terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Diretor ligado a Rosemary Noronha deixa a Anac

Diretor ligado a Rosemary Noronha deixa a Anac


Exoneração foi publicada nesta terça, 31, no Diário Oficial da União


AYR ALISKI - Agência Estado
 
 
Rubens Carlos Vieira não é mais diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A exoneração do cargo, "a pedido" e com validade a partir de 30 de dezembro de 2013, foi publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira, 31. Vieira ingressou na Anac em 2006. Ligado a Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe do Gabinete Regional da Presidência da República em São Paulo, ele acabou envolvido na Operação Porto Seguro, deflagrada pela Polícia Federal e Procuradoria da República, que em novembro de 2012 desarticulou suposta organização criminosa de venda de pareceres técnicos em órgãos federais. O decreto com a decisão é assinado pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco.



Em relação à Operação Porto Seguro, o Ministério Público Federal em São Paulo pediu a devolução e aplicação de multas que totalizam R$ 38 milhões aos investigados. Em ação de improbidade administrativa, o procurador da República José Roberto Pimenta Oliveira questionou atos praticados com a finalidade de manter o contrato de arrendamento celebrado entre a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e a empresa Tecondi. O procurador acusou 18 réus na ação de improbidade, entre eles Rubens Carlos Vieira.


Em novembro do ano passado, após a eclosão do caso Porto Seguro, a Presidência da República determinou que todos os servidores indiciados na operação seriam afastados ou exonerados de suas funções. Até então, Vieira comandava a Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária da Anac. O Portal da Transparência, do governo federal, informa que Rubens Carlos Vieira é procurador da Fazenda, tendo o Ministério da Fazenda como órgão de origem, embora cedido para a Anac.


Em setembro deste ano, a Controladoria-Geral da União (CGU) decidiu aplicar pena de destituição de cargo público a Rosemary Nóvoa de Noronha. No final de 2012, ela tinha sido exonerada. Este ano, houve a conversão da exoneração em destituição de cargo público, que é uma medida mais rigorosa. Em função dessa punição, a ex-servidora ficou impedida de retornar ao serviço público federal durante cinco anos, nos termos do parágrafo único, do artigo 137 da Lei nº 8.112/90. Rosemary ocupava um cargo comissionado no gabinete regional da Presidência. Ela não era do quadro efetivo do serviço público.


Quando anunciou, em setembro, essa decisão envolvendo Rosemary, a CGU destacou que o processo administrativo foi instaurado a partir da Sindicância Investigativa conduzida anteriormente pela Casa Civil da Presidência da República. Entre as irregularidades cometidas, a Comissão Processante da CGU listou o recebimento de vantagens indevidas, oferecidas por Paulo Rodrigues Vieira, que foi diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), e Rubens Rodrigues Vieira como diretor da Anac; além de falsificação de documentos e tráfico de influência.

Campos: brasileiro quer nação mais justa e humana

Campos: brasileiro quer nação mais justa e humana


'Milhões de brasileiros sonham, há muito tempo, em ver o Brasil voltar a crescer', disse o governador em sua conta no Facebook

 
RICARDO DELLA COLETTA - Agência Estado
 
 
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), publicou nesta terça-feira, 31, uma mensagem de fim de ano em sua conta na rede social Facebook na qual diz que "milhões de brasileiros sonham, há muito tempo, em ver o Brasil voltar a crescer e se tornar uma nação mais justa e humana".
 


"E eu tenho certeza de que, em 2014, estes brasileiros darão o primeiro passo para ver este sonho se tornar realidade", acrescentou o governador, que articula sua candidatura ao Planalto no ano que vem e que, em 2013, coordenou o desembarque dos pessebistas do bloco de apoio do governo Dilma Rouseff.


"Eu e vocês vamos ganhar 2014 da mesma forma que vencemos 2013: com muito trabalho, ânimo e fé no futuro. E mantendo nossa cabeça erguida, acima das dificuldades pelas quais o Brasil está passando. Sem tentar tapar o sol com a peneira, sem fingir que problemas não existem", afirmou o governador, que não citou a presidente Dilma em seu texto.


Embora tampouco tenha feito menção à aliança costurada com a ex-ministra Marina Silva, o governador pernambucano já disse que o PSB e a Rede "ganharam 2013" para se referir ao acordo PSB-Rede, firmado em outubro. "Foi o início da construção de um novo projeto de País. Este foi o ano que o Brasil do futuro começou, finalmente, a tomar forma", escreveu há pouco o pessebista.


Pouco antes de a mensagem ser publicada, o perfil de Campos exibiu um texto que classificava a aliança Campos-Marina como "um momento histórico para a política brasileira". "A aliança de Eduardo Campos com Marina Silva representa a vontade popular de fazer uma nova política", afirmava a mensagem, que foi apagada minutos depois e substituída.


Em outubro, após a Justiça barrar a criação da sigla que Marina Silva tentava criar, Campos selou um acordo com a ex-ministra e albergou no PSB militantes da Rede Sustentabilidade. "Dois mil e treze foi um ano muito importante. Juntos, eu e vocês vamos fazer com que 2014 seja um ano histórico", concluiu o governador.

Bolsas de EUA e Europa têm maior alta em mais de 5 anos em 2013

Bolsas de EUA e Europa têm maior alta em mais de 5 anos em 2013

 
 
 
Em Wall Street, índice Dow Jones caminha para melhor desempenho anual desde 1995. Na Europa, Bolsas tiveram maior ganho desde 2009 com recuperação das economias de países desenvolvidos
Bruno Villas Bôas - O Globo
 

Operadores usam óculos celebrando 2014 no piso do pregão da Bolsa de Nova York
Foto: Seth Wenig/AP
Operadores usam óculos celebrando 2014 no piso do pregão da Bolsa de Nova YorkSeth Wenig/AP

Com a recuperação econômica mais consistente nos Estados Unidos e na Europa, cinco anos após a crise financeira internacional, as Bolsa de Valores da maioria dos países desenvolvidos caminham nesta terça-feira para fechar 2013 com a maior valorização nos últimos anos. Em Wall Street, o Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, sobe 0,26% nesta terça-feira e acumula um ganho de 26,27% no ano, o melhor desempenho anual do mercado desde 1995 (33,45%).

Também nos EUA, o índice Nasdaq, referência para o setor de tecnologia, tem valorização de 0,34% e sobe 37,58% no ano, a maior alta desde 2009 (43,89%).O S&P 500, das 500 maiores empresas americanas, avança 0,29% nesta terça-feira e acumula ganho de 29,46% em 2013. Somente no mercado americano, as Bolsas ganharam US$ 5 trilhões em valor de mercado em 2013, para US$ 22,2 trilhões, segundo dados da Bloomberg.

O otimismo dos investidores com o mercado americano ocorre num ano de surpreendente recuperação econômica no país. O Produto Interno Bruto (PIB) americano cresceu 4,1% no terceiro trimestre deste ano, pela taxa anualizada. O consumo, motor da economia dos EUA, subiu 2% no terceiro trimestre, mais que a taxa de 1,4% que era prevista pelo mercado.

Segundo Alexandre Espírito Santo, economista da Simplific Pavarini, o início da retirada de estímulos monetários pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) a partir de janeiro, de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões mensais, seria mais um dos indicativos da recuperação da economia dos Estados Unidos.

- Os investidores estavam pessimistas com o desempenho das economias de países desenvolvidos nos últimos anos. Mas, com as economias voltando à normalidade, como nos EUA, os investidores viram preços convidativos de ações nesses países desenvolvidos e tiraram recursos de emergentes, inclusive do Brasil, da Rússia e outros que desapontaram - explica Santo.

O mercado europeu de ações também tiveram assum um ano de ganhos consistentes. O FTSE 100, da Bolsa de Londres, avançou 0,26% nesta terça-feira e acumulou no ano uma valorização de 14,43%, a maior desde 2009 (22,07%). O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, valorizou-se 0,47% e encerrou 2013 com ganhos de 17,99%, também os maiores desde 2009 (22 ,32%). Frankfurt não teve pregão nesta terça-feira. Ontem, o DAX, principal índice de ações da Alemanha, fechara em alta de 25,48% no ano.

No segunda-feira passada, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, encerrou o ano em alta de 56,72%, a maior valorização anual desde 1972. Nesta terça-feira, mais cedo, A Bolsa de Sydney teve queda de 0,09%, mas os ganhos no ano superam os 15%, melhor resultado dos últimos quatro anos. Já em Taiwan, a Bolsa recuou 0,14% na terça-feira, mas acumulou alta de 12% em 2013, a maior desde 2009.

O mercado brasileiro teve seu último pregão do ano na última segunda-feira, dia 30. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), acumulou queda de 15,50% no ano, o pior desempenho desde 2011 e na lanterinha dos mercados globais. O Ibovespa teve o segundo pior desempenho do mundo, entre 94 principais índice de ações, atrás apenas da inexpressiva Bolsa peruana, que recuou 24% em 2013.

Passageiros sofrem com calor no aeroporto do Galeão, no Rio

Passageiros sofrem com calor no aeroporto do Galeão, no Rio


Flávia Villela
Da Agência Brasil
 

O ar-condicionado do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na zona norte do Rio de Janeiro, continuava sem dar vazão à demanda de passageiros na manhã desta terça-feira (31). O problema com a refrigeração começou ontem, com o aumento da temperatura na cidade. Em alguns pontos, o calor chegou a 40 graus Celsius (ºC).

 
 

Transtornos nos aeroportos do Brasil

 
 
7.dez.2013 - Movimentação intensa de passageiros devido a atrasos e cancelamento de voos no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O mau tempo e as chuvas que atingiram, na última quinta-feira (5), as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo causaram atrasos nos voos prejudicando usuários nos aeroportos brasileiros neste sábado (7) Leia mais Renato S. Cerqueira/Futura Press
 
A goiana Ludmila Castro, que esperava uma conexão para Natal na praça de alimentação do Terminal 1, ficou desapontada com o serviço do aeroporto. "Está muito abafado. É um absurdo, pois dava tudo por este aeroporto, mas me enganei completamente", disse.

De acordo com a Infraero, o ar-condicionado não estava funcionando no setor devido a obras no forro do teto e de expansão do Terminal 2. No entanto, ainda segundo a Infraero, o ar-condicionado estava funcionando normalmente no saguão de embarque e desembarque, sem causar transtornos aos passageiros.

Funcionária de uma das lanchonetes do aeroporto, Maria de Lima disse que o calor para quem trabalha na cozinha dos estabelecimentos alimentícios é insuportável. "E esta situação deve continuar enquanto durar o calor e esta obra", disse ela, referindo-se à reforma e modernização do aeroporto prevista para terminar no ano que vem.


Os melhores e piores aeroportos do mundo para dormir 

 
 
Dormir em aeroportos não é só uma opção para quem busca economizar na viagem antes de embarcar num voo. Muitas vezes, torna-se uma necessidade. Mau tempo, erupções vulcânicas, greve, cancelamentos inesperados... são muitos os motivos que podem levar passageiros presos no solo a procurar um espaço em um banco de aeroporto (ou embaixo dele) para descansar.
 
 
A Sleepinginairports.net, uma comunidade na internet que há 16 anos permite a troca de dicas e experiências entre quem já ficou acampado em terminais de embarque e desembarque, divulgou as listas dos melhores e piores aeroportos para se dormir em 2013. Foram avaliados por 14,6 mil passageiros pontos como conforto, limpeza, serviços e conveniência. Nenhum brasileiro entrou nos rankings mundiais. Mas o Aeroporto Internacional do Rio Antônio Carlos Jobim (na foto), ganhou um destaque: o Galeão foi considerado o segundo pior da América do Sul, atrás apenas do aeroporto de Caracas Arte/UOL

Os passageiros que desembarcavam estavam mais interessados em aproveitar o calor do lado de fora do aeroporto. "Quero sair daqui e ir direto para a praia", contou a mineira Sueli Souza, que veio ao Rio pela primeira vez. "É um sonho realizado", completou ela.

Raquelânia Cardoso e o marido norueguês, Ivan Skjeggestad, vieram do Rio Grande do Norte para passar a lua de mel no Rio. "É nossa primeira vez aqui. Não tínhamos como não passar o réveillon em Copacabana", disse ela.

A cuiabana Oscalina Godoy de França que vem ao Rio de dois em dois anos disse ter perdido a conta do número de vezes que já passou o Réveillon na cidade. "Quando vim a primeira vez nem existia a Ponte Rio-Niteroi. Se pudesse viria todos os anos", declarou a dona de casa.

Já o pedreiro Pedro Cordeiro da Silva não via a hora de sair do Rio e partir para Recife onde pretende passar as férias com a família. Ele, a esposa Cristiane e as três filhas chegaram horas antes do embarque. "Chegamos adiantados, agora é torcer para o voo não atrasar", observou.



Conheça dez dos aeroportos mais impressionantes do mundo

 
 
Marrakech Menara Airport (Marrocos) - Com cara de palácio marroquino do século 21, o aeroporto de Marrakech é uma grandiosa obra de arte, todo composto em formatos geométricos em forma de diamante. À noite, luzes dão um novo colorido à face frontal do edifício, enquanto na parte interna um lounge evoca o luxo do século 19 marroquino, com tapetes, lustres e uma cúpula de metal forjado Leia mais Divulgação

Inflação na Venezuela alcança 56% no ano e Maduro culpa especulação

Inflação na Venezuela alcança 56% no ano e Maduro culpa especulação.  Presidente alega que, sem 'economia parasitária', variação percentual dos preços seria de um dígito

 
 
EL PAÍS
 
 
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, na reunião com prefeitos e governadores que não integram o comando chavista no Palácio Miraflores Foto: LEO RAMIREZ / AFP
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, na reunião com prefeitos e governadores que não integram o comando chavista no Palácio MirafloresLEO RAMIREZ / AFP

CARACAS - O Banco Central da Venezuela (BCV) revelou nesta segunda-feira, após quase um mês de silêncio, a taxa de inflação registrada em novembro – que era mantida até agora como segredo de Estado – e a cifra anual para 2013. De acordo a suas medições, os preços aumentaram 56,2% no país desde janeiro (sendo 4,8% só em novembro, e 2,2% em dezembro).

Estes dados supõem a taxa de inflação mais alta do Hemisfério Ocidental e a maior registrada na Venezuela desde 1996. Ao mesmo tempo, pode ser interpretada com um fracasso da gestão econômica do governo revolucionário, uma percepção que o presidente Nicolás Maduro se apressou em refutar diante da imprensa internacional:

- Essa é a cifra correspondente à economia parasitária, especulativa. Se não fosse pela especulação, que só em novembro começamos a combater, teríamos uma inflação de um só dígito.
Maduro se referia à sua denominada “ofensiva econômica”, pela qual, desde o último dia 6 de novembro, seu Governo ocupa centenas de lojas – sobretudo de eletrodomésticos e roupas – e confisca suas mercadorias para vendê-las com enormes descontos, até esgotar os estoques.

No calor dessas ocupações, que o presidente preferiu chamar de “inspeções”, Maduro exigiu às autoridades do BCV que seu registro da taxa de inflação ecoasse as reduções de preços conseguidas pelo Governo e, em geral, que se adotasse um método de composição do índice de preços ao consumidor que discriminasse entre a inflação “real, que obedece às leis da economia”, e a inflação “induzida”, resultado de uma suposta conspiração contra o regime, mais do que da cobiça capitalista, segundo as palavras de Maduro.

Por isso, o BC venezuelano não se resignou nesta quinta-feira a anunciar os números alarmantes, preferindo acrescentar alguns detalhes metodológicos na tentativa de amortecer seu impacto.

O relatório, no qual o banco ratifica sua disposição para “a construção do socialismo como protagonista da nova ordem econômica nacional”, afirma que, se não fosse pela intervenção governamental, a inflação do mês de novembro teria alcançado 6%, uma cifra maior que os 4,8% registrados, e ainda mais distante dos 2,2% que caracterizam esse mês, segundo as séries históricas mantidas pelo BCV.

Embora o banco tenha se atrasado quase 30 dias para informar a inflação de novembro, o relatório já se permitia antecipar o dado para dezembro: 2,2%, uma desaceleração que o BC atribui à luta do Governo contra a especulação.

O texto adverte, no entanto que a intervenção estatal se concentrou até agora em setores comerciais que pesam pouco na ponderação do índice de preços. Por outro lado, disse o órgão, o cesta de alimentos, na qual houve um aumento de preços de 7,5% no mês de novembro, tem um impacto mais significativo.

Isso não passou despercebido para Maduro. Durante sua entrevista coletiva, na qual aceitou cinco perguntas e à qual quis conferir um caráter de saudação de final de ano para os meios de comunicação que cobrem o palácio presidencial de Miraflores, ele anunciou que em janeiro retomará a ofensiva “com tudo”.

Antecipando a atenção especial que dedicará à distribuição de alimentos, o sucessor de Hugo Chávez citou o caso, denunciado na sua própria conta do Twitter, de um estabelecimento de comida típica – as populares areperas – que estava comprando insumos subsidiados pelo Governo para vendê-los diretamente a compradores de baixo poder aquisitivo.

- Nossa luta contra a corrupção e a especulação é todos os dias - concluiu

NY tem o seu ano menos violento em meio século

NY tem o seu ano menos violento em meio século. Por que?


Guga Chacra - Estadão


Ocorreram apenas 332 assassinatos em 2013 (até o dia 26) em Nova York, a menor taxa em 50 anos, desde quando os dados começaram a ser contabilizados. O recorde anterior era do ano passado, com 419. Note que a melhora foi alcançada mesmo depois da redução no Stop and Frisk (Pare e Reviste) em meados deste ano depois de a administração de Michael Bloomberg sofrer duras críticas.


Nos anos 1970 e 80, Nova York tinha patamares de violência similares a São Paulo e Rio de Janeiro. Ainda hoje, algumas cidades americanas, como Detroit e Baltimore, seguem com criminalidade elevada. O que deveríamos aprender com Nova York ou o que fazemos de errado?

STF mantém corte de supersalários do Senado

Ministro do STF mantém corte de supersalários do Senado

 

José Antonio Dias Toffoli rejeitou pedido de servidores do Senado que recebiam acima do limite constitucional de 28.000 reais mensais

 
Gabriel Castro - Veja
 
 
O ministro do STF, José Dias Toffoli
O ministro do STF, José Dias Toffoli (Fellipe Sampaio/SCO/STF)


O ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira um pedido de liminar de servidores do Legislativo e manteve o corte nos supersalários de funcionários do Senado Federal.

Toffoli indeferiu um pedido feito pelo Sindilegis, que representa os funcionários do Legislativo federal. A entidade questionava uma decisão do Tribunal de Contas da União que, além de determinar o corte nos vencimentos que ultrapassavam o teto constitucional – 28.000 reais –, ordenou a devolução do dinheiro recebido indevidamente. O sindicato afirma que horas extras e gratificações pelo exercício de cargos de chefia estão fora do limite constitucional.

Sem se aprofundar no mérito da discussão sobre os supersalários, o ministro Dias Toffoli afirmou que a concessão da liminar poderia prejudicar os cofres públicos. "É necessário aguardar o trâmite natural da ação para o exame das teses jurídicas ali debatidas", afirmou.

A auditoria do TCU que motivou o fim dos pagamentos irregulares identificou 464 servidores do Senado que recebiam acima do teto constitucional. A estimativa é que, mantido o corte, ocorra uma economia de 3,3 bilhões de reais em cinco anos.

Cabral põe tesoureiro do PMDB para fiscalizar grandes empresas no Rio

Cabral põe tesoureiro do PMDB para fiscalizar grandes empresas no Rio

Como conselheiro de agência reguladora de transportes, Arthur Vieira Bastos vai vigiar grupos que doaram R$ 8,9 milhões para o partido em 2006 e 2010

 
 
Daniel Haidar - Veja
 
 
 
Dilma Rousseff e Sérgio Cabral em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio
Dilma Rousseff e Sérgio Cabral em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio (Fabiano Rocha/Agência O Globo)

A ampla maioria que o governador Sérgio Cabral (PMDB) mantém na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) proporcionou um fim de ano daqueles para o Palácio Guanabara. Depois de garantir mais um aumento de salário para Cabral, aprovar a criação do auxílio-moradia para juízes e aumentar esse benefício para os promotores de Justiça, os deputados do Rio ajudaram o governador a colocar um homem de confiança para fiscalizar a atuação de grandes doadores de campanha para o partido.

Arthur Vieira Bastos, atual chefe de gabinete do secretário estadual da Casa Civil Régis Fichtner e primeiro-tesoureiro do PMDB no Rio, foi nomeado na última sexta-feira conselheiro da Agetransp, a agência reguladora que fiscaliza metrô, trem e barcas no estado do Rio. Diante da missão de vigiar e, eventualmente, punir as concessionárias pelos reincidentes transtornos causados aos passageiros, ele estreita sua relação com empresários que abasteceram os cofres do diretório fluminense do PMDB e das últimas campanhas de Cabral ao Palácio Guanabara, em 2006 e 2010.

Leia também:
Aumento para Cabral, auxílio-moradia para juízes: o feliz Natal das autoridades do Rio

Só a Carioca Engenharia, sócia do consórcio RioBarra, que atua na construção da Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, doou 2.580.000 reais para o PMDB e campanhas de Cabral em 2006 e 2010. Foram doados 1.880.000 reais somente na última eleição para governador. Odebrecht, acionista da Linha 4 e controladora da Supervia, deu 200.000 reais em 2010, enquanto a Queiroz Galvão entregou 1.900.100 de reais. A construtora OAS, dona de 24% da Invepar (operadora do metrô do Rio), doou 1.400.000 reais em 2010 e 800.000 reais em 2006. A Camargo Correa, que tem 17% da CCR (operadora das Barcas), doou 2.000.000 de reais em 2010.

A nomeação fere a lei. Pela legislação, Vieira Bastos não só deveria estar fora do cargo de tesoureiro como precisaria estar sem atividade partidária para assumir a função de conselheiro da Agetransp, sob risco de perder o mandato. Mas isso sequer foi citado na sabatina pelos deputados estaduais. Até esta segunda-feira ele constava como filiado ao PMDB no site do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.

Também está filiado ao diretório fluminense do PDT o ex-deputado Carlos Correia, que é secretário-geral do partido no estado do Rio de Janeiro. Ele também foi nomeado por Cabral como um dos conselheiros da Agetransp.

“Fui o único que votou contra a indicação de todos eles infelizmente. Não esperava que cometessem um erro tão primário, de não se desfiliar. Vou atrás disso”, disse o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), de oposição a Cabral.

Comparado ao histórico da Agetransp, Freixo não se surpreendeu com as nomeações: “É uma agencia regulada pelo governo para não arrumar problema com os sócios na área de transportes. Quando Agetransp multa, não é cobrada e não é paga”.

As indicações de Cabral para a Agetransp chocaram não só pela falta de experiência no setor de quatro nomeados, mas também por ter colocado Cesar Mastrangelo, ex-vice-presidente do metrô no Rio, para fiscalizar a antiga empregadora. Completam o time de fiscais a ex-deputada do PMDB Cida Gama, que é mulher do ex-conselheiro João Carlos Loureiro, e a ex-chefe-de-gabinete do deputado Paulo Melo (PMDB) Lucineide Cabral Marchi.

Prefeito de NY deixa cargo após ter gasto R$ 1,5 bilhão do bolso

Prefeito de NY deixa cargo após ter gasto R$ 1,5 bilhão do bolso


ISABEL FLECK - UOL
DE NOVA YORK
 
O bilionário Michael Bloomberg deixará amanhã a Prefeitura de Nova York, após 12 anos de mandato, tendo gasto US$ 650 milhões (R$ 1,52 bilhão) do próprio bolso no período.

O valor, divulgado pelo "New York Times", foi usado pelo prefeito na promoção de suas políticas e em programas sociais e de assistência.

Uma outra grande parcela, no entanto, serviu para pagar bônus generosos a assessores e garantir que não só ele, mas sua equipe, sempre se hospedasse em bons hotéis e viajasse –mesmo para fora do país– em aviões particulares. Só em deslocamentos, ele gastou US$ 6 milhões.

Para as despesas de uma única viagem à China com assessores, Bloomberg tirou do próprio bolso US$ 500 mil.

Quando em Nova York, os funcionários também recebiam um agrado patrocinado pelo chefe: um café da manhã na prefeitura (com café, bagels e iogurte) e um almoço (com salada de atum, sanduíche de pasta de amendoim com geleia e salada de frutas). Valor total das refeições? Cerca de US$ 890 mil.

Os milhões do empresário ainda foram usados para atender a "caprichos", como a instalação e manutenção de dois aquários gigantes de peixes tropicais na prefeitura. O custo para manter os tanques limpos toda semana por 12 anos ultrapassou US$ 62 mil.

E Bloomberg não pode sequer ser criticado por usar em suas extravagâncias o salário de prefeito. Assim que assumiu o mandato, ele recusou receber os US$ 18.750 (cerca de R$ 44 mil) mensais do cargo –aceitando apenas US$ 1 dólar por ano.

Entretanto, não só com "extravagâncias" Bloomberg gastou seu dinheiro nos últimos 12 anos. Outros US$ 263 milhões foram doados a grupos culturais, organizações civis e artistas.

A "filantropia" do bilionário fez com que ele fosse apelidado pelo democrata Mark Green –que perdeu para ele a disputa pela prefeitura em 2001– de "Medici moderno", em referência à família italiana de mecenas do século 15.

Com US$ 5 milhões de sua conta, também foi renovada a residência oficial do prefeito, a Gracie Mansion, na qual ele escolheu não viver.

Quem irá usufruir da reforma é Bill De Blasio, seu sucessor.

Petrobras perdeu 40 bilhões de reais em valor de mercado em 2013

Petrobras perdeu 40 bilhões de reais em valor de mercado em 2013

 

Empresa recuou de R$ 254,8 bilhões de reais ao final de 2012 para R$ 214,6 bilhões, a maior perda do ano na Bovespa

 
Claudia Tozetto - Veja
 
 
 
Petrobras é a empresa listada na BM&FBovespa com maior queda no valor de mercado em 2013
Petrobras é a empresa listada na BM&FBovespa com maior queda no valor de mercado em 2013 (Ricardo Moraes/Reuters)

A Petrobras foi a empresa listada na BM&FBovespa que apresentou a maior queda em valor de mercado em 2013. Pressionada pela defasagem do preço da gasolina, a companhia teve uma perda superior a 40 bilhões de reais ao longo do ano, caindo de 254,8 bilhões de reais ao final de 2012 para 214,6 bilhões de reais. Os dados constam de levantamento feito pela consultoria Economatica.

Leia também:

Bovespa fecha 2013 com queda de 15,5%

Ações japonesas atingem máxima em seis anos e fecham ano em alta

A Vale aparece em segundo lugar no ranking das maiores perdas em valor de mercado. A mineradora fechou o ano valendo 178,1 bilhões de reais, contra 215,1 bilhões de reais ao final de 2012, valor 36,9 bilhões menor – queda de 17,1%. Em terceiro lugar, a petroleira OGX, de Eike Batista, que entrou com pedido de recuperação judicial e mudou de nome para Óleo e Gás, encolheu 13,3 bilhões. A empresa valia 14,1 bilhões de reais no final de 2012 e fechou o ano de 2013 com valor de 777 milhões de reais. (confira abaixo o ranking completo).

De acordo com a consultoria, o valor total de mercado das empresas brasileiras recuou cerca de 216 bilhões de dólares em 2013, perda acentuada pela alta do dólar ante o real. Com isso, o valor de mercado das companhias fechou o ano abaixo de 1 trilhão de dólares, patamar que se mantinha constante desde 2009.

Bovespa – O mau desempenho de empresas de peso reflete no comportamento do Ibovespa ao longo do ano. O principal índice da BM&FBovespa encerrou 2013 com queda acumulada de 15,5%, ante alta de 7,4% em 2012. Foi o pior resultado entre os principais índices globais, de acordo com dados da Reuters. O índice norte-americano Dow Jones caminha para ganho anual de cerca de 26%, e o europeu FTSE 300, para valorização de cerca de 16%.

Cielo tem maior alta – A operadora de cartões de crédito Cielo, por outro lado, tem motivos para comemorar. A empresa foi beneficiada pelo aumento no número de operações com cartão de débito e crédito, o que permitiu que ela tivesse o maior crescimento em valor de mercado em 2013: passou de 31,7 bilhões de reais para 51,5 bilhões de reais, aumento de 14,2 bilhões de reais, o que representa alta de 38,2% no período.

A operadora Tim ficou em segundo lugar. No fechamento de 2012, a empresa era avaliada em 19,1 bilhões de reais e agora tem valor de mercado de 29,8 bilhões de reais, crescimento de 9,9 bilhões de reais – valorização de 50,3% de seu valor de mercado. O frigorífico JBS, que tinha valor de mercado de 17 bilhões de reais no final de 2013, segundo a Economatica, agora é avaliado em 25,1 bilhões de reais, alta de pouco mais de 8 bilhões ao longo deste ano (confira abaixo o ranking completo).


Maiores quedas de 2013 em valor de mercado

Valor de Mercado, em milhões de reais
Empresa31/12/201212/2013Variação
Petrobras254.852214.688-40.164
Vale215.110178.163-36.947
OGX Petroleo14.174777-13.397
Oi14.0775.898-8.179
Natura25.17417.749-7.425
Telef Brasil53.00048.514-4.486
Eneva6.4472.108-4.340
Embratel Part13.3119.425-3.886
Lojas Americ17.14414.154-2.989
CCR SA34.34131.374-2.966

Fonte Economatica

Maiores crescimentos de 2013 em valor de mercado

Valor de Mercado, em milhões de reais
Empresa12/201212/2013Variação
Cielo37.29251.57414.282
Tim Part S/A19.81829.8009.982
JBS17.07725.1488.072
Ambev S/A264.302271.2766.975
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Fonte Economatica

Receita extra, mesma conversa

Receita extra, mesma conversa



O Estado de São Paulo



Com a arrecadação especial de R$ 35,4 bilhões no mês, o governo central converteu em superávit um déficit primário de R$ 6,5 bilhões em novembro. As autoridades podem até festejar o resultado, mas apresentá-lo como sinal de boa gestão financeira e de melhora das contas públicas é mais uma embromação. O balanço federal permanece ruim, como tem estado há muito tempo. A presidente Dilma Rousseff e sua equipe continuam devendo um esforço muito mais sério para melhorar sua imagem e reduzir o risco de rebaixamento da nota de crédito do País.



A aritmética é simples. O governo central arrecadou em novembro R$ 126,4 bilhões. Descontadas as transferências a Estados e municípios, sobrou uma receita líquida de R$ 108,1 bilhões. Subtraídos os R$ 35,4 bilhões de receitas excepcionais, restariam R$ 72,7 bilhões. Depois das despesas de R$ 79,2 bilhões, o saldo seria um déficit de R$ 6,5 bilhões. Sem superávit primário, faltaria dinheiro para a liquidação de parte dos juros da dívida pública. Esse pagamento tem sido a destinação normal do saldo primário.


As autoridades poderiam recorrer a dois argumentos para defender sua interpretação otimista dos números. Em primeiro lugar, aqueles R$ 35 bilhões de fato foram recebidos e é legítimo incluí-los no resultado primário. De fato, entraram e foram usados, mas é um erro grave e perigoso incluí-los na avaliação de resultados e perspectivas das contas públicas.


Essa receita especial foi formada por dois componentes. O novo Refis, programa de parcelamento de dívidas tributárias em atraso, proporcionou R$ 204 bilhões. Novas parcelas, menores, deverão entrar nos próximos meses, se os beneficiários do refinanciamento continuarem pagando. Em outros programas desse tipo, a maior parte dos beneficiários deixou de pagar em pouco tempo.


O outro componente, de R$ 15 bilhões, foi o bônus do leilão do Campo de Libra, no pré-sal. Não se espera novo leilão do mesmo campo. Outras licitações poderão render algum dinheiro, mas serão sempre receitas excepcionais, sem vínculo com a gestão normal das contas públicas.


Mas seria legítimo, poderia alegar algum representante do governo, incluir na "normalidade fiscal" pelo menos a arrecadação proporcionada pelo Refis. Afinal, esse dinheiro é parte dos créditos tributários do Tesouro. Seria esse o segundo argumento a favor de uma avaliação melhor da gestão fiscal.


Se esses R$ 20,4 bilhões fossem incluídos no conceito de normalidade, haveria um superávit "real" de R$ 13,9 bilhões, pouco inferior a 50% daquele inscrito na contabilidade oficial. Não há, no entanto, como invalidar as dúvidas sobre a evolução do Refis - justificadíssimas pela experiência dos programas desse tipo, sempre bem recebidos pelos devedores do Tesouro e sempre com resultados abaixo de medíocres.

 De fato, um dos efeitos mais notáveis dos vários Refis tem sido o estímulo à sonegação. Se é quase certo um novo refinanciamento das dívidas fiscais, atrasar o recolhimento de impostos e contribuições pode ser um negócio tão bom quanto seguro.


Mesmo com o dinheiro extra, o governo central só continua comprometido com "sua parte" (R$ 73 bilhões) do superávit primário. A meta geral foi reduzida mais de uma vez em 2013. Além disso, o governo federal conseguiu desobrigar-se de compensar o mau desempenho de Estados, municípios e estatais. Poderá até fazê-lo em parte, mas sem obrigação.


Com os números federais turbinados, o resultado geral do setor público foi um superávit primário de R$ 29,7 bilhões, o maior para o mês na série iniciada em 2001, segundo o Banco Central. O acumulado no ano ficou em R$ 80,9 bilhões, abaixo do contabilizado em igual período de 2012 (R$ 82,7 bilhões). O realizado em 12 meses totalizou R$ 103,2 bilhões, 2,17% do Produto Interno Bruto. Nos 12 meses até outubro a relação havia ficado em 1,44%.


O pulo de um mês para outro mostra o poder quase milagroso de uma arrecadação excepcional. Não muda, no entanto, a avaliação da política: continuou a gastança e os incentivos fiscais ao crescimento fracassaram e quase só resultaram em perdas para o Tesouro.

Novo atentado eleva pressão sobre Putin

Novo atentado eleva pressão sobre Putin. Homem-bomba se explode em ônibus em Volgogrado, matando 14; cidade russa já havia sido alvo no dia anterior.  Ataques são atribuídos a rebeldes tchetchenos e acontecem a seis semanas do início de Olimpíada de Inverno
 

LEANDRO COLON DE LONDRES - Folha de São Paulo


Três atentados desde sexta-feira --sendo dois na mesma cidade-- e um saldo de 34 mortos. A Rússia vive o pânico de ataques terroristas a seis semanas de receber os Jogos Olímpicos de Inverno.
Ontem pela manhã, às 8h23 (2h23, horário de Brasília), a explosão de um homem-bomba em um ônibus elétrico de Volgogrado, sudoeste russo, matou 14 pessoas e deixou 28 feridos.

Anteontem, 17 haviam morrido depois que um terrorista (provavelmente uma mulher) detonou explosivos na principal estação de trem da cidade, que fica a 690 km de Sochi, sede do evento esportivo internacional em fevereiro. Na sexta, uma ação em Pyatigorsk já tinha tirado a vida de três pessoas.

As suspeitas recaem sobre militantes da Tchetchênia, república separatista infiltrada por fundamentalistas islâmicos que veem nos jogos uma oportunidade para atingir os inimigos no governo russo.

A reação externa foi imediata ontem, inclusive com sinais de cobrança ao governo de Vladimir Putin.
O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, afirmou estar "confiante" que "as autoridades russas vão entregar os jogos com segurança".

Os EUA se convidaram para ajudar na proteção aos jogos, dizendo que "aceitariam cooperar mais de perto" --sugestão que soa como ironia, já que a Rússia dificilmente aceitaria discuti-la.

O presidente do Comitê Olímpico Russo, Alexander Zhukov, se antecipou e disse não ver motivos para aumentar a segurança do evento: "Todas as medidas necessárias já foram tomadas, não há nada mais a fazer em Sochi".

Putin sabe que os jogos são uma vitrine para a Rússia --e seu governo-- no exterior. Por isso, anistiou recentemente 20 mil prisioneiros.

Entretanto, os ataques terroristas têm demonstrado que nem tudo pode ser controlado, até porque os atentados indicam vulnerabilidade do sistema de transporte.

Diante dos ataques, o governo de Putin anunciou medidas de segurança nos principais aeroportos e estações de trem do país, além do nível elevado de alerta antiterrorista na região de Volgogrado para os próximos 15 dias.

As autoridades já identificaram indícios de ligações entre os atentados ocorridos na cidade. Segundo o porta-voz do Comitê de Investigação, Vladimir Markin, além de ambos atingirem o serviço de transporte, foram encontradas características parecidas entre os explosivos usados.

"Isso confirma a versão dos investigadores de que os dois ataques estão ligados. Eles podem ter sido preparados em um só lugar", disse.

Em declaração oficial, o Ministério das Relações Exteriores russo comparou os atentados aos ataques ocorridos contra a maratona de Boston, em abril. "Não vamos recuar e continuaremos nossa luta consistente contra um inimigo insidioso que só pode ser derrotado com a união", diz a nota.

Final de Ano na Big Apple

Final de Ano na Big Apple – Part III (Ceia de Natal – Reveillon)



RESTAURANTES COM MENU DE NATAL
(reserva is a must – usem o site Opentable)
Ai Fiori - 400 5th Avenue
The Garden at the Four Seasons – 57 E. 57th St.
Pulinos- 282 Bowery –
Tocqueville – 1 East 15th Street


REVEILLON

A grande festa de NY acontece em plena Times Square quando mais de 1 milhão comemoram a entrada do ano com a contagem regressiva via descida da famosa esfera coberta de luzes. Para quem não quer enfrentar a multidão e o frio, clubs, bares e lounges oferecem festas pagas, a maioria com direito a brinde à meia-noite. Entrem nos respectivos sites para mais informações e tickets. Algumas opções:


1 OAK – 453 West 17th Street

Dream Downtown – 355 West 16th Street

Affairs Afloat – Passeio de barco ao longo do Hudson. Pier 40

Asellina at The Gansevoort Park Hotel – 420 Park Avenue South, New York NY 10016

Capitale – 130 Bowery

Cipriani 42nd St. – 110 E 42nd Street

Empire Hotel (Rooftop) – 44 West 63rd Street

Guastavino’s – 409 East 59th Street

Mister H @ The Mondrian Hotel – 150 Lafayette Street

TAO – 42 E 58th Street


E por fim, uma parada para um hot chocolate tem que entrar no roteiro …

HOT CHOCOLATE

City Bakery - Um lugar verdadeiramente “New Yorker” famoso por sua atmosfera casual e charmosa. Os marshmallows gigantes no chocolate quente sao must nos dias de frio.
3 West 18th St
(entre 5th e 6th Ave)
(212) 366-1414


Jacques Torres – Para os fãs do chocolate quente, este é considerado por muitos o melhor dos melhores. Super cremoso. Vale a pena experimentar.
285 Amsterdam Ave
(entre 73th e 74th St)


La Maison du Chocolate – Mais de 30 anos na arte de fazer chocolates com combinações exóticas, sofisticadas e não menos deliciosas. Além de bomboms, tortas, bolos e macarons.
1018 Madison Avenue & 78th St
(212) 744-7117


Max Brenner – Para os amantes do chocolate, essa parada é obrigatória. Sobremesas, sorvetes e chocolates de todos os tipos tamanhos e gostos. Também servem sanduíches e saladas.
841 Broadway
(entre 13th e 14th St)
(212) 388-0030

Bolsa brasileira perde US$ 220 bi em 2013, mais do que o valor de Petrobras e Vale somadas

Bolsa brasileira perde US$ 220 bi em 2013, mais do que o valor de Petrobras e Vale somadas

 
 
Bovespa cai 15,5% no ano, segundo pior resultado no mundo
Bruno Villas Bôas e João Sorima Neto - O Globo
 
 
No ano marcado pela expectativa em torno da retirada de estímulos monetários nos EUA e por uma mudança para pior na avaliação dos investidores sobre o Brasil — com o baixo crescimento da economia, inflação elevada e quadro fiscal em deterioração — a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve o segundo pior desempenho do mundo, numa lista de 94 índices de ações, atrás apenas da Bolsa do Peru (-24%), mercado considerado inexpressivo e concentrado em mineradoras.
 
Ontem, no último pregão do ano, o Ibovespa, principal índice de ações do país, fechou em alta de 0,47%, aos 51.507 pontos. Em dezembro, no entanto, o índice recuou 1,86% — o pior resultado para o mês desde 1998.

 No ano, o tombo chega a 15,5%, o pior desempenho desde 2011. Num momento em que as Bolsas batem recorde no exterior, a Bovespa teve a maior perda de valor de mercado no mundo: cerca de US$ 220 bilhões (mais do que Vale e Petrobras somadas), segundo dados da Bloomberg. O valor de mercado da Bolsa hoje é de US$ 974 bilhões.

Para William Landers, gestor de portfólio para América Latina da Blackrock, uma das maiores gestoras de recursos do mundo, o mau resultado do Ibovespa reflete o lento crescimento da economia brasileira, em contraste à recuperação de economias desenvolvidas, como a dos EUA e a de países europeus. Ele também culpa o atraso em leilões de infraestrutura e as mudanças de regras em setores da economia.

O Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, acumula alta de 25% em 2013, num ano marcado de sucessivos recordes no mercado americano. O Nasdaq, tido como termômetro das empresas de tecnologia dos EUA, sobe 37%. Na Europa, a Bolsa de Londres ganha 14% e a de Paris, 17%. Na Ásia, a Bolsa de Tóquio teve valorização de 56,72% em 2013, a maior desde 1972.

— Muito do dinheiro que estava em ações no Brasil voltou assim para os EUA e a Europa. E isso explica uma parte da forte valorização das Bolsas lá fora e a queda no Brasil — disse Landers, que não acredita numa mudança de cenário no próximo ano. — O mercado não espera nenhum milagre no Brasil em 2014. Na área fiscal, um dos pontos sensíveis, não vemos mudança em um ano de eleições presidenciais e Copa. É preciso focar em 2015.


Fundo cambial foi a melhor aplicação

Neste ano, o fraco desempenho de ações de peso no índice, como Petrobras e Vale, contribuiu para o tombo do Ibovespa. Os trabalhadores que destinaram recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FTGS) para os papéis da Vale amargaram perdas de 15,32%. E os que destinaram recursos do FGTS para ações da Petrobras viram seu dinheiro encolher 18,46% neste ano até o dia 24, segundo a Associação Brasileira dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

— Foi um ano difícil para investidores de Bolsa já que as principais ações tiveram perdas. A Petrobras foi afetada pelas intervenções do governo no preço dos combustíveis, o que pressiona o nível de endividamento da empresa. A Vale teve a disputa judicial em torno da dívida de subsidiárias no exterior e o preço de minério de ferro em queda em parte do ano — diz Álvaro Bandeira, da Órama Investimentos.

Mas o mau desempenho foi quase generalizado. Os papéis de bancos foram afetados pelo processo bilionário no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre planos econômicos. As ações da OGX Petróleo amargaram perdas de mais de 90% na Bolsa antes de serem excluídas do Ibovespa, depois que a petroleira entrou com o pedido de recuperação judicial.

— O caso OGX tirou um pouco de credibilidade da Bolsa. Quem entrou na Bolsa via ações da OGX nunca mais vai voltar — diz Ari Santos, gerente na corretora H. Commcor.

Os investidores que aplicaram em fundos de ações amargaram perdas. Os fundos Ibovespa Ativo — que buscam render mais do que o índice — caíram 3,4% no ano e os fundos Ações Livres — que não seguem um índice específico — tiveram alta de 1,08%.

Quem buscou abrigo na renda fixa também teve um ano tumultuado, com o risco de rebaixamento da nota de classificação de risco do Brasil pela Standard & Poor’s (S&P), as manifestação em junho e o temor do início de retirada dos estímulos nos Estados Unidos — o que se confirmou, com a redução das recompras de ativos em US$ 10 bilhões mensais, para US$ 75 bilhões a partir de janeiro.

Apesar de toda a instabilidade, os fundos DI (pós-fixados, que acompanham a alta dos juros básicos) tiveram um retorno de 8,11%, acompanhando o aumento dos juros básicos da economia, a Selic, para 10% ao ano. Os fundos de renda fixa (prefixados) ganharam 6,8%. O desempenho superou a inflação pelo IGP-M (5,51%) e a projetada para o IPCA (5,73%), segundo a mediana das projeções de economistas consultados pelo boletim Focus, do Banco Central (BC). A caderneta de poupança rendeu 6,37% no ano, também conseguindo superar a inflação.

— Foi um ano bem difícil para renda fixa e crédito em geral. A perspectiva para a economia brasileira mudou, o que levou ao fim do ciclo de redução de juros, que durou 20 meses. Em oito meses, tivemos uma alta de 2,75 pontos percentuais da Selic — diz Alexandre Fernandes, diretor de Crédito da Rio Bravo Investimentos.

Os fundos renda fixa índices — que aplicam em títulos públicos que remuneram juros mais inflação — caíram 3,69% no ano, um destaque negativo.

Já o campeão de rentabilidade foi o fundo cambial (que investe em diferentes moedas, principalmente dólar). Essa aplicação rendeu 16,76% no ano, segundo a Anbima. Em dezembro, a aplicação ganhou 1,48% e teve o melhor desempenho do mês. Apesar da valorização, poucos investidores se beneficiaram do movimento, já que os fundos são pouco indicados por especialistas por sua volatilidade e têm patrimônio de R$ 1,8 bilhão, apenas 0,1% do setor de fundos no Brasil.

Na avaliação de Ennio Moraes, diretor de investimento do Citi, o dólar deverá continuar pressionado em 2014, mesmo com a atuação do Banco Central. Os fatores que levaram os fundos cambiais a serem a melhor aplicação devem se manter em 2014: os fundamentos da economia brasileira em deterioração, a visão negativa da política fiscal, juros em alta e expectativas mais fracas de crescimento do PIB.

— A estimativa da equipe de análise do Citi é que o PIB brasileiro cresça 1,8% em 2014. Os juros devem subir até 10,75% no ano novo, dando uma pausa no movimento de alta durante o período eleitoral. A inflação deve terminar 2014 rondando 5,9%. Esse quadro tende a colocar mais pressão sobre o real — disse.

Os fundos multimercados multiestratégia — que aplicam em ativos como ações, juros e moedas — fecharam com alta de 6,2%, com gestores obtendo desempenho intermediário entre as aplicações.

Justiça faz visitas de surpresa a Genoino em casa e constata boa aparência e saúde estável

Justiça faz visitas de surpresa a Genoino em casa e constata boa aparência e saúde estável



Documento foi feito após visita ao ex-deputado por assistente social e psicóloga da Vara de Execuções Penais
 
André de Souza -O Globo
 
 
A Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal enviou nesta segunda-feira ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, relatório afirmando que o ex-presidente do PT José Genoino está com “boa aparência e quadro geral de saúde estável”. A constatação se deu após três visitas surpresa de oficiais de justiça do Tribunal de Justiça do DF ao petista neste mês. Ele foi visitado nos dia 3, 17 e 26 de dezembro.

 Genoino informou aos servidores que aguarda autorização judicial para comparecer ao hospital Sírio Libanês, em São Paulo, no próximo 7 de janeiro para avaliação e exames com o cardiologista Roberto Kalil Filho.
 

No relatório, resultado de um mandado de constatação na residência, Genoino contou que faz uso de diversas medicações durante o dia e que, para verificar a coagulação sanguínea, é submetido a exames de sangue, colhido na própria casa. O petista cumpre a prisão domiciliar na residência do sogro de uma de suas filhas, Mariana Lima Genoino.

Os oficiais de justiça constataram também que o ex-presidente do PT está cumprindo todos os termos de prisão domiciliar temporária, em especial a seguinte obrigação: “permanecer em casa por período integral,salvo em caso de estrita necessidade de saúde”.

A última visita dos servidores ocorreu na semana passada, no dia 26, um dia após o Natal. O documento diz que a esposa de Genoino, Rioco Kayana, está presente o tempo inteiro a seu lado.

Com alta de 15,5% do dólar em 2013, fundo cambial é aplicação mais rentável

Com alta de 15,5% do dólar em 2013, fundo cambial é aplicação mais rentável


DANIELLE BRANT - Folha de São Paulo

Com a alta de 15,46% em 2013 do dólar à vista –referência para as negociações no mercado financeiro–, os fundos cambiais foram a aplicação mais rentável do ano dentre as acompanhadas pela Folha.

O ranking elaborado para a reportagem considera o rendimento das aplicações com desconto de Imposto de Renda em simulações de resgate em 12 meses, além do desempenho antes do IR.



Os fundos cambiais são uma alternativa ao pequeno investidor que deseja aplicar em moedas estrangeiras. Esses produtos renderam 16,76% no ano (ou 13,83% com desconto do IR para resgate em 12 meses, de 17,5% na categoria).
Editoria de Arte/Folhapress
 

Só em dezembro, o dólar à vista subiu 1,11% e os fundos cambiais, 1,22% já com desconto de IR (1,48% sem retirar o imposto).

Tanto esses fundos quanto a compra direta da moeda americana, porém, só são indicados por consultores financeiros ao pequeno investidor se ele tem despesas programadas –como com um filho que mora no exterior, no primeiro caso, e uma viagem de férias, no segundo.

Como opção de investimento fora desse contexto, afirmam consultores, o dólar é muito instável para o pequeno investidor e, no longo prazo, a renda fixa acaba pagando mais.

O dólar deve continuar volátil em 2014, afirma Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho. "Há uma preocupação com a deterioração das contas fiscais do governo. Além disso, o aumento do deficit em conta corrente e as especulações sobre um rebaixamento da nota de crédito brasileira devem provocar valorização da moeda americana", afirma.

BOLSA

Uma das piores aplicações de 2013 foi a Bolsa.

O Ibovespa, referência do desempenho das ações no mercado, teve queda de 15,50% no ano. Apesar disso, os fundos de ações livres, alternativa para o pequeno investidor que aplica em Bolsa, conseguiram registrar leve alta de 0,92% já com desconto de IR para resgate em 12 meses (1,08% sem retirar o imposto). Só em dezembro, o índice caiu 1,86% e os fundos de ações, 2,02%.

Essa diferença de desempenho acontece porque os gestores de fundos de ações livres não necessariamente precisam compor uma carteira indexada ao principal índice da Bolsa, diz Erik Yuki, sócio da Set Investimentos. "O gestor pode escolher qualquer ação da Bolsa para fazer parte do fundo", diz.

O consultor de investimentos Marcelo d'Agosto lembra que o dado divulgado pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa uma média. "Basicamente, o grupo de gestores que apostou em ações específicas e saiu das blue chips (mais negociadas) teve boa performance. Mas muita gente errou também", ressalta.

E as perspectivas para o mercado acionário são pessimistas para o ano que vem, de acordo com analistas, que afirmam que situação interna continua difícil, com inflação em alta e descontrole dos gastos do governo.

No entanto, afirmam, o Ibovespa não deve repetir o desempenho de 2013, considerado péssimo pelo mercado.

"A economia da China já desacelerou o que tinha que desacelerar e deve voltar a crescer mais. Nosso mercado deve acompanhar a retomada", diz Hamilton Alves, estrategista do BB.

"Houve boas notícias, como os leilões de rodovias, poços de petróleo, mas os números do governo não são bons", diz Marcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest–Título Corretora.


RENDA FIXA

Na renda fixa, os fundos DI, que aplicam os recursos em títulos públicos e privados pós-fixados, renderam em 2013, antes do desconto do IR, 8,11%, mais que a poupança. Após o desconto do imposto no resgate em 12 meses, os produtos têm ganho de 6,69%, pouco mais que a caderneta, que não tem o imposto.

Só em dezembro, os fundos DI tiveram ganho de 0,53% com desconto de IR (0,64% bruto).
A caderneta para depósitos até 3 de maio de 2012 rendeu 6,37% no ano. Em dezembro, o rendimento foi de 0,549%.

Já a poupança para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012 teve rendimento de 5,81% (aniversário no primeiro dia de dezembro) em 2013. Não há incidência de IR nas aplicações em poupança. Só em dezembro, o ganho foi de 0,549%.

Os fundos renda fixa, que investem em títulos públicos e privados prefixados, tiveram desempenho maior que o da poupança antes do desconto do IR, com ganho de 6,8% em 2014 e 0,72% em dezembro. A rentabilidade após IR ficou em 5,61% no ano e 0,59% no mês.

Vale destacar que os dados sobre os fundos não refletem precisamente o ganho do pequeno investidor, pois são uma média de desempenho divulgada pela Anbima.

Essa média inclui fundos de grande porte, que exigem aplicação mínima elevada e costumam render mais que os de varejo.


OURO

O ouro fechou o ano com desvalorização de 17,35% e ficou na lanterna entre os investimentos. Em dezembro, a queda foi de 2,16%.

O preço do metal é formado a partir de uma composição do preço do dólar no exterior e no Brasil. Quem deseja investir no metal pode comprar gramas de ouro em contratos vendidos na BM&FBovespa ou optar por fundos que aplicam em ouro. É preciso, no entanto, ficar atento à taxa de administração desses fundos e ao valor da aplicação inicial, que pode inviabilizar a entrada do pequeno investidor.

Segundo Edson Magalhães, diretor da corretora Reserva Metais, acredita que, em 2014, a commodity deve se recuperar. "O dólar deve se valorizar no próximo ano, o que deve impulsionar o preço do ouro", afirma.

O humor de Dilma

O humor de Dilma

 
José Casado - O Globo
 

Ela entrou na casa dos eleitores para fazer uma saudação de fim de ano. Gastou 1.400 palavras em autoelogios e se despediu semeando dúvidas sobre o futuro do país e das pessoas

Dilma Rousseff acha que seu governo está sob ameaça de uma “guerra psicológica” capaz de “inibir investimentos e retardar iniciativas”. Foi o que disse em cadeia nacional de rádio e televisão. Não explicou quem, quando, onde, como — e muito menos por que escolheu um termo cuja definição, nos manuais militares, consiste essencialmente no manejo das palavras para abalar o moral do inimigo.

Pode ser mero vício de linguagem, afinal Dilma é a última combatente da Guerra Fria com crachá de candidata na disputa presidencial de 2014. Ou talvez tenha sido um discreto desabafo, por estar “perdendo a batalha ideológica e política para o mercado financeiro”, como observou o economista Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo em entrevista à jornalista Eleonora de Lucena.

Seja qual for o motivo, a presidente-candidata esqueceu-se de que brasileiro só é otimista entre o Natal e o carnaval, como dizia o falecido economista Mário Henrique Simonsen. Na noite de domingo ela entrou na casa dos eleitores para fazer uma saudação de fim de ano. Gastou 1.400 palavras em autoelogios e se despediu semeando dúvidas sobre o futuro do país e das pessoas.


É notável a mudança no humor de Dilma. Basta ver seus discursos deste ano.

Em janeiro, ela proclamava, eufórica: “O Brasil está cada vez maior e imune a ser atingido por previsões alarmistas. Por termos vencido o pessimismo e os pessimistas, estamos vivendo um dos melhores momentos da nossa história.”

 Em março, baixou o tom: “Devemos ter o otimismo e o dinamismo e sempre reiterar a confiança, e mantermos uma atitude contra o pessimismo e a inércia que muitas vezes atingem outras regiões.”

No mês seguinte, tentou animar a arquibancada: “Não tem quem nos derrote se não acharmos que já estamos derrotados. Não tem quem nos derrote! Isso é o que garante a nossa força, é o fato de que juntos ninguém nos derrota.”

Em julho, começou a exalar preocupação com “um ambiente de pessimismo que não interessa, que não é bom para o Brasil”. Chegou a novembro nostálgica de Juscelino Kubitschek, “quando dizia ‘o otimista pode errar, pode até errar, mas o pessimista já começou errado’”.

Poderia ter recordado outro mineiro, o escritor Fernando Sabino, para quem “o otimista sofre tanto quanto o pessimista, mas pelo menos sofre só uma vez”. E, aí, talvez a oposição até retrucasse com a definição de Woody Allen sobre pessimismo: “Mais do que em qualquer outra época, a humanidade está numa encruzilhada. Um caminho leva ao desespero absoluto; o outro, à total extinção. Vamos rezar para que tenhamos a sabedoria de escolher”.

Dilma gravou seu discurso rudimentar sobre a “guerra psicológica” e viajou à Bahia, onde o tempo avança em ritmo Dorival Caymmi. O governador Jacques Wagner, seu amigo, poderia contribuir para mudar o ânimo da presidente-candidata, sugerindo a leitura da biografia de Apparicio Torelly, o Barão de Itararé (“Entre sem bater”, de Claudio Figueiredo). O Barão ensinava: “Os acontecimentos se processam com tanta rapidez que os acontecimentos acontecem antes de terem acontecido.

” Pode ser uma opção refrescante a quem precisa olhar para além daquilo que vê. Na pior hipótese, ajuda a começar 2014 de bom humor, um dos fundamentos para estar de bem com a vida.

Twitter perde em usuários para o Pinterest

Twitter perde em usuários para o Pinterest

Por Ligia Aguilhar - Estadão
 
 
Pesquisa do Pew Research Center aponta que site de publicação de imagens e vídeos alcançou a terceira colocação entre as redes sociais mais populares nos EUA; 73% dos adultos americanos 


O uso de redes sociais nos Estados Unidos continua em alta, mas o Twitter, que foi destaque em 2013 por abrir capital e ter sucesso na bolsa de valores, está perdendo popularidade no país. Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira, dia 30, pelo Pew Research Center indica que 73% dos adultos usam algum tipo de rede social. Desse total, 71% está no Facebook, que permanece como o maior negócio do seu segmento. No ano passado, a mesma pesquisa indicava que 67% dos adultos estavam nas redes socias e no Facebook.



O LinkedIn aparece na segunda colocação, com 22%. Já o Twitter perdeu em 2013 o posto de terceira rede social mais acessada dos Estados Unidos para o Pinterest, usado por 21% dos adultos, enquanto o Twitter é a opção de 18%.

 No ano passado, o Twitter tinha 16%. O Pinterest, 15%. O Instagram aparece na sequência, com 17%.

A queda na popularidade do Twitter chama a atenção especialmente porque neste ano o site teve uma bem-sucedida abertura de capital na bolsa de Nova York e lançou novas ferramentas e serviços na tentativa de atrair mais usuários, como o Twitter Music.

A popularidade do Twitter no mercado financeiro também está em baixa. Desde que atingiu novos recordes na última quinta-feira, o papel da empresa vem caindo rapidamente e já está abaixo de US$ 60. Na sessão de sexta-feira, as ações do Twitter fecharam com baixa de 13%, apagando mais de US$ 5 bilhões de sua capitalização de mercado. Nesta segunda-feira, às 15h45 (de Brasília), a ação do Twitter recuava 6,89% em Nova York.

Dos 73% que usam redes sociais nos EUA, 42% disseram usar duas ou mais redes sociais, enquanto 36% usam apenas uma e 22% declararam não usar nenhuma das cinco redes sociais listadas no estudo (Facebook, LinkedIn, Pinterest, Twitter e Instagram).


Perfil

A pesquisa realizada pelo Pew Research Center também traçou o perfil dos usuários de cada rede social. Enquanto o Facebook é popular entre usuários de diversos grupos, o Pinterest tem mais apelo entre as mulheres, enquanto o LinkedIn é usado especialmente por estudantes universitários e usuários de internet com maior poder aquisitivo. Twitter e Instagram são a escolha de jovens adultos e moradores urbanos . Há também sobreposição de usuários que usam as duas redes.


Engajamento

O Facebook não só é a rede mais popular, como também tem o maior engajamento entre os usuários. 63% dos usuários acessam o Facebook ao menos uma vez por dia, 40% visitam o site várias vezes ao dia. 57% visitam o Instagram uma vez por dia (35% múltiplas vezes) e 46% acessam o Twitter uma vez por dia (sendo que 29% o fazer diversas vezes);

A pesquisa do Pew Research foi realizada com 1.801 adultos com mais de 18 anos nos Estados Unidos.

/ COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

"Careca de saber", por Ricardo Noblat

Careca de saber, por Ricardo Noblat - O Globo

O Senado deve ao distinto público a abertura de processo para cassar por quebra de decoro o mandato do seu presidente, Renan Calheiros.

Ou não é falta de decoro ignorar a lei? Ou não foi o que fez Renan ao voar em jatinho da FAB para se submeter no Recife a um implante de 10 mil fios de cabelo?

Com um agravante: depois de flagrado voando às nossas custas, tentou encenar uma farsa. Consultou a FAB sobre se de fato desrespeitara a lei.

A FAB não respondeu à consulta. Deu-se ao respeito, ora.

Renan estava careca de saber que o decreto que regulamenta o uso por autoridades de jatinhos da FAB não prevê deslocamentos por razões particulares.

É lícita a requisição de jatinho para viagens a serviço ou de volta ao seu Estado, por exemplo. Ou em caso de emergência médica. Um implante capilar é tudo – até um luxo. Emergência não é.


Renan Calheiros, presidente do Senado


Imagine se fosse possível escapar dos rigores da lei sob a desculpa de que desconhecia sua existência. “Sinto muito, mas nunca fora apresentado a essa lei”. Não teríamos um Estado, não como o que conhecemos hoje. Mas um Estado de anarquia.

Renan é político desde 1978. Foi duas vezes deputado federal por Alagoas, três senador, líder do governo Collor e ministro da Justiça de Fernando Henrique.

Uma de suas atividades é ajudar a fazer leis. Há várias de sua autoria. Fora centenas que ajudou a fazer.

Para isso, como deputado ou senador, sempre contou com a assessoria de dezenas de funcionários do quadro fixo da Câmara dos Deputados ou do Senado.

Como presidente do Senado – o terceiro na linha direta da sucessão do presidente da República – todas as suas dúvidas lhe são tiradas. Na hora.

Como sugerir que possa ter sido traído pela memória? Ou que seus assessores possam ter-se enganado na interpretação da lei? Ou que caberia à FAB dizer se ele acertara ou não ao requisitar jato para uma viagem particular?

E uma viagem que ele se empenhou para que não chamasse a atenção de ninguém? Como de costume, foi a imprensa que descobriu o malfeito de Renan.

Na noite do último dia 18, uma quarta-feira, Renan voou ao Recife a “serviço”, conforme consta dos registros da FAB. A agenda dele no site do Senado omitiu a viagem.

Uma vez lá, se internou em uma clínica onde no dia seguinte teve 10 mil fios de cabelo implantados na cabeça pelo cirurgião plástico Fernando Basto. A cirurgia durou oito horas. Seus resultados começarão a se tornar visíveis daqui a quatro meses.

Do Recife, Renan foi a Maceió. Um outro jatinho o levaria a Brasília quando quisesse. No que deu errado...

Renan apelou para o Plano B – “A FAB tem a última palavra”. Esqueceu de combinar com a FAB.

Mandou um ofício ao comandante da FAB perguntando se cometera alguma “impropriedade” ao voar ao Recife de jatinho. Não recebeu resposta. Decidiu então pagar à FAB os custos da viagem.
Final feliz? Quem, fora Renan, pode pensar assim?

Ok, a imprensa esquecerá mais rapidamente o assunto por causa da decisão de Renan de reembolsar a FAB. E se ela esquece todo mundo muda de assunto.

Mas Renan, além de tudo, é reincidente. Em junho passado, foi a Trancoso, na Bahia, para o casamento da filha do colega Eduardo Braga (PMDB-AM). Usou um jato da FAB. Flagrado, devolveu à FAB R$ 32 mil.

Renan é tudo – menos um inocente coitadinho.

Ignorou a lei em junho, voltou a ignorá-la seis meses depois, só reembolsou a União quando os dois episódios se tornaram públicos. Do contrário...

Razoável supor que teria embolsado nosso dinheiro em silêncio. E sem remorso.

Relatório informa que Genoino está com boa aparência e saúde estável

Relatório informa que Genoino está com boa aparência e saúde estável


André Richter
Da Agência Brasil
 

Um relatório feito pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal e obtido pela Agência Brasil afirma que o ex-deputado José Genoino, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, "apresenta boa aparência e quadro geral de saúde estável". No dia 26 de dezembro, Genoino recebeu a visita de uma assistente social e de uma psicóloga, responsáveis pela avaliação periódica de detentos que cumprem prisão domiciliar provisória. O documento foi enviado ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, pelo juiz Bruno André Silva Ribeiro, da VEP.


O julgamento do mensalão no STF

 
 
19.dez.2013 - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, preside última sessão do ano da Casa. Ao fazer um balanço do ano, ele disse nesta quinta-feira (19) que as prisões de parlamentares ocorridas em 2013 rompem uma "tradição longa" e mostram que "não há por que se criar exceções? para ninguém em função dos cargos que exerce Alan Marques/ Folhapress
 
Em um breve relatório, as duas profissionais informam que Genoino declarou não ser necessário passar por consultas periódicas, com exceção das reavaliações de recuperação da cirurgia cardíaca, prevista para o dia 7 de janeiro, em São Paulo. O ex-parlamentar também relatou que faz uso diário de medicamentos e que, esporadicamente, faz exames para verificar a coagulação do sangue, cuja coleta têm sido feita em casa para evitar deslocamentos.

Genoino está na casa dos sogros de sua filha, em Brasília. De acordo com a Seção Psicossocial da VEP, responsável pelo acompanhamento de presos, os comprovantes médicos devem ser apresentados a cada dois meses para garantir o benefício domiciliar.

Na sexta-feira (27), o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, decidiu prorrogar a prisão domiciliar de Genoino até 19 de fevereiro de 2014. No entanto, Barbosa rejeitou o pedido de transferência para São Paulo, e Genoino deverá ficar em Brasília até nova avaliação médica.

"Considerada a provisoriedade da prisão domiciliar na qual o condenado vem atualmente cumprindo sua pena e a forte probabilidade do seu retorno ao regime semiaberto ao fim do prazo solicitado pela Procuradoria-Geral da República, considero que a transferência ora requerida fere o interesse público", sentenciou Barbosa.

Bolsa brasileira tem a 2ª maior queda entre 80 países em 2013; veja ranking

Bolsa brasileira tem a 2ª maior queda entre 80 países em 2013; veja ranking
 


Sílvio Guedes Crespo - UOL
 

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O mercado de ações do Brasil foi, em 2013, um dos piores do mundo. O Ibovespa, referência da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu 15,5% ao longo do ano.

Entre 83 índices acionários de 80 países monitorados pela agência Bloomberg, apenas um teve desempenho pior que o brasileiro: o da Bolsa do Peru, que despencou 24,4% (veja ranking completo ao final deste texto).

No outro extremo, a Venezuela liderou o ranking, com alta de 502,1% (o que não surpreende os leitores do blog Achados Econômicos; saiba mais). Em segundo lugar, aparece a Argentina, seguida por Gana e Paquistão.

Apesar de o ranking ser encabeçado por países não desenvolvidos, os emergentes mais importantes, como China, Rússia e México, além do Brasil, não foram bem.

Para quem investe em Bolsas de Valores, 2013 foi o ano de lucrar nos países ricos. As ações do G-7, grupo das sete nações mais desenvolvidas do mundo, tiveram uma alta de 27%, considerando a média simples dos principais índices desses mercados.

Já os emergentes conhecidos pela sigla Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) viram suas ações subirem apenas 2%, também pelo critério de média simples. Nesse grupo, a África do Sul (alta de 21%) e a Índia (10,6%) puxaram o número para cima, enquanto houve queda na China (-4,7%) e na Rússia (-1,2%), além do Brasil.

O Japão teve o melhor resultado entre as nações desenvolvidas. Suas ações dispararam quase 60% desde janeiro, acumulando sua maior alta anual dos últimos 41 anos.

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones acumulava uma alta de 28,9% de janeiro até a tarde desta segunda-feira. O índice Nasdaq, referência para ações de tecnologia, avançou 39,5% no ano.

Na Europa, que está mergulhada em crise há pelo menos quatro anos, as Bolsas reagiram bem em 2013. Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha, quatro países que assustaram investidores nos últimos anos por suspeita de que dariam calote, tiveram neste ano alta acima de 20% em seus mercados de ações.

Também as grandes economias da Europa foram bem, com Alemanha e França subindo mais de 20% e Reino Unido acumulando 19%.

Destaques no Brasil

As maiores quedas do Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas do país, foram da OGX (-95%), que já não faz parte mais do indicador, e da MMX (-84%), duas empresas fundadas por Eike Batista. A primeira, de petróleo, entrou em recuperação judicial e já não pertence mais ao empresário.

Entre os destaques positivos, a Kroton, do setor educacional, liderou o ranking do Ibovespa, com alta de 71%, seguida pela Braskem (62%), da área química, e TIM Participações (54%), de telecomunicações.

Veja quais foram as maiores altas e baixas do Ibovespa em 2013.

Maiores altas do Ibovespa em 2013*

AçãoSetorVariação (%)
KrotonEducação71,36
BraskemQuímica61,95
TIM ParticipaçõesTelecomunicações53,97
JBSAlimentos48,31
CieloSoftware e dados43,24
  • * Até 27/12/2013
  • Fonte: Economática


Maiores quedas do Ibovespa em 2013*

AçãoSetorVariação (%)
OGXPetróleo e gás-94,75
MMXMineração-82,27
BrookfieldConstrução-67,84
RossiConstrução-55,16
MarfrigAlimentos-54,01
  • * Até 27/12/2013
  • Fonte: Economática


Ranking mundial

Na semana passada, circulou pela internet um levantamento segundo o qual a Bolsa brasileira teria registrado o pior desempenho em 2013.

Tal pesquisa, no entanto, abrangia apenas 48 países. Não incluía, por exemplo, o Peru – esta, sim, a nação com maior queda – e foi feita antes de o ano acabar, de modo que houve trocas de posições daquela data até hoje.

Veja abaixo o ranking completo, com 80 países.


Principais índices de ações de cada país em 2013*
 
PaísVariação (%)
Venezuela502,09
Argentina91,63
Gana80,56
Paquistão66,12
Japão59,28
Nigéria48,74
Costa Rica48,08
Quênia47,29
EUA (Nasdaq)39,5
Irlanda35,48
Finlândia34,6
EUA (S&P 500)31,76
Romênia31,22
Qatar30,86
Arábia Saudita30,38
Grécia29,55
EUA (Dow Jones)28,88
Islândia28,75
Egito27,43
Espanha27,19
Dinamarca26,44
Suécia26,25
Vietnã26,03
Botswana25,82
Alemanha25,48
Maurício24,42
Bélgica23,81
Noruega23,77
Omã23,3
Suíça22,94
Austrália22,08
França21,48
África do Sul21,03
Portugal20,68
Luxemburgo20,65
Itália20,53
Malta20,46
Bahrein20,3
Holanda20,21
Lituânia19,15
Reino Unido18,76
Nova Zelândia17,27
Letônia16,22
Taiwan15,16
Malásia14,87
Bermuda14,46
Canadá12,7
Sérvia11,91
Estônia11,7
Israel11,4
Índia10,57
Equador10,09
Áustria9,42
Jordânia8,85
Sri Lanka7,57
Panamá6,99
Eslováquia6,78
Hong Kong6,28
Croácia5,27
Namíbia3,98
Cingapura2,75
Marrocos2,49
Líbano2,05
Hungria1,94
Indonésia1,07
Cazaquistão0,95
Filipinas0,75
Coreia do Sul0,26
México0,04
República Tcheca-0,41
Rússia-1,18
Polônia-1,67
Tunísia-2,63
Tailândia-3,79
Ucrânia-4,37
China-4,72
Colômbia-8,84
Chipre-10,01
Jamaica-10,31
Turquia-12,06
Chile-14,09
Brasil-15,5
Peru-24,4
* Fonte: Bloomberg