A coletânea de e-mails da Odebrecht que publicamos hoje demonstra de maneira cristalina que Lula tinha a palavra final sobre todos os projetos da Petrobras e que Dilma, na qualidade de ministra da Casa Civil, também era consultada sobre cada passo da estatal.
No caso do projeto de construção dos navios-sonda, a "estratégia" de Lula era valorizar a indústria nacional, embora a necessidade da estatal apontasse para a compra no exterior. A falta de expertise nacional e o tempo curto para iniciar a exploração do pré-sal recomendavam a segunda opção.
Lula autorizou a compra de algumas sondas lá fora, desde que outras tantas fossem construídas aqui. Isso abriu margem para todo tipo de negociata, a formação de cartéis e o pagamento de propina - tudo o que a Lava Jato já descobriu.