terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Agência de risco diz que pode baixar nota do Brasil ainda neste ano

Agência de risco diz que pode baixar nota do Brasil ainda neste ano
 


Do UOL
 

A agência de avaliação de risco Standard & Poor's (S&P) informou que pode rebaixar a nota da dívida pública do Brasil ainda neste ano, mesmo antes das eleições de outubro. A afirmação foi feita nesta terça-feira (7) pelo diretor da agência Joydeep Mukherji, em reunião com jornalistas em Nova York.

O mercado reagiu à notícia, temendo que isso possa afetar a atratividade do país aos investidores. O dólar, que chegou a operar em queda de quase 1% durante o dia, fechou praticamente estável.

O executivo da S&P afirmou à agência de notícias Reuters que não está sinalizando a perda do título de grau de investimento do Brasil, e afirmou que não está impondo prazos para tomar decisões sobre a classificação do país.

"Não estamos sinalizando a saída do grau de investimento", afirmou ele. "As coisas que estamos observando são tendências e têm sido aparentes há algum tempo. Esse não é um evento súbito".

O chamado grau de investimento indica aos investidores que uma economia tem baixo risco de dar calote, e que as aplicações financeiras feitas por investidores estrangeiros nesse país terão risco próximo a zero.

Agências de risco falharam na crise

As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.

Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.

O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação financeira.

Ele busca mensurar a probabilidade de calote de obrigações financeiras, ou seja, o não-pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião supostamente independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.
(Com Reuters)