O senador Magno Malta (PR-ES) e a coautora do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, Janaína Paschoal, ironizaram a hipocrisia do PT e explicaram os crimes da suposta presidente na sessão “Corujão” da comissão especial no Senado na madrugada desta sexta-feira.
Assista à edição especial feita por este blog, com participações de Romário (PSB-RJ) e Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Grandes momentos.
* Acrescento abaixo a cobertura em tuitadas da madrugada (lembrando que a maior parte da sessão foiexposta e comentada aqui):
– Janaína se exalta ao ser questionada sobre a defesa que faz de um procurador da República acusado de agredir a esposa. Nada a ver com o processo.
– O senador governista Telmário Mota (PDT-RR) questiona se Janaína atua na defesa de Douglas Kirchner e ela classifica a pergunta como “brincadeira”.
– Janaína: “Não vou falar dos clientes do escritório. Meus clientes são sagrados e não admito brincadeira aqui. São coisas que tem limites.”
– Janaína: “Me xinguem do que quiserem, mas meus clientes são sagrados”. Ela deixa temporariamente o plenário da comissão. Governistas não tem limites.
– Governistas tentam intimidar Janaína expondo seus clientes. “Tentativa torpe de transformar em ré quem acusa”, diz Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
– José Pimentel (PT-CE), em intimidação cínica, diz que quem fala o que quer ouve o que não quer. Janaína fala dos temas da comissão. PT, não.
– Janaína está há horas falando dos crimes de Dilma e José Pimentel (PT-CE) diz que não. PT sempre faz isso. Nega chuva quando está chovendo.
– José Pimentel (PT-CE) faz acusação vaga de que JBS está pagando um site… PT chegou àquele momento em que vale atirar qualquer coisa ao ar.
– Romário (PSB-RJ): “Como hoje já é 6ª-feira, bom dia.” Manifesta apoio a impeachment e diz que Dilma violou lei com decretos não autorizados.
– Romário (PSB-RJ) se diz impressionado com a coragem de Janaína, que não se deixou intimidar, como tampouco “um certo camisa 11″ (ele mesmo).
– Janaína brinca perguntando se “camisa 11″ era um que ficava na boca do gol… E parabeniza Romário, que agradece. Golaço será o impeachment.
– Romário diz que alguns senadores passaram dos limites e espera que debate seja mais qualitativo nesta sexta. Culpa da Bancada da Chupeta.
– Magno Malta (PR-ES) lamenta o desespero do PT e as agressões a Janaína. Diz que estão sentindo que vão perder a boquinha. Pois é.
– Magno Malta (PR-ES) diz que se Janaína estivesse defendendo o PT, e ele fizesse o que fizeram os petistas, eles iriam a Janot, STF, o diabo.
– Magno Malta (PR-ES) diz que Janaína deu um “elástico” (drible) em senadores governistas como Romário deu em Amaral.
– Magno Malta (PR-ES) lembra que petistas admitiram pedaladas de Dilma até Câmara acolher processo de impeachment – e aí não tinha feito mais.
– Janaína Paschoal saúda discurso de Magno Malta (PR-ES) de segunda-feira que viralizou com a minha edição especial.
– Magno Malta (PR-ES) mostra que não pagar um encanador durante 14 meses seria caso de polícia… E Dilma não pagou bancos públicos.
– Magno Malta lê voto de Jaques Wagner no impeachment de Collor em 1992 por “pais e filhos”. Hoje governo reclama. (Vídeo e transcrição aqui.)
– Voto de Jaques Wagner no impeachment de Collor foi achado pelo Radar de VEJA e Magno Malta leu na comissão. Jornalismo desmascara com fatos.
– Janaína: “Não foram os decretos que geraram o rombo. Eles foram uma maneira de a presidente poder contornar o rombo e continuar gastando.”
– Ufa. Último inscrito é Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que começa a falar à 1:10 da madrugada. Diz que tentará incluir denúncias da Lava Jato.
– Cássio Cunha Lima: “Não foi à toa que Cunha excluiu Lava Jato da denúncia” contra Dilma. “Os motivos são óbvios.” Cunha também é implicado.
– Cássio Cunha Lima: “Já é tarde, vamos dormir.” Janaína Paschoal encerra agradecendo imensamente a oportunidade de tirar todas as dúvidas.
– Anastasia (PSDB-MG): “Nós cumprimos a 1ª etapa depois de 10 horas de reunião, mas muito frutífera.” Raimundo Lira aprova ata e encerra. Ufa.