sábado, 21 de maio de 2016

Temer recria o Ministério da Cultura, com Marcelo Calero. Desde que não distribua grana com vigaristas como Chico, Caetano, Gil, Kleber Mendonça...



Michel Temer e Marcelo Calero - Givaldo Barbosa / Agência O Globo


Isabel Braga - O Globo





Michel Temer e Marcelo Calero - Givaldo Barbosa / Agência O Globo


Depois de muita polêmica, o presidente interino Michel Temer decidiu recriar o Ministério da Cultura. Uma medida provisória será editada na próxima segunda-feira com a volta da Pasta. Temer ligou para o ministro da Educação, Mendonça Filho, neste sábado, e anunciou a mudança. A Cultura estava, como secretaria, sob o guarda-chuva do MEC. O novo ministro será Marcelo Calero, que havia sido nomeado secretário da área.

A classe artística reagiu duramente ao fim do ministério, o que foi o motivo principal do recuo do presidente. Mendonça Filho confirmou ao GLOBO que o ministro tomará posse nesta terça-feira.

— Não queremos que a fusão vire mote de exploração política de grupos radicais. O presidente me ligou hoje de manhã (sábado), conversamos e ele tomou a decisão de recriar o ministério. Vai editar um MP (medida provisória) na segunda e na terça o novo ministro toma posse. Trabalharemos de forma integrada, até porque os valores da educação são os mesmos da cultura — disse Mendonça Filho.

O ministro não considera uma derrota pessoal nem de seu partido, o DEM, a retirada da Cultura de seu ministério. Para ele, não é a existência de um ministério específico para a cultura que vá garantir a valorização do setor, mas, sim, medidas concretas.

— Não considero uma derrota. Não me apego a espaço. A decisão da fusão gerou uma reação desproporcional. Recriar o ministério foi uma avaliação do momento político e da conjuntura. Se isso (a recriação) vira uma coisa essencial, que se faça. Acho que tem que ser mais do que isso, de ações concretas de promoção de cultura.