sábado, 1 de setembro de 2018

Covil do PT transforma horário eleitoral em programa 'Lula livre', após TSE barrar candidatura. TSE e covil do PT se merecem

No seu primeiro programa do horário eleitoral, veiculado no início da tarde deste sábado, o PT criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de rejeitar o registro de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida na madrugada deste sábado, e afirmou que entrará “com todos os recursos para Lula ser candidato”. O programa mostrou diversas pessoas pedindo "Lula Livre".

O protagonista do vídeo foi o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, inscrito como vice na chapa de Lula e seu provável substituto. Haddad narrou a maior parte do programa, mas não foi apresentado nem como vice, nem como candidato. Ele disse que o partido estará com Lula “até o fim”.

— Faço aqui um juramento de lealdade a Lula. Nós não vamos descansar. Vamos trazer o Brasil de Lula de volta e libertar os brasileiros de toda essa injustiça.

O programa também mostrou uma fala do próprio Lula, gravada antes dele ser preso, em abril. O ex-presidente defendeu seu governo e criticou os "juízes" responsáveis por sua condenação.

— Eu sei como eu vou passar para a História. Eu não sei como é que eles vão passar. Não sei se eles vão passar para a História como juizes ou como algozes.

Dono do maior tempo de televisão, com cinco minutos e meio, Geraldo Alckmin fez ataques indiretos a Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas nos cenários sem Lula. Foi exibido o vídeo — que já havia sido adiantado nas redes sociais — que defende que "não é na bala que se resolve". Além disso, uma locutora recomenda aos eleitores não votarem com “raiva” e e afirma que “é hora do equilíbrio”.

O vídeo cita dados da gestão do tucano como governador de São Paulo, mas tenta fazer uma divisão entre o político e a pessoa. "Certamente do Alckmin você já ouviu falar. Quem talvez você não conheça bem é o Geraldo", diz o narrador, que descreve o candidato como "firme e equilibrado, cabeça e coração". Alckmin fala já no final,

— Quero resgatar a confiança no país, atraiar investimentos, colocar o Brasil no caminho do crescimento. Com boas ideias, e cuidando de quem mais precisa, vamos fazer um país melhor, para todas as brasileiras e brasileiros.

Já Bolsonaro, com pouco segundos, limitou-se a dizer:

— Vamos caminhar juntos, em defesa da família e da pátria.

Marina Silva (Rede) fez um discurso voltado para o público feminino:

— Alguém já te chamou de incapaz? Eu sei como é. Juntas nós somos fortes. Eu vou trabalhar todos os dias para que ninguém diga que você não pode. Você pode, sim. Essa é luta é nossa;

Ciro Gomes (PDT) reforçou sua promessa de ajudar as pessoas a saírem da lista de inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

— Temos 13 milhões de desempregados, 32 milhões de brasileiros vivendo de bico, 63 milhões com nome no SPC. Mas nós podemos virar esse jogo. A começar com esse problema do SPC, com o programa Nome Limpo — disse.

Álvaro Dias (Podemos) criticou quem vai a Curitiba "homenagear o político preso", em referência indireta a apoiadores do ex-presidente Lula, e afirma que foi a ciade para “homenagear a instituição certa: a Polícia Federal”.

Henrique Meirelles (MDB) disse que não vê problemas em ter trabalhado em governos “tão diferentes” como o de Lula e do presidente Michel Temer.

— Para mim o mundo não se divide entre quem gosta e não gosta do Lula, do Temer e do FHC. O mundo se divide entre quem ajuda quando o país precisa e quem não ajuda.

João Amoêdo (Novo) prometeu que, se depender dele, “esta é a última eleição com horário eleitoral obrigatório". Guilherme Boulos (PSOL) foi apresentado pelo ator Wagner Moura como um "candidato que tem coragem de enfrentar privilégios.

"Glória a Deus. Chega de escravidão, chega de corrupção", declarou Cabo Daciolo (Patriota). Vera Lúcia (PSTU) disse que o Brasil precisa de um "rebelião". 

Eymael (DC) afirmou que irá governar com "honra, competência e caráter". João Golaurt Filho (PPL) prometeu “recuperar o desenvolvimento e o orgulho de ser brasileiro".


O Globo