quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Nova CPI da Petrobras é instalada na Câmara

DAIENE CARDOSO E DANIEL CARVALHO - O ESTADO DE S. PAULO

CPI nega destituição de deputados que receberam doações de empresas da Lava Jato


Questionamento feito pelo PSOL na comissão que vai investigar a Petrobrás foi rechaçado pelos parlamentares da comissão

Em meio às expectativas sobre as denúncias de envolvimento de políticos na Operação Lava Jato, deputados instalaram nesta quinta-feira, 26, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Câmara, que já iniciou com uma polêmica. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que preside nesta tarde a sessão de instalação da CPI, negou o questionamento feito pelo PSOL sobre a permanência na comissão de deputados que receberam doações de empreiteiras envolvidas na Lava Jato.
O PSOL avisou que vai recorrer da decisão no plenário da Casa. Mais cedo, em plenário lotado, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) abriu a sessão questionando a participação na comissão de parlamentares que receberam financiamento eleitoral das empreiteiras implicadas na operação. Ele pediu a destituição dos parlamentares que tenham recebido doações de OAS, Camargo Corrêa, Sanko, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, UTC e Toyo Setal, sob a alegação de que a permanência dos indicados levantaria suspeitas sobre a isenção dos trabalhos. Entre os que receberam recursos das empreiteiras estão o presidente do colegiado, o peemedebista Hugo Motta (PB) e o relator, o ex-ministro da Pesca e das Relações Institucionais Luiz Sérgio (PT-RJ). Valente aproveitou para registrar a candidatura à presidência da CPI.