quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Ex-presidiário Lula teria falado com Jeffrey Epstein, bilionário acusado de tráfico sexual

Nome do descondenado aparece em documentos divulgados pelo Congresso dos EUA; Secom da Presidência nega





Documentos divulgados pelo Congresso dos Estados Unidos indicam que houve uma conversa entre o presidente Lula (PT) e Jeffrey Epstein, bilionário acusado de tráfico sexual.

A informação foi divulgada pelo jornalista Sam Pancher, do portal Metrópoles.

De acordo com Pancher (veja abaixo), o contato ocorreu em 2018, quando Lula cumpria pena após ser condenado no âmbito da operação Lava Jato.

O contato, segue o jornalista, ocorreu por meio de Noam Chomsky, um filósofo e linguista norte-americano.

A visita ocorreu e foi amplamente registrada pela imprensa brasileira, com publicação, inclusive, no site da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O encontro foi em 20 de setembro de 2018. A data do email com o relato da conversa com Lula é de 21 de setembro de 2018.

No relato do jornalista, Chomsky teria ligado para Epstein quando ele visitava o petista na cadeia.

 

Diário do Poder procurou a Secretária de Comunicação da Presidência da República que negou o diálogo. De acordo com a Secom, a informação não procede e “a citada ligação telefônica nunca aconteceu”.

Jeffrey Epstein

Jeffrey Epstein foi um financista norte-americano que ganhou notoriedade internacional por seu envolvimento em crimes sexuais. Nascido em 1953, em Nova York, construiu carreira no mercado financeiro e cultivou uma extensa rede de contatos influentes na política, nos negócios, na ciência e no entretenimento. Apesar de ostentar riqueza e proximidade com figuras poderosas, sua trajetória foi marcada por acusações persistentes de abuso e exploração de menores.

Em 2008, Epstein firmou um controverso acordo judicial que o levou a cumprir uma pena branda por solicitação de prostituição, apesar de dezenas de acusações mais graves. Em 2019, foi novamente preso sob suspeita de tráfico sexual de menores, enfrentando um processo federal muito mais amplo. Um mês depois, foi encontrado morto na cadeia, em circunstâncias que alimentaram especulações e polêmicas.

Após sua morte, investigações, depoimentos e documentos judiciais reforçaram a dimensão da rede de abuso pela qual ele era acusado e colocaram em evidência colaboradores e figuras associadas, como Ghislaine Maxwell, posteriormente condenada. O nome de Epstein permanece ligado ao maior e mais complexo caso de exploração sexual envolvendo uma elite global nas últimas décadas.

Com Rodrigo Vilela - Diário do Poder