Com O Antagonista
As gravações de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, divulgadas até agora mostram que políticos do PMDB viram no impeachment uma oportunidade de parar a Lava Jato. Isso tira a legitimidade do afastamento de Dilma Rousseff? É claro que não.
Dilma Rousseff foi afastada (e, se tudo der certo, definitivamente), porque atentou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e, portanto, contra a Constituição Federal. As fraudes no orçamento cometidas pela petista e o seu séquito de irresponsáveis traduziram-se no rombo de 170,5 bilhões de reais nas contas do governo. Rombo que cancelou as conquistas do passado, sabotou as possibilidades do presente e turvou o futuro da nação.
Tirar a legitimidade do impeachment por causa do teor das conversas indecentes entre Sérgio Machado e Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney é só mais uma tentativa de confundir os brasileiros. Em política, motivos escusos podem levar a que se faça a coisa certa.
Também podem levar a que se faça a coisa errada. É o caso de Lula. A pretexto de dar ao país um recomeço, ele quer que Dilma Rousseff volte ao Planalto e convoque um plebiscito para aprovar a convocação de novas eleições presidenciais para outubro. Lula deseja candidatar-se, ser eleito, escapar da Lava Jato e, uma vez no poder, tentar melar a operação que está limpando o país. Da mesma forma que Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney quando resolveram trilhar o caminho do impeachment.
Neste momento, leitor, é primordial que você não se deixe levar pela confusão do noticiário. Goste-se ou não dele, Michel Temer é o presidente legítimo. E ninguém -- ninguém, mesmo -- poderá deter a Lava Jato.
Lula é o chefe do quadrilhão
Lula “gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras”. Foi o que Pedro Corrêa explicou à Lava Jato, segundo a Veja. “Uma das passagens mais emblemáticas, segundo o delator, se deu quando parlamentares do PP se rebelaram contra o avanço do PMDB nos contratos da diretoria de Paulo Roberto Costa... [veja mais]