quinta-feira, 2 de julho de 2020

Parler vira febre e sai do ar com pico de acessos após entrada de Bolsonaro e Trump



A rede social Parler, que está atraindo conservadores como Bolsonaro e Donald Trump, chegou a sair do ar na noite desta quarta-feira (01) após uma explosão de acessos de novos usuários. A empresa precisou emitir um comunicado avisando o imprevisto.
Semelhante ao Twitter, o Parler rede social foi promovido recentemente pelo presidente Donald Trump, ao ameaçar sair das tradicionais plataformas após ter alguns dos seus conteúdos removidos do Facebook e do microblog.
O diferencial da nova rede social, criada em 2018 em Nevada, Estados Unidos, está na promessa de garantir total liberdade de expressão dos seus usuários, sendo por isso mais apreciada pelo público conservador.

Bolsonaro no Parler

Seguindo a tendência dos conservadores nos Estados Unidos, o presidente Bolsonaro também aderiu ao Parler, o que terminou dando força a uma reação em cascata de usuários aderindo à nova plataforma.
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Muitos usuários ainda permanecem no Twitter, visto que a maioria possui perfis antigos, alguns com milhares de seguidores. Todavia, é possível que com o crescimento da nova rede social, a tendência de uso do antigo gigante dos poucos caracteres diminua.
O Opinião Crítica já está no Parler, siga o nosso perfil aqui.
Diferentemente do Twitter, o Parle oferece a possibilidade de digitar até 1000 caracteres em uma única postagem, mas é a promessa de garantia da liberdade de expressão que mais chama atenção na plataforma.
Além do Opinião Crítica e outros veículos associados à direita e ao conservadorismo, mídias brasileiras de grande porte no jornalismo já começaram a noticiar o Parler como um possível fenômeno de audiência para os próximos dias.
“Liberdade de expressão. Esse é um dos atrativos anunciados pelo Parler, rede social lançada em 2018 e que surge como nova opção para os internautas. A ‘alternativa’ tem virado febre nos Estados Unidos”, noticiou O Livre.
“O Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro tenta criar, já tem 1 perfil. Autoridades norte-americanas, como o senador republicano Ted Cruz, eleito pelo Estado do Texas, também estão na nova rede”, destacou o Poder360.

Parler ameaça o Twitter?

Ainda é cedo para dizer se a nova rede social Parler poderá ameaçar o Twitter em termos de preferência dos usuários, mas sem dúvida é possível afirmar que a plataforma tem potencial para isso e já deve estar na mira da gigante do passarinho.
O motivo é simples: o novo microblog está contando com o apoio de figuras de peso no cenário mundial, como Trump e Bolsonaro, dois presidentes dos dois países que juntos representam o maior número de usuários da internet no planeta.
Somado a isso, o cenário de ameaça aos conteúdos conservadores nas redes sociais é outro fator que impulsiona o Parler como uma rede social alternativa para um público que é, de fato, gigante e representa a maioria da população nos dois países.
Se este movimento de migração e/ou adesão de usuários do Twitter para o Parler se confirmar de forma exponencial, a tendência é que o mercado publicitário também volte seus olhos para a nova tendência, e isto sim é o que realmente significaria uma ameaça real, não só para o Twitter, mas também para o Facebook e Instagram.

Uma rede social conservadora?

O Parler não se intitula uma rede social conservadora. A empresa se apresenta apenas como um espaço onde a liberdade de expressão é garantida. O viés conservador associado à rede social se deve ao fato de que nessa plataforma os conservadores não sofrem censura.
Naturalmente, aos olhos da mídia tradicional que é enviesada pela esquerda, o Parler poderá ser retratado como um veículo conservador, por isso não será surpresa alguma se logo for associado à “extrema-direita”, por exemplo.
Entretanto, até onde tomamos conhecimento, não é a intenção da empresa ser uma mídia social batizada de “conservadora”, mas sim de garantidora das liberdades individuais de expressão. Assim, a esquerda também poderá aderir ao Parler.
Para baixar o Parler, clique aqui.

Opinião Crítica, por WillFilho