Os empreendedores digitais e suas
startups são a voz e o caminho
para o futuro
Os próximos bilhões de usuários da internet virão dos países e das regiões menos desenvolvidas do planeta, inclusive do Brasil. Eles estarão ávidos por entretenimento e entreter. Querem passar o tempo consumindo vídeos e games das plataformas digitais e expressar aos amigos e ao mundo suas ideias em seus próprios vídeos, mensagens, ringtones e o que mais vier. Onde passa 1 gigabyte passa 1 terabyte.
A revolução digital é ainda muito jovem. O iFood tem só 8 anos; o Uber tem 10; o iPhone, 12; o Facebook, 15; o Alibaba, 20; o Google, 21; a Amazon, 25; a internet, 30.
E a jovem rede mundial na verdade enreda só meio mundo. Apenas metade dos 7,7 bilhões de habitantes da Terra está conectada, e essa marca só foi alcançada em 2018.
E a jovem rede mundial na verdade enreda só meio mundo. Apenas metade dos 7,7 bilhões de habitantes da Terra está conectada, e essa marca só foi alcançada em 2018.
A metade que está fora é a metade de menor inserção econômica e tecnológica. Quando ela se conecta, geralmente entra via celular de baixo custo consumindo serviços de entretenimento e conversação.
Os especialistas preveem que a expansão demográfica da web desacelere porque os ainda excluídos sofrem de ausência aguda de recursos. Mas tenho dúvidas. Milhares de startups pelo mundo, além dos gigantes da tecnologia mundial, investem bilhões planejando como conectar mais pessoas a menor custo.
Facebook e Google têm planos mirabolantes para expandir a conectividade global, mas a vantagem dos desenvolvedores locais é que eles conhecem muito melhor as demandas e capacidades dessa imensidão desassistida.
Na Índia, país paradigmático no processo de inserção digital da baixa renda, empreendedores locais crescem plugando milhões de novos usuários com hardware e software baratos, quase sempre mobile. Já são mais de 600 milhões de indianos na web, numa população total de 1,3 bilhão de pessoas. Só falta
conectar os outros 700 milhões!
É um campo aberto semeando os sonhos de novos empreendedores que enxergam o mundo como uma aldeia global —a última barreira é a falta de conexão.
Conheci um time incrível de empreendedores brasileiros em Harvard que é assim: eles empreendem para o mundo desde criancinha. Contrariando pessimismos conjunturais, não lhes faltam ambição e coragem.
Enxergam no Brasil uma terra fértil de oportunidades, como gerações de empreendedores antes deles enxergaram e realizaram.
O Brasil de 210 milhões de brasileiros —há décadas entre as maiores economias do mundo, resistente a choques de várias direções e intensidades— começa a criar seus unicórnios. Aqui, segundo o IBGE, 65% da população está conectada à web, e mais de 70 milhões de brasileiros ainda estão fora da rede. Cada um deles, uma oportunidade.
O Brasil precisa dar a esses empreendedores condições para investir e competir no mundo sem barreiras, lembrando que as empresas mais valiosas que surgiram nos últimos anos, inclusive no Brasil, são digitais.
É preciso muita atenção, respeito e cuidado com esse setor, fonte de riqueza presente e futura.
Todos os países relevantes do mundo estão adotando ou em vias de adotar legislações e estruturas especiais para estimular as startups, inclusive o Brasil.
Nosso ambiente de negócios em geral é um dos piores do mundo. Para as novas empresas não enfrentarem as mesmas amarras que seguraram nossa economia no passado, precisamos ouvir esses empreendedores e empreendedoras digitais e suas startups maravilhosas.
Eles são a voz e o caminho para o futuro.
Os especialistas preveem que a expansão demográfica da web desacelere porque os ainda excluídos sofrem de ausência aguda de recursos. Mas tenho dúvidas. Milhares de startups pelo mundo, além dos gigantes da tecnologia mundial, investem bilhões planejando como conectar mais pessoas a menor custo.
Facebook e Google têm planos mirabolantes para expandir a conectividade global, mas a vantagem dos desenvolvedores locais é que eles conhecem muito melhor as demandas e capacidades dessa imensidão desassistida.
Na Índia, país paradigmático no processo de inserção digital da baixa renda, empreendedores locais crescem plugando milhões de novos usuários com hardware e software baratos, quase sempre mobile. Já são mais de 600 milhões de indianos na web, numa população total de 1,3 bilhão de pessoas. Só falta
conectar os outros 700 milhões!
É um campo aberto semeando os sonhos de novos empreendedores que enxergam o mundo como uma aldeia global —a última barreira é a falta de conexão.
Conheci um time incrível de empreendedores brasileiros em Harvard que é assim: eles empreendem para o mundo desde criancinha. Contrariando pessimismos conjunturais, não lhes faltam ambição e coragem.
Enxergam no Brasil uma terra fértil de oportunidades, como gerações de empreendedores antes deles enxergaram e realizaram.
O Brasil de 210 milhões de brasileiros —há décadas entre as maiores economias do mundo, resistente a choques de várias direções e intensidades— começa a criar seus unicórnios. Aqui, segundo o IBGE, 65% da população está conectada à web, e mais de 70 milhões de brasileiros ainda estão fora da rede. Cada um deles, uma oportunidade.
O Brasil precisa dar a esses empreendedores condições para investir e competir no mundo sem barreiras, lembrando que as empresas mais valiosas que surgiram nos últimos anos, inclusive no Brasil, são digitais.
É preciso muita atenção, respeito e cuidado com esse setor, fonte de riqueza presente e futura.
Todos os países relevantes do mundo estão adotando ou em vias de adotar legislações e estruturas especiais para estimular as startups, inclusive o Brasil.
Nosso ambiente de negócios em geral é um dos piores do mundo. Para as novas empresas não enfrentarem as mesmas amarras que seguraram nossa economia no passado, precisamos ouvir esses empreendedores e empreendedoras digitais e suas startups maravilhosas.
Eles são a voz e o caminho para o futuro.
Folha de São Paulo