sexta-feira, 14 de junho de 2019

Indecente, meliante preso em Curitiba ataca Moro e questiona “facada” sofrida por Bolsonaro

Autorizado a dar entrevistas pelo Supremo Tribunal Federal como se condenado e preso não estivesse, o passista de quadrilha Luiz Inácio da Silva — vulgo "Lula" — virou arroz de festa para a imprensa canhota.
Nesta quinta-feira (13) recebeu, em elegante sala de entrevistas, aliados da Folha de S.Paulo, do UOL Notícias e de uma tal TVT, emissora de TV mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Por óbvio, destilou bilis contra o ministro Sérgio Moro, o procurador Deltan M. Dallagnol e a força-tarefa da Operação Lava Jato.
O mais impressionante, entretanto, foi o presidiário questionar a veracidade da facada em Jair Messias Bolsonaro, atentado sofrido em Juiz de Fora (Minas Gerais) em 06 de Setembro de 2018.
"Aquela facada tem uma coisa muito estranha, uma facada que não aparece sangue, que o cara é protegido pelos seguranças do Bolsonaro", disse Lula. [Fonte: Folha de S.Paulo]
Por óbvio, nenhum dos jornalistas questionou ao ex-sindicalista se ele tinha consciência dos crimes que o levaram ao xilindró, ou sobre Mensalão, Petrolão, situação da Venezuela, fracasso de Dilma, rombos bilionários nos fundos de pensão ou Caso Celso Daniel.
Querem crer que toda mortadela é um potencial Mandela.
É aquela coisa: jornalista no Brasil finge que é imparcial para autoproclamar-se legítimo em críticas ferozes aos verdadeiros profissionais, aos que entendem que, para ser um formador de opinião, é preciso ter uma, bem clara e exposta, para que os destinatários não sejam ludibriados.
Fica a dúvida: por que o presidiário é mantido numa espécie de quarto de hotel na sede da Polícia Federal em Curitiba, com direito até a sala de imprensa, tudo pago pelos cofres públicos dos pagadores de impostos que ele é acusado de ter roubado?
Nenhum dos jornalistas perguntou se a ex-Excelência desejava um medalhão de lagosta ao molho de manteiga queimada, um arroz de pato ou uma taça de vinho premiado envelhecido em barril de carvalho puro. Deveriam. Seria mais coerente com a proposta.
#ÉaLama

Helder Caldeira

Escritor, Colunista Político, Palestrante e Conferencista
*Autor dos livros “Águas Turvas” e “A 1ª Presidenta”, entre outras obras.

Jornal da Cidade