sexta-feira, 15 de junho de 2018

Odebrecht negocia venda da Braskem para holandesa

Odebrecht entrou em negociações exclusivas para a venda de sua participação na Braskem para a holandesa LyondellBasell, levando as ações da petroquímica brasileira a dispararem nesta sexta-feira.
"As negociações estão em estágio preliminar e foi concedida exclusividade à LyondellBasell no âmbito das tratativas, que são regidas por acordo de confidencialidade", disse a Braskem em fato relevante, citando informação fornecida pela Odebrecht.
As ações da Braskem subiam 21,3% às 11h30, enquanto nos Estados Unidos os recibos de ações da petroquímica brasileira registravam alta de 20%.
A Odebrecht tem 38,3% da Braskem, ou 50,1% do capital com direito a votos, enquanto a Petrobras tem uma participação total de 36,1%, ou 47% das ações com direito a voto, segundo informações do site da companhia.
Caso a transação seja concretizada, serão garantidas aos demais acionistas da Braskem as mesmas condições que vierem a ser negociadas para a Odebrecht, disse a Braskem.
Na avaliação do Credit Suisse, a notícia é positiva para a Petrobras, uma vez que pode facilitar o desinvestimento da estatal na petroquímica.
Em comunicado separado nesta sexta-feira, a Petrobras disse que vai avaliar o exercício de direitos previstos no acordo de acionistas da Braskem, caso a operação seja concretizada.
A Petrobras disse que foi informada pela Odebrecht de que "as negociações encontram-se em estágio preliminar" e de que foi concedida exclusividade à companhia, além de ter sido selado um acordo de confidencialidade sobre o negócio.
"Adicionalmente, foi informado que a transação ainda está sujeita, dentre outras condições, à conclusão de due diligence, negociações dos contratos definitivos e obtenções das aprovações necessárias, não havendo ainda qualquer obrigação vinculante entre as partes para a efetiva conclusão da negociação", adicionou a petroleira.

"As negociações estão em estágio preliminar e foi concedida exclusividade à LyondellBasell no âmbito das tratativas, que são regidas por acordo de confidencialidade", disse a Braskem em fato relevante, citando informação fornecida pela Odebrecht.
As ações da Braskem indicavam alta de mais de 15 por cento no leilão de abertura na bolsa paulista, enquanto nos Estados Unidos os recibos de ações da petroquímica brasileira subiam mais de 16 por cento no pré-mercado.
A Odebrecht tem 38,3 por cento da Braskem, ou 50,1 por cento do capital com direito a votos, enquanto a Petrobras tem uma participação total de 36,1 por cento, ou 47 por cento das ações com direito a voto, segundo informações do site da companhia.
Caso a transação seja concretizada, serão garantidas aos demais acionistas da Braskem as mesmas condições que vierem a ser negociadas para a Odebrecht, disse a Braskem.
Na avaliação do Credit Suisse, a notícia é positiva para a Petrobras, uma vez que pode facilitar o desinvestimento da estatal na petroquímica.
Em comunicado separado nesta sexta-feira, a Petrobras disse que vai avaliar o exercício de direitos previstos no acordo de acionistas da Braskem, caso a operação seja concretizada.

RAIO-X BRASKEM
Braço petroquímico da Odebrecht, em sociedade com a Petrobras
Número de funcionários: 8.000
Fábricas: 40 (29 no Brasil)
Lucro líquido em 2017: R$ 4 bilhões
Principais concorrentes: Bayer, Basf, DowDuPont
RAIO-X LYONDELLBASELL
Multinacional do setor petroquímico com sede na Holanda
Número de funcionários:13 mil
Fábricas: 55 em 17 países
Lucro líquido em 2017: US$ 1,1 bilhão (R$ 4,1 bilhões)
Principais concorrentes: Total, Sinopec, Sabic, DowDuPont
REUTERS