Em Montes Claros, a última cidade mineira visitada na noite desta sexta-feira (21), o candidato Fernando Haddad (PT) disse ser hoje e que sempre será o advogado do ex-presidente Lula, afirmando ainda que há "milhões de Lulas" pelo país.
"Estou sempre visitando o presidente Lula [na prisão], porque eu sou e continuarei sendo, entre outras coisas, o advogado dele. E sei que toda semana ele recebe um líder mundial, personalidades que vêm de várias partes do mundo prestar solidariedade dele."
Haddad disse ainda que "podem ter prendido o líder, mas não podem prender a ideia". "Não adianta prender o Lula, porque tem milhões de Lulas espalhados pelo o Brasil. Nos queremos o Brasil de volta para os brasileiros".
O discurso foi em um palanque no bairro de Santos Reis, na periferia da cidade. Depois de campanha em Ouro Preto e Betim, o petista seguiu para o norte mineiro acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff, candidata ao Senado, e do governador Fernando Pimentel (PT), que tenta a reeleição.
Reforçou, em sua fala, o discurso que de "Lula e Haddad e Haddad é Lula". "A população não pode esquecer do Golpe que tirou do pobre o acesso a educação e ao desenvolvimento".
Montes Claros é a cidade de Adélio Bispo de Oliveira, 40, preso por esfaquear o candidato líder nas pesquisas eleitorais Jair Bolsonaro (PSL), em Juiz de Fora, no dia 6. Não houve segurança diferenciada para o evento, apenas policiamento local e apoio de membro dos MST. Haddad não deu entrevista aos jornalistas, subiu ao palanque, discursou e saiu.
Na última pesquisa Datafolha, divulgada nesta quarta-feira (20), Bolsonaro segue na liderança, com 28% das intenções de voto, seguido por Haddad, com 16%, Ciro Gomes (PDT), com 13% e Geraldo Alckmin (PSDB), com 9%.
Alana Freitas - Folha de São Paulo