domingo, 15 de janeiro de 2017

Deu no 'Jornal Nacional': Palácio do Planalto não tem câmeras de segurança desde 2009 - governo da dupla corrupta Lula-Dilma

TV Globo

Alvorada, Jaburu e residência oficial do Torto também não têm câmeras.
‘É muito conveniente: não há registros a serem mostrados’, critica general.



Prédios importantes do governo federal, inclusive o Palácio do Planalto - sede da Presidência da República - estão sem câmeras de segurança. A informação foi dada pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, numa entrevista à revista “Veja”.
É o local público onde a principal autoridade da república passa a maior parte dos dias. Além do presidente, os ministros mais próximos dele também trabalham no Palácio do Planalto.
Mas câmeras, equipamentos básicos de segurança, só existem duas, e do lado de fora.  

A afirmação é do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, em entrevista à revista “Veja”.
À equipe do JN ele disse que considera uma vulnerabilidade séria na segurança do presidente. Além do Palácio do Planalto, estão sem câmeras o Palácio da Alvorada, o do Jaburu e a residência oficial do Torto.
“Nenhuma das instalações presidenciais tem sistema de câmera de vídeo hoje”, disse Etchegoyen.
No caso do Palácio do Planalto, o ministro diz que havia câmeras em todos os andares até a reforma feita em 2009, no segundo mandato do ex-presidente Lula. As obras acabaram em 2010, mas as câmeras não voltaram.
À revista “Veja”, perguntado se as câmeras foram retiradas propositalmente, Etchegoyen disse que achava que sim, e que a situação era de descontrole.
O ministro avalia que, na época, foi conveniente que o palácio ficasse assim.
“É muito conveniente em função de que não há registros a serem mostrados nem para a defesa das pessoas nem para a acusação do Ministério Público. Não tem registro para mostrar”, disse o general.

No Palácio do Planalto, quem passa pela entrada principal é registrado. Mas, estando no prédio, se conseguir chegar ao gabinete de um ministro, depois for a outro e fizer reuniões com pessoas de um terceiro ministério não haverá imagem que registre como foi essa circulação. Por isso, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional disse que não pôde atender a pelo menos três pedidos judiciais para repasse de imagens.

“Foram documentos, foram requisições da Justiça, se não me engano uma do Congresso, que pediu imagens que nós não tínhamos para mostrar, lamentavelmente”, disse Etchegoyen.

Sem as câmeras dentro do Palácio do Planalto, desde 2009 ficaram a descoberto registros com importantes secretários e ministros que são investigados na Lava Jato ou em outras operações.
Do governo Lula, o próprio ex-presidente, além de Gilberto Carvalho e Erenice Guerra.

Do governo Dilma, a ex-presidente e mais: Antonio Palocci, Gleisi Hoffman, Aloizio Mercadante, Ideli Salvatti, Jaques Wagner, Ricardo Berzoini, Edinho Silva e Gilles Azevedo.
Do governo Temer, o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima.

Alguns equipamentos de segurança novos foram comprados em 2015. As câmeras não. Agora, o governo está fazendo uma nova licitação de um sistema de segurança integrado para todos os palácios. A expectativa é que até o fim do ano esteja tudo funcionando. O custo total será de cerca de R$ 10 milhões.
Instituto Lula não esclareceu por que as câmeras foram retiradas nem por que não foram reinstaladas. Declarou apenas que durante a presidência de Lula, a agenda dele sempre foi pública e acompanhada pela imprensa.

A assessoria da ex-presidente Dilma Rousseff declarou que durante a reforma do Palácio do Planalto, em 2008 e 2009, o Gabinete de Segurança Institucional, o GSI, apresentou um projeto para trocar todo o sistema de vigilância do Palácio do Planalto e residências oficias do presidente e do vice-presidente da República.
Ainda segundo a assessoria, por decisão do próprio GSI, o projeto foi sofrendo alterações para adequar os equipamentos à melhor tecnologia da época e que as licitações não foram concluídas durante o governo de Dilma Rousseff.

O general Jorge Armando Félix, chefe do Gabinete de Segurança Institucional à época da retirada das câmeras, não foi encontrado para falar sobre o assunto.

A defesa de Geddel viera lima esclarece que nenhum dos fatos injustamente objeto da investigação se relaciona com o período que foi ministro.

O ex-ministro Gilberto Carvalho disse que as normas de segurança presidencial sempre foram definidas pela Casa militar e são anteriores as gestões de 2003. Gilberto Carvalho nunca foi chamado para discutir política de segurança.

A defesa de Antonio Palocci disse que ele não tem nada a ver com o assunto.

Os outros citados ainda não se manifestaram.