O discurso de posse da presidente Dilma foi defensivo. O tom revelou que ela considera que a realidade é bastante adversa. Sobre as mudanças na Previdência, declamou que direitos dos trabalhadores estavam mantidos. Sobre o caso Petrobras, defendeu a estatal e pediu punição dos culpados. Em tempos de crise e ajuste fiscal, adotou um lema genérico e não quantificável: “Brasil, pátria educadora”.
A presidente se rendeu?
Políticos aliados gostaram do trecho do discurso em que a presidente Dilma trata da reforma política. Especialmente por ela não ter citado suas (e do PT) propostas anteriores, como o plebiscito e a Constituinte. Depois de ter afirmado perante o Congresso que estava na Casa do Povo, transferiu para deputados e senadores a condução do processo de mudanças. Foi um afago, sobretudo no PMDB, que comanda o Congresso. Mesmo que a presidente decida, de fato, não atropelar, isso já está ocorrendo. Está em processo de votação, no STF, uma Adin que acaba com as doações eleitorais das empresas. Essa mudança agrada ao PT, mas não aos aliados e à oposição.
Políticos aliados gostaram do trecho do discurso em que a presidente Dilma trata da reforma política. Especialmente por ela não ter citado suas (e do PT) propostas anteriores, como o plebiscito e a Constituinte. Depois de ter afirmado perante o Congresso que estava na Casa do Povo, transferiu para deputados e senadores a condução do processo de mudanças. Foi um afago, sobretudo no PMDB, que comanda o Congresso. Mesmo que a presidente decida, de fato, não atropelar, isso já está ocorrendo. Está em processo de votação, no STF, uma Adin que acaba com as doações eleitorais das empresas. Essa mudança agrada ao PT, mas não aos aliados e à oposição.
Do outro lado do balcão
O novo ministro petista Pepe Vargas (Relações Institucionais) garantiu ontem que seguirá somente a orientação da presidente Dilma em relação à disputa pela presidência da Câmara. Até agora, o Planalto tem se mantido neutro.
O novo ministro petista Pepe Vargas (Relações Institucionais) garantiu ontem que seguirá somente a orientação da presidente Dilma em relação à disputa pela presidência da Câmara. Até agora, o Planalto tem se mantido neutro.

Agora vai
Remanejado para o Ministério da Integração Nacional, Gilberto Occhi (foto, no centro) já tem uma nova prioridade: entregar a transposição do São Francisco até 2016. Ele não crê que o fato de algumas das empresas que tocam a obra estarem na Lava-Jato possa atrasar, mais uma vez, sua entrega. O ex-presidente Lula, em seu 1º mandato, prometeu-a para 2010.
Remanejado para o Ministério da Integração Nacional, Gilberto Occhi (foto, no centro) já tem uma nova prioridade: entregar a transposição do São Francisco até 2016. Ele não crê que o fato de algumas das empresas que tocam a obra estarem na Lava-Jato possa atrasar, mais uma vez, sua entrega. O ex-presidente Lula, em seu 1º mandato, prometeu-a para 2010.
Começando do zero
O ministro Ricardo Berzoini (Comunicações) disse que não vai se basear em nenhum projeto existente de regulação de mídia. Quer ouvir todos os envolvidos, de empresas de comunicação a movimentos sociais, para formular novo projeto.
O ministro Ricardo Berzoini (Comunicações) disse que não vai se basear em nenhum projeto existente de regulação de mídia. Quer ouvir todos os envolvidos, de empresas de comunicação a movimentos sociais, para formular novo projeto.
Imaginação fértil
Em tempos de Lava-Jato, uma das rodas mais instigantes e descontraídas, no coquetel do Itamaraty, formou-se em torno de Rodrigo Janot (procurador-geral da República). Estavam lá os líderes do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), e na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e o presidente da Câmara, Henrique Alves (RN).
Em tempos de Lava-Jato, uma das rodas mais instigantes e descontraídas, no coquetel do Itamaraty, formou-se em torno de Rodrigo Janot (procurador-geral da República). Estavam lá os líderes do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), e na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e o presidente da Câmara, Henrique Alves (RN).
No espeto
O ministro Juca Ferreira (Cultura) colocou como prioridade a valorização dos Pontos de Cultura. Segundo ele, a política foi “deixada de lado por gestões anteriores”. Sua antecessora, Marta Suplicy, fez duras críticas à sua indicação.
O ministro Juca Ferreira (Cultura) colocou como prioridade a valorização dos Pontos de Cultura. Segundo ele, a política foi “deixada de lado por gestões anteriores”. Sua antecessora, Marta Suplicy, fez duras críticas à sua indicação.
Piada de salão
Quando o chefe do cerimonial do Planalto, Renato Mosca, passou a faixa presidencial para a presidente Dilma, ministros e assessores riram depois de um deles disparar: “Sabemos agora quem mandou no Brasil nestes quatro anos”.
Quando o chefe do cerimonial do Planalto, Renato Mosca, passou a faixa presidencial para a presidente Dilma, ministros e assessores riram depois de um deles disparar: “Sabemos agora quem mandou no Brasil nestes quatro anos”.
Bancada de gênero. No Planalto, havia uma área reservada somente para mulheres que militaram com a presidente Dilma contra a ditadura.