
Com Globo e AFP
CARACAS — Quarenta e nove veículos da imprensa já foram fechados pelo governo da Venezuela em 2017, denunciou neste sábado o principal sindicato de jornalistas do país. Os profissionais protestaram contra a decisão do presidente Nicolás Maduro de tirar do ar duas emblemáticas emissoras. Segundo o Sindicato Naconal de Trabalhadores da Imprensa (SNTP), as rádios e televisões foram os mais afetados pelo governo.
Marco Ruiz, secretário-geral do SNTP, acusou Caracas de promover "uma política sistemática de encurralamento e asfixia de espaços para o exercício da expressão livre, da crítica e da dissidência.
Anteriormente, o órgão já havia chamado as decisões do governo de arbitrárias e violatórias. A Caracol TV — uma das principais emissoras privadas da Colômbia — e a RCN foram retiradas do ar na Venezuela por ordem do governo de Nicolás Maduro. A emissora Caracol denunciou que seu sinal foi suspenso na noite de quarta-feira em meio às tensões políticas pela proteção dada por Bogotá à ex-procuradora-geral e chavista dissidente Luisa Ortega, que esteve no país vizinho e no Brasil esta semana. Horas depois, a RCN informou que seu sinal internacional foi retirado de todos os operadores de TV a cabo venezuelanos.
Em meses anteriores do ano, já haviam sido retiradas do ar a CNN em espanhol, que é acusada por Maduro de fazer "propaganda de guerra" com críticas ao seu governo; o canal colombiano El Tiempo e o argentino Todo Noticias.