quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Skaf diz que vai apoiar Bolsonaro no segundo turno


Paulo Skaf, candidato ao governo do estado de São Paulo pelo MDB, anunciou nesta quinta-feira (4) que vai apoiar o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno. 
"Eu não ficarei neutro em hipótese nenhuma. Não há hipótese de eu apoiar o candidato do PT. O meu apoio será para Jair Bolsonaro", disse durante seu compromisso de campanha. 
Skaf considerou a possibilidade de vitória de Bolsonaro em primeiro turno como algo "bom para o Brasil". 
"Não correria o risco de segundo turno [devido à alta rejeição de Bolsonaro nas pesquisas]. Quero lembrar que o candidato do PT também tem alto índice de rejeição. E aliás, muito semelhantes os dois índices. Um neutraliza o outro", disse Skaf.
"O PT já teve a oportunidade e nós já vimos o resultado. Neste momento, o que o Brasil está precisando é um governo diferente. É um governo com seriedade absoluta, sem corrupção de nenhum tipo, que realmente pense no Brasil", disse. 
Aparentemente tentando pegar carona na popularidade que Bolsonaro conquistou nas últimas semanas, Skaf se equiparou ao candidato do PSL. 
"Da mesma forma que eu não aceitei nenhum tipo de coligação para estar totalmente desimpedido, o Bolsonaro também não aceitou coligação e está com a mesma liberdade. Quando você monta uma equipe séria, de gente competente, a possibilidade de resultado concreto é bom. Ele tem como prioridade educação, segurança. São as minhas prioridades também. Nas questões econômicas também, o que ele defende está na linha que eu defendo, de menos estado, de uma economia liberal", afirmou Skaf.
O candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, não ultrapassou 3% das intenções de votos. Por isso Skaf adotou o tom pragmático e passou a falar abertamente em apoiar o adversário de seu partido na corrida. 
Na disputa paulista, Skaf está empatado com o tucano João Doria na liderança. A última pesquisa Ibope, que saiu nesta quarta-feira (3), mostrou Doria um pouco acima, com 24%, enquanto o emedebista aparece com 21%. 
Joana Cunha, Folha de São Paulo