quinta-feira, 2 de julho de 2020

'Covidão do STF': Promotores de Brasília miram superfaturamento e fraudes na compra de testes da covid-19

Operação 'Falso Negativo', 

deflagrada nesta quinta-feira 2, 

pelo Gaeco-DF faz buscas em 74

endereços do Distrito Federal

e de sete Estados em 

investigação sobre contratos

de R$ 73 milhões



Operação Falso Negativo. Foto: MPDFT
O Ministério Público do Distrito Federal e a Polícia Civil deflagraram na manhã desta quinta, 2, a Operação Falso Negativo, para apurar irregularidades na compra de testes para a Covid-19 pelo governo do DF. Segundo os investigadores há fortes indícios de superfaturamento na aquisição dos insumos e ainda evidências de que os testes comprados ‘seriam imprestáveis para a detecção eficiente do novo coronavírus ou de baixa qualidade na detecção’ do novo coronavírus.
Segundo a Promotoria do DF, são cumpridos 74 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em mais sete Estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. As ordens foram expedidas pela Justiça Estadual.
Entre os alvos das buscas estão a Secretaria de Saúde do DF, o Laboratório Central de Saúde Pública e a Farmácia central.
A investigação mira contratos que somados ultrapassam R$ 73 milhões e foram fechados por meio de dispensa de licitação, diz o MPDFT. A Promotoria investiga suposto superfaturamento de R$ 30 milhões.
A ‘falso negativo’ investiga os crimes de organização criminosa, fraude em licitação, cartel, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa.
Operação Falso Negativo. Foto: MPDFT
COM A PALAVRA, O GOVERNO DO DF
“Todos os testes comprados, recebidos através de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde tem o certificado da Anvisa e portanto foram testados e aprovados pelo órgão Federal. Quanto aos preços, representam os valores praticados no mercado e as compras foram efetuadas avaliando as marcas apresentadas, os certificados de qualidade e os menores preços apresentados pelas empresas nas propostas.”
O Estado de São Paulo