sexta-feira, 2 de novembro de 2018

"A Educação Agoniza na UTI de um Hospital em Obras!", por Rafael Moia Filho

Educai as crianças, para que não 
seja necessário punir os adultos. 



Quem vaticinou anos atrás que o Brasil seria o "País do futuro", de tanto esperar em vão deve ter cometido suicídio. Principalmente ao notar que em pleno Século XXI o nosso país está muito distante da realização de sua profecia. 

O futuro do Brasil está pendurado nas mãos nem sempre hábeis de políticos e partidos perversos, corruptos e sem alma, deixando seu maior patrimônio que é a sua gente sem qualquer cuidado e zelo. 

Neste sentido nota-se que a educação e os educadores, cientistas, pesquisadores ficam em terceiro plano, jogados às traças sem qualquer reconhecimento, investimento e cuidado, mesmo sendo parte das mais importantes de uma Nação.

Não é difícil apurarmos o quão distante estamos do futuro em relação aos demais países do nosso planeta. O último apontamento do Instituto Nacional de Alfabetismo Funcional – INAF em 2018 apontou que três em cada dez brasileiros com idade entre 15 a 64 anos no País – 29% do total, o equivalente a cerca de 38 milhões de pessoas – são consideradosanalfabetos funcionais. 

Esse grupo tem muita dificuldade de entender e se expressar por meio de letras e números em situações cotidianas, como fazer contas de uma pequena compra ou identificar as principais informações em um cartaz de vacinação. Há dez anos, a taxa de brasileiros nessa situação está estagnada, como mostram os dados do Indicador do Alfabetismo Funcional - INAF 2018. 

Se considerarmos que temos 8% da população completamente analfabeta, teremos um quadro assustador onde quase cinquenta milhões de brasileiros não sabem ler e escrever ou são analfabetos funcionais. 

O indicador tem como objetivo medir o quanto o brasileiro consegue entender e se fazer entendido em uma sociedade letrada. Infelizmente, estamos estagnados há muitos anos em patamar muito preocupante, diz Ana Lucia Lima, coordenadora do INAF. 

Com estes dados atuais e sem que tenhamos qualquer movimento por parte do governo federal e dos futuros candidatos à presidência em outubro próximo, como esperar uma revolução na educação e um futuro digno para nossa Nação? 

Estamos caminhando celeremente para sermos o "País do Passado", pois já tivemos educação de boa qualidade no ensino público, já tivemos bons professores bem remunerados e motivados, e agora vivemos uma época de incertezas rondando a educação pública nacional. 

Não podemos perder a esperança, porém, caberá à sociedade mudar este estado de coisas que afetam e comprometem o futuro do nosso sistema educacional. Não podemos aceitar que alunos saiam do ciclo inicial sem a menor condição de progredir na sua vida escolar nem tampouco de integrar o mercado profissional que é cada dia mais exigente. 

Esse quadro não pode simplesmente ser atribuído ao fato econômico de sermos uma Nação subdesenvolvida, pois países recém-saídos de uma guerra tiveram desempenhos muito maiores que os nossos, como a Coréia do Sul, por exemplo.

É preciso um esforço gigantesco para que possamos enfim começar a caminhar na direção certa no que tange ao alcance de resultados satisfatórios no âmbito da educação.


Com Blog do Werneck