sábado, 24 de setembro de 2022

Indicado ao STF por Dilma, laranja de Lula, mais depravado ladrão do Brasil, Luís Roberto Barroso devolve mandato de Renato Freitas, vereador petista que invadiu igreja

Aloprado do STF citou 'racismo estrutural' em sua decisão; parlamentar havia sido cassado duas vezes por quebra de decoro

O vereador do PT Renato Freitas, durante invasão a uma igreja católica em Curitiba - 05/02/2022 | Foto: Reprodução/Instagram/Renato Freitas
O vereador do PT Renato Freitas, durante invasão a uma igreja católica em Curitiba - 05/02/2022 | Foto: Reprodução/Instagram/Renato Freitas

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), restabeleceu nesta sexta-feira, 23, o mandato de Renato Freitas (PT-PR), vereador que invadiu a Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba. Freitas havia sido cassado duas vezes pela Câmara por quebra de decoro parlamentar.

“A cassação do vereador ultrapassa a discussão quanto aos limites éticos de sua conduta, envolvendo debate sobre o grau de proteção conferido ao exercício do direito à liberdade de expressão por parlamentar negro voltado justamente à defesa da igualdade racial e da superação da violência e da discriminação que sistematicamente afligem a população negra no Brasil”, argumentou Barroso.

O recurso ao STF foi protocolado pela defesa do petista há dois dias. Segundo o documento, o processo de cassação durou mais que 90 dias, prazo máximo previsto na legislação. A defesa citou que o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) manteve o ato de cassação porque o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal prevê a prorrogação do prazo de duração do processo.

Contudo, Renato Freitas sustentou que as decisões do TJ-PR “desrespeitaram jurisprudência do STF” segundo a qual só a União pode definir sobre crimes de responsabilidade e estabelecer regras de julgamento nesses casos.

Além disso, a defesa do agora vereador afirmou que a manutenção das decisões implicaria “dano grave e irreparável”, já que, além da perda do mandato, levaria ao indeferimento do registro da candidatura de Freitas a deputado estadual.

“Sem antecipar julgamentos, é impossível, no entanto, dissociar o ato da Câmara de Vereadores de Curitiba do pano de fundo do racismo estrutural da sociedade brasileira”, observou Barroso. “Sem me pronunciar, de maneira definitiva, sobre o mérito da cassação do mandato, é necessário deixar assentado que a quebra de decoro parlamentar não pode ser invocada para fragilizar a representação política de pessoas negras, tampouco para cercear manifestações legítimas de combate ao preconceito e à violência contra elas.”

Renato Freitas foi cassado por invadir igreja

Em 5 de agosto, a Câmara Municipal de Curitiba cassou Renato Freitas, pela segunda vez, por 23 votos a 7. A primeira cassação, dois meses antes, havia sido anulada pela desembargadora Maria Aparecida de Lima, do TJ-PR. Freitas recorreu contra a segunda cassação, mas o tribunal manteve o veredito do Parlamento municipal. No começo do ano, o petista liderou um ato em um templo católico. À época, fiéis relataram ter sido xingados de fascistas, racistas e homofóbicos. Freitas alegou estar manifestando-se contra o racismo e a morte de Moïse Mugenyi.

Com informações de Cristyan Costa, Revista Oeste