sexta-feira, 2 de novembro de 2018

"A Justiça é cúmplice": por José Nêumanne

Toffoli omite cumplicidade do STF 

na perda de credibilidade pelos 

políticos, que levou Bolsonaro à 

Presidência, ao soltar Dirceu, 

condenado a 30 anos e meio de 

prisão, e permitir candidatura 

e derrota de Dilma



Toffoli insiste em reivindicar papel de “harmonizador” da sociedade para STF, que não tem moral para coisa nenhuma. Foto: Dida Sampaio/Estadão
O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, disse ontem num seminário sobre lei e economia em Nova York, que vê com otimismo o fato de as eleições estarem dando aos políticos a oportunidade de reassumirem em nome do povo brasileiro a responsabilidade de deterem as rédeas do desenvolvimento do País, substituindo o Judiciário no protagonismo. 
Fala como se a cúpula da Justiça não tivesse culpa pelo desprestígio dos políticos profissionais, que levou o eleitorado a escolher Jair Bolsonaro presidente da República, omitindo fatos relevantes, como o alvará de soltura por ele concedido a José Dirceu e a rasura na Constituição que permitiu Dilma se candidatar e perder em Minas. 

O Estado de São Paulo