Em caminhada no Rio de Janeiro, neste domingo (2), o candidato do Novo à Presidência da República, João Amoêdo, disse que a rejeição da candidatura de Lula pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) torna o cenário mais claro e que aposta na baixa rejeição para atrair eleitores ainda indecisos.
"A decisão [do TSE] torna o processo mais claro e reduz a insegurança jurídica", disse ele. "Isso vai permitir que os eleitores agora façam sua escolha de forma mais consciente. O cardápio está definido", completou o candidato.
Com apenas 2% das intenções de voto segundo a última pesquisa Datafolha, Amoêdo diz acreditar que a baixa rejeição à sua candidatura ajudará a atrair o voto de indecisos. "A grande diferença que temos em relação a outros políticos é que nós não temos rejeição. As pessoas só precisam conhecer o Novo", argumentou.
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Com pouco tempo de TV e sem participação em debates, a candidatura de Amoêdo tem apostado em redes sociais. O ato deste domingo, na praia do Leblon, zona sul do Rio, teve o objetivo de reforçar a ideia de que uma "onda laranja", em referência à cor do partido, está impulsionando o apoio ao partido.
Com bandeiras e camisas cor de laranja, apoiadores acompanharam Amoêdo e outros candidatos do partido por cerca de 1,5 quilômetro, produzindo fotos e vídeos enquanto um homem ao microfone os incentivava a "inundar as redes sociais".
"A gente está avançando muito, sempre usando as redes sociais", disse o candidato à Presidência, que reclamou de ter sido vetado por concorrentes nos últimos debates na televisão. "A gente acha isso muito ruim para a democracia. A gente tem muita coisa para falar, muitas ideias para expor".
Em entrevista antes do evento, Amoêdo disse que, se eleito, quer testar a concessão de bolsas para financiar o ensino de crianças de baixa renda em escolas particulares. As famílias beneficiadas seriam escolhidas por sorteio.
"A gente sabe que a qualidade da escola privada hoje é melhor. É importante que famílias mais pobres possam colocar seus filhos no ensino privado", afirmou o candidato.
No ensino público, a proposta do candidato é focar os gastos na educação fundamental, reduzindo o investimento no ensino superior. Para isso, ele defende a cobrança de mensalidade em universidades federais para alunos que tenham condições financeiras de pagar o estudo.
"A gente coloca muito dinheiro na universidade, no ensino superior, e pouco no fundamental, onde a gente acha que tem que investir para dar oportunidade às pessoas", comentou.