quarta-feira, 8 de julho de 2020

Após pandemia, 30% dos funcionários do Banco do Brasil permanecerão em home office

Com a pandemia provocada pelo vírus chinês e a necessidade de distanciamento social, a adoção do home office foi solução para muitas empresas.
O isolamento social fez com que o Banco do Brasil deixasse 32 mil funcionários em trabalho remoto. Depois da pandemia, a instituição pretende adotar o modelo permanentemente para cerca de 30% do quadro.
A iniciativa permitirá que a instituição desocupe 19 prédios corporativos em sete estados e no Distrito Federal.
Com isso, o banco estima que economizará R$ 1,7 bilhões em 12 meses, considerando custos de aluguel de imóveis, serviços, materiais, manutenção, água, gás e energia.
Quarto com escritório no canto, com cadeira de rodinhas e mesa de madeira branca; o quarto tem cortinhas coloridas em tons de laranja e amarelo
Home office em quarto projetado - Maura Mello/Divulgação
De acordo com instituição, a mudança vai exigir três anos de investimentos, mas já trará mais ganhos que gastos neste ano. Segundo projeção, a redução permanente de despesas a partir de 2022 será de R$ 185 milhões por ano.
Um estudo feito pelo banco mapeou 35 prédios corporativos, o equivalente a 750 mil metros quadrados. Com os funcionários em casa, a expectativa é de redução de 39% no espaço utilizado (290 mil metros quadrados).
A ação faz parte do projeto Flexy BB, que começou a ser pensado em 2019, mas foi adiantado por conta da pandemia. No projeto, há a criação de espaços colaborativos compartilhamento de estação de trabalho e redução de áreas ociosas.
"Com a implantação de trabalho remoto corporativo abrangente, vislumbramos ainda acelerar nossa transformação digital e cultural e melhorar a satisfação, a segurança e a saúde dos colaboradores, refletindo no aumento de performance", afirmou vice-presidente corporativo do Banco do Brasil, Mauro Ribeiro Neto.
Segundo o banco, os espaços serão adequados às novas modalidades e condições de trabalho ainda neste ano, mas o plano deve ser colocado totalmente em prática em 2021.
“Pretendemos alinhar o espaço físico às exigências dos novos modelos de negócios, dos avanços tecnológicos e da própria mudança do mercado, sem perder a essência de nossa cultura empresarial", disse Ricardo Forni, diretor de Suprimentos, Infraestrutura e Patrimônio da instituição.

Larissa Garcia, Folha de São Paulo