Witzel, ontem, teve um despertar diferente, com a Policia Federal batendo-lhe à porta.
Imediatamente, surgiram narrativas, inclusive do próprio governador, de que a operação era o resultado de manipulação da Policia Federal pelo Presidente.
Calma lá, Pequeno Gafanhoto. Vamos aos fatos!
Segundo apurou o Jornal "O Extra", para o "combate à pandemia", Wilson Witzel já assinou contratos no valor de quase 2 BILHÕES DE REAIS. Tudo, claro, isento de licitação. Deste valor, 835,7 MILHÕES são destinados ao gerenciamento de 1400 leitos em hospitais de campanha (R$596.928,57 POR LEITO), pela Organização IABAS, velha "fornecedora" da saúde fluminense, com extenso histórico de denúncias por má gestão e irregularidades financeiras, cujo presidente, Cláudio Alves França, também é alvo da Operação Placebo.
As buscas aconteceram em desdobramento às prisões de Paulo Melo, ex presidente da Alerj; Gabriell Neves, ex-subsecretário de Saúde do Rio, e Mário Peixoto, fornecedor de suprimentos de saúde para os governos Cabral e Witzel, beneficiário de contratos para fornecimento de material para os hospitais de campanha e cliente do escritório de advocacia de Helena Witzel, a primeira dama do estado.
A pedido do Ministério Público Federal, os mandados contra o governador foram autorizados pelo Ministro Benedito Gonçalves, do STJ, por entender que EXISTEM INDÍCIOS da participação de Witzel no superfaturamento de medidas contra o coronavírus e risco de destruição de provas, uma vez que ele tem conhecimento jurídico por já ter sido juiz e advogado.
Resumindo: Para os "isentões", só o filho do presidente pode (e deve) ser investigado. Se algum desafeto, mesmo com indícios de participação em crimes graves, for alvo da Policia Federal, é "prova de manipulação política".
Sejamos sinceros. Para quem acompanha as notícias brasileiras (não estou falando do Jornal Nacional), fica muito claro o quanto, após a troca de comando, a PF voltou a atuar firmemente no combate à corrupção. Inúmeras operações já foram deflagradas.
Se existe manipulação, das duas, uma: Ou a "interferência" acontecia por parte do antigo comando, que prevaricava; ou o presidente "interferiu" para que as ações contra os ladrões do dinheiro público fossem mais efetivas.
Aos opositores, porém, é inútil mostrar a verdade. Não estão interessados em resultados. O que eles querem, a qualquer custo, é encontrar narrativas que justifiquem o ódio ao Presidente.
Não adianta dar pérolas aos porcos, se eles só ficam felizes comendo lavagem e chafurdando na lama.
"O relativismo moral é o primeiro refúgio dos canalhas." (SCRUTON, Roger)
Jornal da Cidade