segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Vídeo: Delator diz que ouviu “de muita gente” que “PT encomendou” assassinato de Celso Daniel

Com Blog Felipe Moura Brasil - Veja


O vídeo ‘estarrecedor’ do interrogatório de Paulo Roberto Costa, editado pela Folha de S. Paulo, mostra que o delator da Lava Jato tem medo de ser assassinado pelo PT, como Celso Daniel.
Se você não viu no domingo, assista. Destaco em seguida os trechos principais.
1º.set.14
“A POLÍTICA É PODRE”
Delegado lê anotação de Costa em caderneta: “Acabar com a corrupção é o objetivo supremo de quem ainda não chegou ao poder”.
Costa: Isso aí colocaram na imprensa, né. Não é frase minha, mas é frase verdadeira.
Delegado: É do [jornalista e escritor] Millôr [Fernandes]. Mas o senhor escreveu na cadernetinha do lado dos pagamentos, né.
Costa: Para mostrar como é podre a política brasileira.
29.ago.14
“EU TENHO MEDO”
Costa: Eu tenho um receio. É integridade física minha. […] Porque… Eu tenho medo. Porque nós estamos falando com [de] uma gente muito graúda.
[…]
Delegada: O que te traz mais receio, mais medo, a reação dos políticos ou das construtoras?
Costa: Dos políticos.
Delegado afirma que os citados não têm histórico de violência. Costa abre um sorriso e diz “Celso Daniel”, o prefeito petista de Santo André (SP) assassinado no início de 2002.
O delegado pergunta se ele sabia algo sobre o crime. O ex-diretor diz ter ouvido “de muita gente” que “foi o PT que encomendou”.*** Em seguida, acrescenta:
Costa: E hoje, a ex-mulher dele [Celso Daniel] ganhou um prêmio, né. A ex-mulher dele é a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Ministra do Planejamento e não entende nada.
Em 10 fevereiro de 2015, pouco mais de cinco meses após o depoimento de Costa, Dilma Rousseff anunciou a ex-ministra Miriam Belchior como presidente da Caixa Econômica Federal, cargo que ela ocupa atualmente.
29.ago.14
“MANIA DE FALAR ALTO”
Costa: Ela [Dilma Rousseff] tem mania de falar um pouco alto, né? Então você começa a falar assim e depois o telefone vai assim… [afastando o telefone da orelha]. […] Aí começamos a conversar e aí a mulher chegou e falou assim: “Olha, vocês têm dez minutos para explicar isso aqui”. Dez minutos você não explica nada, né?