Cobertura em tuitadas da véspera da votação do impeachment na Câmara dos Deputados:
– Nas 24 horas antes da votação do impeachment, petistas garantem seu lugar no livro dos recordes: maior quantidade de mentiras em 24 horas.
– Esforço de propaganda de PT e governo em transmitir algum ânimo implica necessariamente a disseminação da mentira. Vergonha, nunca tiveram.
– Michel Temer: “Leio hoje nos jornais as acusações de que acabarei com o Bolsa-Família. Falso. Mentira rasteira. Manterei todos os programas sociais.”
– Oposição diz ter 366/377 votos: 3 votos ganhos pelo governo (Waldir Maranhão, Clarissa Garotinho, José Reinaldo) foram compensados por outros 3.
– Os 3 votos ganhos pela oposição foram de Júlio Delgado (PSB-MG), Júlio César (PSD-PI) e Nelson Meurer (PP-PR), que o governo tentava cooptar.
– Não é (só) que cada um fala uma coisa. Placares de jornais são de votos publicamente declarados. Oposição informa os que tem nos bastidores.
– Opositores dizem que governo faz jogo sujo, podre, no desespero, e que um ou outro voto pode ser perdido, mas a vantagem é larga o bastante.
– Dilma nunca dialogou com o Congresso, mas agora recebe deputados com pão de queijo e tudo, como na casa da vovó. É o desespero cínico.
– Aliados de Temer dizem à Globonews que, se houve alguma reversão de votos ontem, volta do vice de São Paulo a Brasília a estancou. Fique aí, Temer.
– Jerônimo Goergen (PP-RS) me diz: “A tendência dos 17 indecisos é majoritariamente para nós.” Acha que oposição terá entre 370 e 380 votos.
– PT publicou lista de 39 supostos indecisos e pediu ajuda nas redes sociais para pressão. Oposição diz que vários já decidiram votar pelo impeachment.
– Hildo Rocha (PMDB-MA), Hissa Abrahão (PDT-AM), e Raquel Muniz (PSD-MG) são exemplos de deputados pró-impeachment na lista.
– Usar a lista fraudulenta do PT contra o PT, pressionando os supostos indecisos a votar contra o governo, é uma forma de colaborar com o país.
– Sobre placares, só informo o que dizem os deputados. Eu não arrisco resultado algum. “Zuera”, sim, “já ganhou”, jamais. Jogo é podre no fim.
– Governo tentou, mas Júlio Delgado (PSB-MG) reafirmou: “Em momento algum pensei em alterar meu voto SIM pelo impeachment” de Dilma Rousseff.
– Delgado perdeu para Eduardo Cunha presidência da Câmara. Governo tentou investir na rivalidade entre eles para mudar voto do deputado. Não mudou.
– Delgado disse que votará de “nariz tampado”, pois Cunha não tem “legitimidade para comandar processo” e é “tão culpado quanto Dilma”. Papo de rival.
– STF validou todo o processo de impeachment até aqui. Só trouxa cai no papo do governo e de rivais de Cunha contra “legitimidade” dele na “condução”.
– Quando PT não pode chamar algo de “ilegal” sem risco de ser desmascarado, ataca “legitimidade”, que é palavra mais vaga para enganar trouxa.
– Quem acata o processo de impeachment é o presidente da Câmara e, seja quem ele for, nenhum crime não julgado o impede legalmente de fazê-lo.
– Rodrigo Janot já pediu afastamento de Cunha do cargo, mas STF não julgou. Nos bastidores, diz Globonews, ministros comentam que razões são fracas.
– STF tampouco julgou Cunha pelos crimes de que é acusado. Se governistas querem “Fora Cunha” já, por que não atacam STF? Porque são covardes.
– STF tampouco julgou os 9(!!!) inquéritos de Renan Calheiros, mas governo nunca acusou o aliado de não ter legitimidade para presidir o Senado.
– Governo tenta doutrinar imprensa estrangeira com a tese de golpe comandado por um réu. Cúpula do PMDB já tenta reagir à mentira internacional.
– Governo espalhou circular para embaixadas com alerta de golpe. Só isto já é motivo para impeachment.
– Até o Wall Street Journal, dos grandes jornais americanos talvez o menos contaminado de esquerdismo, destacou duelo de Dilma com o réu Cunha.
– Kátia Abreu chegou a dizer que anunciaria uma “bomba”: um partido inteiro a dar votos ao governo. Bomba falhou e ela disse que tentaria “bombinha”.
– Governo espalhou que Paulo Maluf (PP-SP) mudara de lado, mas ele reafirmou a Temer que votará pró-impeachment: “Dr. Paulo só tem uma palavra”.
– No PMDB, 8 deputados da zona nebulosa confirmaram voto pró-impeachment: André Abdon, Washington Reis, Nelson Meurer, Cabuçu Borges, Soraya Santos, Hildo Rocha, Franklin Rocha, Marx Beltrão.
– PMDB terá de 7 a 8 votos pró-governo: Leonardo Picciani (RJ) e sua ala mortadela.
– Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG): “Esta semana, com convicção, decidi meu voto pelo impeachment, refratário a qualquer demanda não republicana.”
– Um deputado me diz que Fernando Giacobo (PR/PR), antes pró-impeachment, foi “persuadido” a não aparecer para votar. Vendeu-se, Giacobo?
– Este é Giacobo, alvo da ofensiva de Lula e Dilma. Vai amarelar, deputado? Pegou gripe da covardia?
– Itaipu é moeda de troca na tentativa do governo de comprar deputado Fernando Giacobo (PR/PR). Relembro uso que Dilma fez de Itaipu:
– Oposição disse que vai entrar com queixa-crime na Polícia Federal contra Dilma e Lula por compra de deputados. Dilma e Lula são casos de polícia.
– Mendonça Filho (DEM-PE): “Você não pode usar recursos públicos para converter votos de deputados. Isso é uso da máquina pública em benefício próprio. É desvio de finalidade, uma repetição do método petista que levou ao mensalão e ao petrolão, mais um escândalo para ganhar na mão grande”.
– DEM cita recente transferência de terras da União ao Estado do Amapá, governado por Waldez Góes (PDT), aliado do clã Sarney, feita com objetivo de garantir 8 votos da bancada que tinha 6 indecisos e 2 contrários ao Planalto. Polícia neles!
– Oposição também pede em representação ao MPF que sejam feitas busca e apreensão no hotel Golden Tulip, onde Lula distribui o Bolsa-Deputado.
– Oposição ainda vai à PF pedir que MST seja enquadrado pelas badernas nas rodovias do país. Alceu Moreira neles!
– João Arruda e Hermes Parcianello, ambos do PMDB-PR, aparecem como “indecisos” em todos os placares do impeachment, mas os dois votam sim, informa Denian Couto, jornalista de Curitiba. “Placar agora do Paraná é 26 sim x 4 não. Se Giacobo virar, fica 25 x 5.”
– Washington Reis (PMDB-RJ) já se encaminhou para Brasília e vai votar pró-impeachment. Chega de gripe nessa hora.
– PMDB só não fecha questão pró-impeachment, obrigando todos a votarem pelo afastamento de Dilma, para evitar animosidade com senadores, que também teriam de seguir a determinação caso o impeachment passe na Câmara. Cúpula calcula a medida certa da pressão.
– Felipe Bornier (PROS-RJ) convocou parlamentares no plenário a deixarem para trás “esse partido [PT] que só pensa em permanecer no poder”. “Seguindo o recado da população brasileira, eu quero o impeachment já.”
– Deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) vangloriou-se de seus 50 anos como comunista. Meio século de insensatez.
– Alessandro Molon (Rede-RJ) negou que pedaladas de Dilma sejam operação de crédito. Omitiu, claro, valor, duração e período que o desmentem.
– Molon, ex-petista que nunca deixou de sê-lo, disse que não vai compactuar com a fraude e a farsa. Farsa é negar a fraude fiscal de Dilma.
– Petistas e linhas auxiliares como Molon tentam fazer a negação de um crime se passar por refutação da acusação. Então negam, negam e negam.
– Pequenos saldos devedores, com reposição do $ em seguida, é normal. Crime de Dilma foi forçar bancos a pagarem tudo.
– Se você nunca entendeu o crime de Dilma com “pedaladas fiscais”, relembro o vídeo em que o explico de modo prático: AQUI.
– PT e governo defendem eleições gerais caso Congresso aprove impeachment. Nem perderam ainda e já começaram o choro de derrotados.
– “Dizem que impeachment é golpe e é contra a lei e propõem algo que não está na lei”, comenta leitor Bruno Massolini. “Eles são os verdadeiros golpistas.”
– Governo mira o grupo “nem Dilma nem Temer” com a promessa eleitoral. Quem vai acreditar neste governo? Como escrevi dez dias atrás, em 6 de abril:
– Silvio Costa (PTdoB-PE) mostra o desespero governista chamando 95% do Congresso de “canalhas”. É o governo que quer diálogo e acusa de ódio.
– Bolivianos que participarem de protestos serão deportados, diz PF. É a claque enviada por Evo Morales para dar a Dilma a torcida que não tem no Brasil.
– “Os direitos políticos são praticamente os últimos a serem adquiridos por estrangeiros com visto de permanência, imagine para quem vem apenas a turismo”, disse o presidente da Fenapef, Luis Boudens. É a mortadela internacional.
– Celso de Mello rejeitou pedido da CUT para ocupar galerias da Câmara e e de Jean Wyllys (PSOL-RJ) para impedir Cunha de votar. Só pagam mico.
– Cunha confirmou votação para 14h de domingo. Agora é Libertadores, amigo. Haja coração.