Após a quarta derrota seguida em Copas do Mundo, o futebol brasileiro carece de um exame profissional. Antes, passamos 24 anos em branco. Ganhamos em 1970 e só reconquistamos a taça em 1994. Agora, desde 2002, passamos vexames homéricos.
Aliás, é bom recordar que as vezes em que a mídia detonou a seleção, como em 1958, 1970 e 1994, ganhamos. Com méritos.
As seleções reverenciadas antecipadamente como vencedoras, levaram um pau antológico.
Foi assim em 1982, 2010, 2014.
Até ganhar um título sul-americano e, posteriormente, o mundial de clubes pelo Corinthians, Tite era debochado pela imprensa de São Paulo. Notadamente pelo linguajar 'inovador'.
Graças a um gol perdido por Diego Souza num Vasco X Corinthians, o clube paulista acabou ganhando os títulos mais importantes de sua história. Os 'analistas' esqueceram o acaso da dupla conquista. E Tite passou de piada a estrategista.
Idolatrado pela mídia, acabou na Seleção, em substituição a Dunga. Virou o maior técnico da paróquia.
Convocações injustificáveis foram ocorrendo. Nas eliminatórias, em amistosos e para a Copa da Rússia.
Mas, os deuses do futebol são abusados. Não perdoam a estupidez.
Já tivemos contusões de jogadores em plena Copa. Inclusive do maior jogador de todos, Pelé (1962). E de Romário, antes do início do Mundial de 2002, o que lhe valeu o 'corte'.
Nesta Copa, as várias contusões chamaram a atenção da torcida, porque atingiram jogadores sem expressão. O que esses caras estavam fazendo na Rússia?
O mais grave foi a insistência de Tite com jogadores sem a mínima condição de assumir a camisa titular.
Fagner, Miranda, Fernandinho, Paulinho e sobretudo Gabriel Jesus.
Quer dizer, meio time de jogadores que nunca justificaram o uso da camisa tricampeã.
Não é novidade a presença de 'ídolos de barros' criados pela promiscuidade da CBF, com empresários e mídia.
Rai, Denilson, Oscar, Bernardo (aquele da alegria nas pernas), Lucas... Criaram fama foram vendidos para Europa e, logo se descobriu, eram blefes.
Será que o fracasso na Rússia vai mexer nesse cenário? Ou continuaremo a testemunhar vexames como os das quatro últimas Copas?
Basta de Dunga, Felipão, Tite e jogadores forjados pelas mídia.
E Neymar pode poupar o brasileiro, montar um circo e correr o mundo fazendo 'embaixadas'. Antes de rolar pelo chão.