| Simon Townsley/Agência Petrobras | |
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| Unidade de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás da Petrobras, que está em operação no campo de Sapinhoá, no pré-sal da bacia de Santos
São Paulo atingiu no último trimestre seu maior nível de produção de petróleo e gás natural e, em 2017, deverá se tornar o segundo maior Estado produtor, atrás apenas do Rio, segundo a secretaria paulista de Energia e Mineração.
Setembro foi o melhor mês da série histórica, com alta de 15,4% em relação ao mês anterior. O desempenho chegou a 432,4 mil barris de óleo equivalente por dia –12,8% do total no país.
Em 2017, a expectativa é que haja uma alta de até 10%, caso se confirmem novas produções de pré-sal na bacia de Santos, como a do campo de Lapa, afirma o secretário da pasta, João Carlos Meirelles.
Apesar da menor receita com royalties, fruto da queda do preço do barril de petróleo no início deste ano, analistas e governo preveem um forte ganho de peso do recurso no orçamento paulista.
"Além do retorno financeiro, que será importante na época de crise, há um efeito em toda a cadeia produtiva."
O impacto no PIB paulista deverá ser superior ao vivido no Rio quando se iniciou a operação da bacia de Campos, de acordo com o sócio da KPMG Anderson Dutra.
Neste ano até setembro, São Paulo arrecadou R$ 561 milhões com royalties e participações especiais (compensação para campos de grandes volumes).
Houve queda em relação ao mesmo período de 2015, mas em menor nível que no restante do país: São Paulo perdeu 9,9% em royalties; no Rio, a redução foi de 15,5% e, no Espírito Santo, de 19,6%.
Clique latino
A Infracommerce, que opera parte do comércio virtual de empresas como Ambev e Unilever, acaba de receber um investimento de R$ 40 milhões da companhia japonesa Transcosmos.
O aporte será usado na expansão pela América Latina nos próximos dois anos.
Hoje, além da sede brasileira, a empresa tem um escritório no México, aberto há um mês.
Em 2017, o plano é entrar na Argentina e na Colômbia. "Os próximos destinos serão definidos segundo a demanda de grandes clientes", diz o fundador, Kai Schoppen.
O dinheiro também será aplicado na inovação do sistema que faz a integração das vendas físicas e on-line.
A crise econômica, avalia Schoppen, favoreceu a terceirização de empresas do setor. "As companhias de grande porte não investiram em criar uma estrutura própria."
Em 2016, Infracommerce prevê triplicar sua receita, que não foi revelada.
500 funcionários
trabalham na Infracommerce
Cliente improvável
As exportações do Brasil para a Síria aumentaram 48% em 2016, na comparação com o ano passado, aponta o Mdic (Ministério da Indústria e Comércio Exterior).
O maior responsável pelo crescimento foi o açúcar, que cresceu 215% em 2016.
"Eles produziam açúcar de beterraba, mas a região de cultivo foi muito afetada pelo conflito", diz Ali El Zoghbi, presidente da Fambras (federação de associações muçulmanas do Brasil).
O valor total não é alto se confrontado com o de outros países -são R$ 85,4 milhões neste ano, cerca de metade do que foi exportado para a Coreia do Norte, por exemplo.
Os números devem ganhar importância com o fim da guerra civil, afirma Michel Alaby, secretário-geral da câmara de comércio árabe.
"O volume de 2016 surpreendeu, mas espera-se que aumente mesmo quando o país começar a ser reconstruído."
Onde pega
As consultorias de RH que buscam candidatos para empresas notaram que as maiores reduções de demanda neste ano foram por profissionais ligados à construção civil e pelos que trabalham com apoio às linhas de produção.
"A queda da busca por engenheiro civil foi gritante: 70% a menos de posições", diz Lucas Oggiam gerente da Page Personnel.
No ManpowerGroup, a grande "ruptura" também foi no setor de obras, diz a diretora de RH, Marcia Almström. "No ano passado ainda havia demanda nessa indústria."
Profissionais não ligados ao negócio principal das empresas também tiveram quedas expressivas, diz Rogerio Bergamo, da Mercer.
"Diretor de serviço ao cliente caiu 67%. É uma decisão difícil: cortar quem traz as receitas ou o pós-venda?"
Uma pausa no RH
Pequenos e médios empresários do Brasil são os mais pessimistas quanto à abertura de postos de trabalho na comparação com outros 18 países, segundo a multinacional britânica Sage.
Mais da metade (55%) dos 521 brasileiros consultados pela companhia de soluções tecnológicas aponta que está mais difícil contratar e reter funcionários hoje do que há seis meses.
A parcela restante se divide entre os que consideram o quadro melhor para contratações (31%) e igual (14%) ao observada no semestre passado.
O Brasil é mais otimista ao projetar se a situação das empresas será melhor no futuro.
A média global de empresários com expectativas positivas é de 52%. Entre brasileiros, a porcentagem é de 62%.
Pé... A rede de hotelaria GJP investirá R$ 104 milhões na construção de um resort em Maceió (AL), parte de um complexo anunciado em 2015.
...na areia O hotel terá 400 apartamentos quando concluído e será o 21º da empresa de Guilherme Paulus, fundador da agência de viagens CVC.
Horizonte O índice de confiança dos consumidores brasileiros medido pela Ipsos melhorou 2,2% em novembro, na comparação com outubro.
No tijolo A Orlean, loja de revestimentos de parede, investiu R$ 4 milhões em três showrooms -uma unidade em Miami teve o maior aporte.
Hora do café
com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Maria Cristina Frias: "Com pré-sal, produção de petróleo e gás bate recorde em São Paulo"
Folha de São Paulo





























