quarta-feira, 3 de setembro de 2025
Julgamento de Bolsonaro é criticado por 64% dos eleitores nas redes; 19% apoiam
Pesquisa coletou dados de cerca de 746 mil menções das redes sociais
Um levantamento da Genial/Quaest divulgado nesta terça-feira (2), mostrou o descontentamento do eleitorado brasileiro com o início do julgamento do suposto “golpe” de Estado, no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete são réus. Segundo o levantamento, 64% dos eleitores mostram ser contrários ao julgamento do ex-mandatário e sua possível prisão, através das redes sociais.
Outros 19% se dizem a favor do julgamento e da prisão, outros 17% se colocaram como neutros. A pesquisa coletou dados de aproximadamente 746 mil menções das redes sociais, até às 16h30, horário em que ainda ocorria o julgamento.
Os dados levaram em consideração menções e publicações feitas nas principais plataformas como (Facebook, Instagram, X (antigo Twitter), YouTube e Reddit) e sites de notícias com uso de API (Interface de Programação de Aplicações), próprio da Quaest que utilizou palavras-chave relacionadas ao caso.
Ainda segundo o instituto, por hora, a média de menções até às 16h30 foi de 44 mil, com média de alcance de 76 milhões (volume de visualizações estimado, incluindo usuários fora do Brasil).
De acordo com a pesquisa, a hashtag #BolsonaroFree, coordenada por grupos de apoiadores do ex-presidente, foi a que gerou o maior volume de menções contra o julgamento.
Entre os principais tópicos, os apoiadores de Bolsonaro alegam perseguição política e questionam a legalidade do processo.
Diário do Poder
terça-feira, 2 de setembro de 2025
CPI do INSS pede ao STF prisão de 21 investigados pelo roubo aos aposentados. Veja quem são
Proposta do relator foi aprovada por unanimidade e lista inclui 'Careca do INSS" e ex-presidente do órgão
Deputado Alfredo Gaspar, relator da CPI Mista do roubo do INSS, e o senador Carlos Viana, o presidente (Foto: Saulo Cruz/Ag. Senado)
Em decisão unânime, o CPMI do INSS aprovou o envio de um pedido para o Supremo Tribunal Federal (STF) decrete prisão preventiva contra 21 investigados por crimes que descontaram R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas.
A decisão provocada por requerimento do relator e deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL) pode provocar a primeira prisão desde a Operação Sem Desconto, deflagrada há cerca de cinco meses pela Polícia Federal. E foi tomada após o depoimento do advogado Eli Cohen, primeiro a denunciar o caso.
Entre os alvos que podem ser presos por eventual ordem do ministro André Mendonça estão o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o “careca do INSS”, e o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afastado por determinação judicial no dia da operação.
Outros alvos que atuavam no INSS são o ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis; o ex-procurador-geral, Virgílio de Oliveira Filho; e o ex-diretor do órgão, Vanderlei Barbosa dos Santos. Além do empresário Maurício Camisotti, apontado como controlador de associações investigadas.
Impunidade vergonhosa
O relator Alfredo Gaspar justificou os pedidos de prisão por com o argumento de que são essenciais “por conveniência da instrução criminal, garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal”. E uniu-se ao presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), para criticar a impunidade diante do volume de fatos e nomes de suspeitos de crimes já identificados pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU).
“Estamos com indícios suficientes de autoria, com prova da materialidade dos crimes. O delegado [Bruno Bergamaschi] autor do inquérito mãe citou os pressupostos e fundamentos da prisão preventiva, mas solicitou medidas de não encarceramento, as quais discordo diante do quadro que o Brasil se encontra, com milhares de encarcerados por delitos muito menores. Portanto, acho isso um tapa na cara do brasileiro, com tantos pré-requisitos e fundamentos para a prisão preventiva”, afirmou o relator Alfredo Gaspar.
O presidente da CPMI também ressaltou que considera uma impunidade vergonhosa o fato de não haver ninguém preso.
“A Polícia Federal tem nomes, […] tem os meios, tem [dados sobre] como todo o dinheiro foi retirado das contas dos aposentados, e nós não temos ninguém preso até hoje. Nós não temos um bloqueio de bens até o momento. Isso é de uma impunidade vergonhosa no Brasil”, criticou Carlos Viana.
Além da gravidade da fraude contra pessoas vulneráveis, Alfredo Gaspar citou ameaças feitas a testemunhas, risco de fuga de investigados e informações de que o esquema também envolvia empréstimos consignados.
“Se não há requisitos para prisão preventiva neste caso, não haverá em nenhum outro do Brasil. Essa CPMI tem a obrigação de encaminhar ao ministro André Mendonça o pedido fundamentado, com base nas provas já colhidas. Estamos falando de um inquérito com mais de três mil páginas e provas robustas”, reforçou o relator.
Antonio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS.Os alvos
Veja a lista completa dos alvos dos pedidos de prisão que serão jugados no STF:
1. André Paulo Fidelis;
2. Eric Douglas Fidelis;
3. Cecília Rodrigues Mota;
4. Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho;
5. Thaisa Hoffmann Jonasson;
6. Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira;
7. Alexandre Guimarães;
8. Antônio Carlos Camilo Antunes (Careca do INSS);
9. Rubens Oliveira Costa;
10. Romeu Carvalho Antunes;
11. Domingos Sávio de Castro;
12. Milton Salvador de Almeida Junior;
13. Adelinon Rodrigues Junior;
14. Alessandro Antônio Stefanutto;
15. Geovani Batista Spiecker;
16. Reinaldo Carlos Barroso de Almeida;
17. Vanderlei Barbosa dos Santos;
18. Jucimar Fonseca da Silva;
19. Philipe Roters Coutinho;
20. Maurício Camissotti;
21. Márcio Alaor de Araújo.
Diário do Poder
segunda-feira, 1 de setembro de 2025
Livro ‘Assassinato de reputações’ expôs método petista de difamar opositores
Ex-secretário nacional de Justiça no segundo governo Lula, Romeu Tuma Junior revelou a estratégia da difamação
Romeu Tuma Junior (camisa azul, primeiro plano), então delegado, no local onde o corpo de Celso Daniel foi encontrado - Foto: Acervo pessoal
Tem método a antiga estratégia de Lula (PT), desde seu primeiro governo, de tentar aniquilar moralmente os adversários, utilizando-se do aparato oficial. Está tudo descrito num livro definitivo, que clama por nova reedição: “Assassinato de reputações – Um Crime de Estado”, de Romeu Tuma Junior (ed. Topbooks, Rio, 557 pp, 2013). Ex-secretário Nacional de Justiça de 2007 a 2010, segundo governo Lula, o autor é filho do saudoso delegado Romeu Tuma, ex-diretor da Polícia Federal. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Delegado de carreira, Romeu Tuma Júnior ajudou a desvendar crimes como a morte do ex-prefeito petista de Santo André (SP) Celso Daniel,
Celso Daniel foi sequestrado e torturado com brutalidade que se vê empregada, hoje em dia, curiosamente, nos justiçamentos do PCC.
Até hoje há suspeitas, inclusive entre familiares, de que Celso Daniel pode ter sido vítima de queima de arquivo.
Diário do Poder
Descontrole fiscal do governo Lula trava queda dos juros e sufoca a economia
Brasil registrou queda nos empregos formais e alta recorde da inadimplência; economista fala em necessidade de equilíbrio das contas púbicas
O Brasil fechou julho com o ritmo mais fraco de geração de empregos desde a pandemia de 2020, em um cenário de perda de fôlego da economia. O desaquecimento é resultado não apenas do ciclo de aperto monetário do Banco Central (BC), mas principalmente da política fiscal desordenada do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, marcada por aumento de gastos e criação de despesas permanentes sem contrapartida de receitas.
Essa combinação amplia o déficit público e impede a redução dos juros. O BC declarou, na sexta-feira 29, que o setor público consolidado registrou déficit primário de R$66,6 bilhões em julho de 2025, ante déficit de R$21,3 bilhões no mesmo mês de 2024.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho, registrou saldo positivo de 129.775 novos contratos no mês passado. Apesar do avanço, o número representa queda de 32% nos empregos formais em relação a julho de 2024, quando haviam sido abertas 191.373 vagas.
Foi o pior desempenho para o mês em cinco anos, superado apenas pelo tombo de 2020, no auge da crise da covid-19, quando foram criados 108.476 postos. Enquanto o governo insiste em aumentar gastos com folha de pagamento e programas assistenciais sem ajuste fiscal, o resultado recai sobre famílias e empresas.
A inadimplência no crédito livre subiu de 6,3% em junho para 6,5% em julho, alcançando o maior nível desde maio de 2013 (6,6%), segundo relatório do BC divulgado em 27 de agosto. Entre empresas, os calotes chegaram ao ponto mais alto desde 2017. “A política de juros elevados, em geral, tem um efeito defasado no tempo”, afirma o economista Lucas Borges, especialista em private equity pela Harvard Business School.
“A economia funciona assim. No Brasil, o ciclo de aperto monetário iniciado há alguns anos só agora começa a impactar de forma mais intensa o mercado de trabalho e a capacidade de pagamento das famílias.”
Empresas que até então conseguiam contratar e manter dívidas em dia agora enfrentam juros mais pesados, consumo em retração e 01/09/2025, 07:52 Descontrole fiscal trava queda dos juros e sufoca economia https://revistaoeste.com/economia/descontrole-fiscal-do-governo-trava-queda-dos-juros-e-sufoca-a-economia/ 3/10 cautela na expansão.
“Este é um efeito esperado”, prossegue Borges. “Ocorre que o BC não atua instantaneamente sobre a economia, e os impactos sobre emprego e inadimplência tendem a aparecer com o tempo.”
Necessidade de equilíbrio fiscal
A necessidade de juros altos tem relação com as ações do governo, que mantém pressão sobre a política monetária ao sinalizar aumentos de gastos e ao adiar reformas estruturais, como a administrativa. Com menos confiança fiscal, os investidores exigem prêmios maiores para financiar a dívida pública, o que encarece o crédito e trava a retomada.
O enfraquecimento da atividade já havia aparecido em junho, quando a geração de empregos ficou novamente abaixo do registrado no ano anterior. Dois meses consecutivos de desaceleração reforçam que a fase de expansão começa a se inverter depois de um ciclo de resultados positivos.
Neste contexto, Borges recomenda cautela. “O cenário deve ser o de crescimento moderado, e com riscos de desaceleração mais acentuada, caso a combinação de juros altos e pressões externas persistir”, afirma.
“Espera-se que a inflação seja contida a médio prazo, mas o custo disso é o desaquecimento do mercado de trabalho e o aumento da inadimplência com famílias perdendo seu poder de compra.
Para retomar um ciclo mais vigoroso de expansão, o país precisa equilibrar políticas monetárias e fiscais, além de estimular investimentos privados.”
Revista Oeste