quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Dilma ´trambique` confirma Levy na Fazenda e Barbosa no Planejamento

Marcela Mattos - Veja


Governo anunciou nesta quinta seu novo time econômico. Alexandre Tombini seguirá à frente do Banco Central. Cerimônia de posse não foi agendada


Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro
Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro (Paulo Giandalia/Estadão Conteúdo)
O governo federal confirmou nesta quinta-feira os nomes da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff. Joquim Levy assumirá o Ministério da Fazenda. Nelson Barbosa, o do Planejamento, e Alexandre Tombini seguirá à frente do Banco Central.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, afirmou na quarta-feira que não haverá cerimônia de posse – os atuais ocupantes dos cargos vão, portanto, seguir em suas funções. Os novos ministros vão despachar no Palácio do Planalto durante esse período de transição.
Levy comandou a Secretaria do Tesouro Nacional na gestão do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula. Na época, o governo buscava conquistar a confiança dos agentes econômicos. Para contribuir com este objetivo, Levy ajudou a promover, entre 2003 e 2006, um dos maiores ajustes fiscais já realizado no país. Rejeitado por grande parte dos petistas, ele teve como principal marca a austeridade e é reconhecido por seu perfil ortodoxo. Pessoas próximas o definem como determinado, obsessivo por trabalho e tão teimoso quanto a presidente, apesar de ser genil e bem-humorado no trato pessoal.
A primeira passagem de Levy no governo, no entanto, foi em 2000, quando foi secretário-adjunto de política Econôminca do Ministério da Fazenda. No ano seguinte, assumiu o cargo de economista-chefe do Ministério do Planejamento.  Atualmente,com 53 anos, Levy é o diretor-superintendente do Bradesco Asset Management, braço de gestão de recursos do Bradesco. Com a mudança de cargo, o executivo vai abrir mão de um salário de entre 1 a 3 milhões de reais anuais para os cerca de 320,67 mil anuais (ou 26,72 mil reais mensais), recebidos por ministros de Estado.
Já Barbosa foi secretário-executivo do ministro da Fazenda, Guido Mantega, entre 2011 e 2013, período em que sempre teve proximidade com a presidente Dilma Rousseff (PT). Seguidor da escola desenvolvimentista, que se apoia no uso do estado como indutor do crescimento, tem a simpatia de petistas, mas também bom trânsito entre agentes do mercado.