Ministro entendeu que publicação pode interferir na disputa. (entre covil do Loola, PCC, CV...)
O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que um post das redes sociais sobre o boné de Loola com as iniciais CPX seja excluído. A decisão ocorreu na segunda-feira 24. O objeto foi usado pelo candidato do covil do PT, durante uma visita ao Morro do Alemão, no Rio.
A postagem havia sido replicada nas redes sociais pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e do vereador Nikolas Ferreira (PL-MG). O Twitter tem cinco horas para acatar o TSE, sob pena de pagar multa de R$ 50 mil. “É forçoso reconhecer que a propagação desses conteúdos, sem nenhum respaldo probatório, tem o potencial de interferir negativamente na vontade do eleitor”, argumentou o ministro Sanseverino.
O “CPX”, entendido como abreviação para “complexo”, refere-se de fato aos conjuntos das favelas cariocas, conforme reportagem de Oeste. O termo é usado pelos moradores locais, pela polícia e pelo governo. A sigla aparece na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2023 do Estado do Rio de Janeiro.
A sigla do boné CPX de Loola também é usada entre os bandidos aliados do Loola segundo decisões proferidas por juízes de segunda instância. Um documento do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, por exemplo, mostra que “CPX” significa “cupincha”, ou seja, indivíduo com quem se tem amizade, companheirismo, camaradagem.
Com informações de Cristyan Costa, Revista Oeste