A Uefa anunciou nesta terça-feira que reabrirá as investigações que envolvem o cumprimento do fair play financiero pelo Paris Saint-Germain. A decisão foi anunciada no site oficial da entidade que administra o futebol europeu. A decisão anterior, que absolveu o clube francês onde atuam Neymar, Mbappé, as duas contratações mais caras da história do futebol mundial, realizadas no início da última temporada, será submetida a um novo tribunal. Por meio de nota, o clube parisiense informou que continuará a contribuir com as investigações e que continuará sua política de venda de jogadores para se enquadrar nos parâmetros determinados pela entidade.
"O clube foi informado da decisão da câmara de julgamento de rever a decisão de encerramento da investigação realizada em 13 de junho. O clube declara que fez um número significativo de transferências nos últimos dias para cumprir a decisão e que continuará a fornecer todas as informações solicitadas, como faz desde 1º de setembro de 2017", afirma o documento.
Desta vez, a investigação da Uefa vai analisar também se há alguma irregularidade nas relações entre o clube e as autoridades do Qatar, país onde nasceu o presidente do clube, Nasser Al-Kheilafi.
A investigação foi aberta em setembro de 2017, depois que o PSG desembolsou 222 milhões de europos (o equivalente a R$ 821 milhões) para contratar Neymar, na transferência mais cara da história do futebol mundial. Além disto, o clube terá que pagar 180 milhões de euros por Mbappé, contratado por empréstimo junto ao Mônaco com valor de compra definido.
O clube declara uma receita anual de 500 milhões de euros. Dessa forma, só poderia gastar esse valor corrigido por 5% em um ano. Mas só essas duas contratações somam 402 milhões. Caso houvesse injeção de recursos dos proprietários, esse valor só poderia subir até 650 milhões.
A investigação da Uefa que, em primeira instância, determinou a absolvição do clube francês foi anunciada no último dia 13 com relação a irregularidades contábeis nas últimas três temporadas. No entanto, o clube teria que levantar mais 60 milhões de euros em negociações de altetas, para comprovar saúde financeira.
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