PEQUIM - A Petrobrás e o China Development Bank (CDB) assinaram um acordo hoje em Pequim, que é considerado o primeiro passo para a liberação de financiamento de US$ 5 bilhões - segunda parcela de um empréstimo de US$ 10 bilhões, anunciado 2015.
A expectativa da estatal é que o dinheiro seja liberado ainda este ano. Além do empréstimo, o documento tem como objetivo estimular o investimento conjunto em áreas de produção da Petrobrás, colaborar com o programa de desinvestimento da estatal e explorar oportunidades no mercado financeiro chinês.
"A cooperação bilateral entre Brasil e China está em um momento raro", avaliou o presidente do CDB, Zheng Zhijie. Ele salientou a relação frutífera já alcançada entre os dois países - que teriam complementariedade econômica - e fez um alerta para o momento mundial de recuperação, mas, ao mesmo tempo, de elevação do protecionismo. "Não devemos ignorar os desafios nesse contexto", aconselhou.
Campo de Libra. No mês que vem, será extraído o primeiro óleo do campo de Libra, conforme o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. "Outubro será um mês especial para o setor de óleo e gás, para a Petrobrás e para outras empresas", disse para empresários chineses em Pequim, onde participou da comitiva governamental para promover investimentos do País.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) já vem considerando o início da produção desse campo em seus últimos relatórios mensais. No documento mais recente, a entidade projetou a oferta de produção brasileira em 3,38 milhões de barris por dia (bpd) em 2017 e de 3,59 milhões de bpd no ano que vem. "Espera-se que o crescimento venha dos aumentos de produção no campo Lapa, Lula, Parque das Baleias, Roncador-2, Sapinhoá, Tartaruga Verde e Mestiça, bem como o novo projeto Libra", ressaltou a instituição no relatório.
Durante o evento na capital chinesa, Coelho Filho também destacou que, nos últimos anos, as estatais que mais sofreram foram justamente as que estão sob sua Pasta - além da Petrobrás, também a Eletrobras. "Nos últimos meses, no entanto, a reação das ações mostra a aprovação das ações do governo e das gestões das próprias empresas", afirmou.
