupo teria sugestões para a área, caso solicitado. Uma indicação de Xico Graziano é bem vista pela bancada. Além da atuação na área ambiental, ele também foi presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que já figurou no topo da lista dos maiores desmatadores do Brasil.
Se confirmado, ele será o primeiro agrônomo a ocupar o posto de ministro do Meio Ambiente. Desde que ganhou o status de ministério, em 1992, a pasta já foi comandada por um economista (Fernando Jorge), um diplomata (Rubens Ricúpero), um engenheiro (Henrique Brandão), dois advogados (Gustavo Krauze e Sarney Filho), um engenheiro florestal (José Carlos Carvalho), uma historiadora (Marina Silva), um geógrafo (Carlos Minc) e uma bióloga (Izabella Teixeira).
Eduardo Bresciani e Catarina Alencastro, O Globo